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O Informador

Revistas só com publicidade

Uma das mais conhecidas revistas sociais do nosso país, aquela dos Rostos, foi folheada por mim por estes dias e depois de ver o que por lá dizia sobre os nossos famosos, dei-me ao trabalho de contar o número de páginas de reportagens e a quantidade que eram dedicadas a anúncios publicitários. Eis que, surpresa, mais de um terço da revista era de publicidade.

Em 96 páginas, onde não contei a capa e contracapa, 60 foram ocupadas com entrevistas, notícias, fotografias, crónicas, passatempos e humor e as restantes, ou seja, 36, são compostas pela famosa publicidade que nos invade por todo o lado onde estamos e entramos.

Logo as primeiras 10, sim, as 10 primeiras páginas são só com anúncios e nem uma reportagem sobre alguém ou algum evento, só mesmo venda de novos produtos que chegaram ao mercado e tão bem se destinam ao público desta tão bem vendida revista social.

As pessoas compram uma revista e levam com tanta publicidade e páginas desnecessárias só com imagens de famosos e as ruas roupas que se pode dizer que a função da redacção desta querida revista não deve ser lá muito grande, só se cada um só tiver ao seu encargo umas duas páginas por semana.

Vou pensar e criar uma revista com o nome O Informador da Publicidade e só apresento nas páginas que por lá vão encontrar anúncios, que acham da ideia?!

Livres

PássaroEles são livres... Falo dos pássaros destas nossas vidas! Andam por aí a flutuar ao sabor da maré dos ares como se nada lhes atormentasse a mente. Por vezes a inveja aparece-me por perceber que mesmo não tendo ninguém a prender-me para não fazer o que me apetece, existe sempre algo que me alerta que as coisas mais sensacionais e loucas não devem ser feitas. Porque não vivemos livres como eles, os pássaros do nosso mundo que andam por aí sem terem que dar satisfações a ninguém?

Viver em liberdade absoluta, poder voar para onde quisesse, viajar por aí, fazer as coisas mais estapafúrdias que me passassem pela cabeça e não temer ninguém, nem mesmo o que pensassem e se me podiam atingir com os seus comentários. Ser livre como um pássaro é um expressão muito usada por aí e faz tanto sentido. Mesmo não estando com uma corrente ao pescoço, o que é certo é que não somos livres como eles são, estamos no dia-a-dia condicionados às regras que nos são impostas pela sociedade. Estamos sempre a viver perante outros, a precisar do próximo e a olhar por quem nos quer bem. Não vivemos por aí, de um lado para o outro sem obrigações porque estas existem e fazem pressão sobre as nossas vidas.

Numa próxima vida quero ser livre... Livre como um pássaro... Livre desta sociedade de aparências e ilusões!