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O Informador

Vice-Versa comportamental

Volta e meia é notório que as pessoas por vezes esperam dos outros o que não conseguem fazer consigo próprias, acabando depois por mostrar que os outros erram porque são responsáveis por isto ou aquilo, quando a responsabilidade é exatamente a mesma dos dois lados. 

Há uns dias disseram-me que tenho andado meio calado por não fazer conversa através das imensas formas que as tecnologias agora nos permitem manter sempre contacto. Se ando meio calado e a pessoa reparou e nada disse durante semanas é porque também andava em modo silêncio e talvez não lhe apetecesse falar, certo? Acabou por dizer mais tarde, talvez após ter remoído sobre o assunto várias vezes, questionando-me uns dias depois quando marcaremos um café ou algo do género, tendo ficado em espera que tivesse sido eu, mais uma vez, a colocar o tema na ordem das conversas que entretanto aconteceram. 

Se eu não o faço qual a razão para quem está do outro lado não tomar a iniciativa de meter conversa e tentar combinar alguma coisa? É que tanto eu posso tentar como a outra pessoa, não têm de ficar em espera que faça e sugira as coisas quando se tem uma ideia mas fica-se calado porque ele, neste caso eu, é que tem de organizar e combinar alguma coisa.

Não, não tenho de ser somente eu a tomar iniciativas e prefiro até cada vez mais que me digam algo do género... Olha, hoje queres ir sair um pouco?! Ok, posso ou não posso é comigo e respondo, mas não fico em espera desenfreada e a pensar que o Mundo se virou contra mim só porque existe silêncio do lado de lá durante dias, quando as pessoas nem sempre estão inspiradas e bem dispostas para se aturarem mutuamente e sem vontade de pensar em organizar alguma coisa, por mais simples que seja. 

Sabe bem sentir que os outros também querem estar connosco e não ter de ser sempre o mesmo a tentar fazer as coisas. 

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