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O Informador

O poder do mau tempo na minha vida

Os últimos dias têm sido chuvosos, frios e com muito vento. O que estas três coisas têm em comum na minha vida? Deixam-me sem vontade para nada, depois de um dia de trabalho.

Não sei se serei o único, mas acredito que não, mas o que é certo é que este tempo que se tem feito sentir não é nada agradável. Para além de nos fazer ficar mais por casa, ainda nos puxa para a cama mais cedo que o habitual.

É um verdadeiro tempo de merda, no bom sentido da palavra, para quem quer ir sair, ir tomar um simples café ou mesmo para conduzir. Quem gostará de fazer essas três coisas com a chuva e o frio sempre atrás como se fosse uma sombra? Mesmo durante o dia, quem gosta de andar na rua com um chapéu de chuva a servir de dama de companhia? Saímos de casa, abrimos a dama, chegamos ao carro, fechamos a dama, saímos do carro, abrimos a dama... Passamos o dia no abre e fecha e acabamos por chegar à conclusão que de uma maneira ou de outra a chuva atacou-nos na mesma.

E o frio? Pois é, e o frio? Várias camisolas, o casaco, cachecóis... Tanta roupa para andarmos na rua e depois quando entramos num espaço fechado e quente lá necessitamos de começar o strip para que não comecemos a transpirar com tudo aquilo vestido.

O Verão é tão mais agradável que o Inverno. No Verão andamos sempre com a mesma pouca roupa sem andarmos a tirar e por constantemente. No Verão não andamos de chapéu de chuva atrás. No Verão tudo é mais agradável de se fazer e sentir. Até o amor é melhor no Verão.

Ai, estes Invernos cavernosos e desoladores que fazem falta, mas que não são nada agradáveis de se sentirem. Quero tempo quente e já, ou pelo menos, tempo ameno, vá!...

Entrar num reality-show? Não!

Já lá vão mais de dez anos desde que Portugal abriu as portas ao mundo dos reality-shows. Na altura, lembro-me que não tinha idade para me poder inscrever e entrar na corrida a ser um dos concorrentes, quem sabe, do Big Brother, mas a vontade não faltava. Hoje não penso, felizmente, da mesma forma. 

Mais de dez anos depois dos programas que mostram a vida real dos seus concorrentes chegarem ao nosso país, sinto que cresci e penso. Não posso dizer que desta água não beberei, porque quem sabe se ainda não irá aparecer o programa que me leve a preencher a ficha de inscrição, mas tal dificilmente acontecerá.

Olho para este tipo de programas e não tenho vergonha, como muitos, de dizer que vejo. No entanto, não lhes encontro conteúdo e inteligência nos seus participantes que me leve a crer ser mais um porque os escolhidos não são pessoas banais como eu, mas sim quem gosta de dar nas vistas e fazer-se notado, não pela forma inteligente de ser, mas porque é polémico.

Depois, além de ter que estar fechado do mundo, quem sabe a viver uma aventura que poderia ser única, o que se passa cá fora neste tipo de formatos é muito duro. O que se escreve pela imprensa, o diz que diz sobre concorrentes, familiares e amigos. Os boatos, o passado e o presente da vida de todos os que rodeiam as novas celebridades temporárias. Um mundo muito cruel que nem todos aguentam...

Vamos lá ver o caso de Zé Maria, o vencedor do primeiro Big Brother... Teve a fama de forma rápida, tal como os seus companheiros de programa e com o passar do tempo tudo caiu, e mesmo o ser humano por trás desta estrela espontânea caiu, de tal forma que hoje nem quer ser fotografado nem falar com a imprensa que lhe deu tanto destaque.

O que deu o programa da vida real ao Zé? Deu fama? Deu. Mas também deu muito prejuízo emocional que, mais de dez anos depois, ainda não está recomposto. O que tem dado às dezenas de concorrentes que já entraram neste tipo de programas? Têm-lhes dado fama, mas aos poucos todos têm sido esquecidos e os que não o foram foi porque conseguiram continuar a ser polémicos ou porque tiveram a sorte de ter uma carinha bonita. Ser reconhecido através deste tipo de formatos não é o aconselhável e tendo visto tudo o que se tem noticiado e comentado nestes anos sobre estas pessoas anónimas que se acham depois famosas faz-me riscar quase por completo a intenção de tentar entrar numa aventura deste tipo.

Em 2012 posso dizer que não entrava num reality-show pelo tipo de formato que é, mas também pelo que acontece além da entrada no programa. Não quero ver a minha vida a ser contada a quem não conheço e de forma livre e, na maior parte das vezes, irreal.