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O Informador

Violência no namoro

Há uns dias veio a debate público, mais uma vez e acho que nunca é demais quando o tema é bem debatido, a violência no namoro. Passado pouco tempo ouvi uma pessoa com comentários acerca da pessoa com quem está a namorar atualmente que só levaram a pensar que talvez exista caso para que as histórias que alguns conseguem ter a coragem de contar aconteçam em demasia e entre casais que nem mostram comportamentos que possam gerar qualquer suspeita.

O que levará uma pessoa agredida uma, duas e três vezes a continuar a suportar a situação, para mais quando se namora, ainda se vive na maior parte das vezes no conforto da casa dos pais, existindo apoio e não sendo de todo necessário sujeitar-se ao que quer que seja. Uma rapariga, embora também os rapazes sejam agredidos em menor escala, que entrega o seu telemóvel para ser controlado constantemente ao namorado, que depois utiliza abusadamente as contas nas redes sociais da mesma para saber tudo o que é partilhado e conversado entre a namorada e as pessoas com quem se conecta é meio caminho andado para a passagem a um outro nível. Quem nos dias de hoje tem de andar a controlar o que quer que seja de outra pessoa? Verificam mensagem a mensagem todos os dias, chamadas, redes sociais com palavra de acesso disponível para se entrar quando se quer e apanhar todas as conversas que ao não terem nada de mal acabam por ser privadas e somente partilhadas se se quiser. Quem tem o direito de controlar a vida de outra pessoa e não deixar que o contrário aconteça?

Sinceramente não entendo quem se deixa manipular logo a partir do namoro, acreditando que tudo é normal, que é por ter tudo à disposição do parceiro que este confiará mais em si. Sim, sim, pois, pois! Quando derem por isso estão a ser seguidas e controladas com olhares, esperas e ameaças porque contaram algo que para a outra pessoa não devia ter saído da esfera do casal. Todos falamos, todos somos livres, todos temos o direito de ter a própria privacidade e a questão do namoro é confiar para dar o passo seguinte. Se as coisas logo começam mal irão sempre correr mal. Será que nos dias que correm as pessoas ainda se conseguem sujeitar a tanto por tão pouco?

Não abram os olhos no início que mais tarde irão perceber que erraram bem cedo na relação e depois já vão tarde! O caminho é feito de início e a questão da violência doméstica dá muitas vezes sinais desde bem cedo. É certo que este tema tem variadíssimos contornos e não pode ser levado e comentado de ânimo leve, mas existem situações claras de erros cometidos à partida que depois são levados ao extremo com o tempo!

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