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O Informador

Telemóvel ensurdecedor

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Num dia de descanso semanal estás a dormir pelas primeiras horas do dia para tentar descansar da semana mais agitada que tiveste e começas a ouvir um telemóvel a tocar estridentemente uma, duas e três vezes. Ninguém o atende, visto não estar ninguém em casa, a não ser eu, que só queria dormir até mais tarde mas que fui assim interrompido porque alguém saiu e deixou o seu telemóvel pronto a tocar a qualquer momento e a interromper o belo adormecido entre lençóis e almofadas. 

Posso acordar bem disposto com este incomodo matinal a fazer-se ouvir pela casa inteira várias vezes até que me levanto e tenho de atender o telemóvel que não é meu? Acordar com um aparelho tecnológico alheio a servir-me como despertador porque alguém tem muito para contar logo de manhã é dose, para mais quando o meu tem um horário bem regulado para não tocar nem vibrar a partir de um determinado horário e até uma certa hora da manhã, tudo para que não esteja a dormir com um vibrador ao lado a azucrinar-me o cérebro com o seu momento de dança ao sabor de um qualquer som que no silêncio de uma casa quando tudo está em modo pausa se faz ouvir e bem, incomodando até o cão que gosta de dormir horas seguidas sem qualquer interrupção. 

Peço a que ao saírem de casa levem os telemóveis convosco e se os deixarem que os coloquem no silêncio e longe dos meus ouvidos. Uma pessoa fica logo com a sua má disposição impressa no rosto se tiver de acordar com várias tentativas de chamadas alheias que nem lhe dizem respeito sequer.