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O Informador

A Vida de Pi

A Vida de Pi 2Um livro que pensei que me iria conquistar do início ao fim e que afinal deixou-me ao longo de toda a sua leitura a pensar... É isto A Vida de Pi? Não gostei!

Dividido em três partes e com três sentimentos também repartidos ao longo do livro fiquei eu. Primeiramente, na parte introdutória onde as razões de tudo acontecem, começaram logo os maus pensamentos. Não gostei nada do que li, mas queria ler este livro e tinha que seguir em frente porque não sou de deixar os livros a meio.

Com base na religião, nos dramas familiares e de um jardim zoológico, o senhor com nome de piscina vai contando a sua história aventuresca de adolescência e tudo o que o levou a viver tal aventura marítima. A mim não me interessou nada saber este passado, eu queria era chegar ao centro da questão, à parte do barco e do tigre, não queria saber do resto. Achei mesmo enfadonha toda esta parte introdutória que para mim é bem mais extensa do que era necessário.

Chegado à segunda parte aí despertei para o que estava a ler. Comecei a querer saber mais, quem vivia e quem morria, o que era sentido, como tudo era feito, quando veriam alguém por perto, como sobreviviam aqueles seres em alto-mar. Queria saber como era feita a relação homem/animal selvagem e isso foi bem explicado e deixou-me preso ao que tinha entre mãos. Confesso que aí A Vida de Pi me conseguiu prender, mas esta parte central não compensou o que já tinha lido antes.

O final, mais uma vez, deixou-me a pensar, mas que treta de livro para adolescentes é este? Chega-se a terra, o companheiro de viagem que ajudou o jovem lutador desaparece, Pi é salvo, conta a história, reconta o que foi passando com outros protagonistas e tudo termina com uma verdade escondida através de uma história que poderia ser real, uma história onde os humanos retratam os animais para que o que foi vivido seja mais convincente. Enfim...

Então o que fica de essencial num livro tão bem aceite pela crítica mundial? Sem dúvida que a mensagem que deixa do companheirismo e respeito que se foi criando entre dois seres improváveis de boa convivência entre si. Um respeito mútuo que começa através do medo, mas também da vontade de sobrevivência de ambas as partes que se vão apercebendo que necessitam um do outro para conseguirem seguir a sua viagem em boas condições. O humano deixa o medo de lado quando percebe que poderá estar na liderança da embarcação porque o animal precisa do seu apoio para se alimentar. Um relacionamento que foi crescendo à medida que os dias iam passando e o mar continuava a ser o único companheiro de ambas as vidas que flutuavam ao sabor da maré.

Tirando as várias mensagens que fui tirando de A Vida de Pi, este livro revelou-se o que eu não esperava. Sempre pensei que me iria agarrar mais a esta obra de Yann Martel e que iria poder dizer que era um dos meus livros preferidos, mas não é.

Os livros e o estado de espiríto

Já não é a primeira vez que isto me acontece, mas agora que ando a ler A Vida de Pi, da autoria de Yann Martel, tenho detectado que talvez estes dias não fossem os melhores para ter este livro do meu lado.

Ao ser um livro de pensamento e que remete muito para o que a personagem vai vivendo com os outros, mas principalmente consigo próprio, com o que sente e pensa, esta leitura está a exigir de mim um pouco de sacrifício. Acho que não devia ter lido este livro nestes dias, não ando triste, nem nada disso, mas parece-me que agora queria algo mais rápido, talvez um romance leve, que me fizesse viver a vida de alguém nos momentos em que estou a ler, mas sem ter que pensar e andar no mundo filosófico.

A Vida de Pi não é mesmo o livro que devia estar a ler neste momento. Todos os que o leram e viram o filme só têm coisas boas a dizer, eu, até ao momento, não estou a achar assim nada de especial, podendo dizer que até é muito lento e secante. Tudo tem o seu tempo para acontecer, este não era o momento certo para ter esta leitura entre mãos. Apetece-me deixar isto de lado e pegar em outra coisa, mas não gosto de tomar tal atitude com os livros, por isso agora vou até ao fim e quem sabe um dia, num momento mais espiritual, o volte a ler para o absorver de outra forma.

Sou tão complicado que até mete nervos!

«Sabe qual é o animal mais perigoso?»

«Sabe qual é o animal mais perigoso do Jardim Zoológico?»

Yann Martel, em A Vida de Pi

Não podia deixar esta frase passar sem a comentar porque é uma das melhores que li nas últimas semanas e dentro de um contexto perfeito. 

Esta questão aparece no livro A Vida de Pi, da autoria de Yann Martel, quando se explica a razão de existir um pano com esta questão ao seu lado e os visitantes de um Zoo são levados pela curiosidade a levantar a cortina vendo-se aí ao espelho.

Pois é, os humanos são os animais mais perigosos que habitam neste planeta. Existe sempre a ideia de que os leões são os animais mais temíveis, tal como os crocodilos e afins, mas na verdade, nós, os humanos estamos com a maldade ao mesmo nível ou acima destes animais. Não somos bons para os nossos iguais e existe sempre a tentativa de "pisar" alguém para o nosso bem.

Os animais também o fazem, mas porque nos achamos melhores que eles? Os animais podem atacar-nos, mas nós também os atacamos e de diferentes formas. Os humanos têm a ideia de que o planeta é seu, quando todos por cá permanecemos de forma igual aos animais que vivem nos vários continentes.

Uma frase que mostra bem a realidade existente dentro de um Jardim Zoológico onde os seus visitantes conseguem chegar ao ponto de atirar pedras, comida estragada, chegando a magoarem os animais que estão a viver normalmente a sua vida. Já o contrário não existe assim com tanta facilidade, achando eu que estes animais que vivem ingratamente em cativeiro e já estão, de certa forma, domesticados, só atacam se sentirem que estão a ser ameaçados.

Nós não somos bons para nós próprios quanto mais para os outros... Os animais não são melhores ou piores que nós, são como eu, que escrevo este texto, são como o leitor deste texto, não conseguem fazer o mesmo que nós, mas conseguem fazer coisas que mais nenhum ser consegue, com a sua particularidade.

Vou ler A Vida de Pi

A Vida de Pi 2E, finalmente, vou ler A Vida de Pi! No dia dos namorados foi-me oferecido este livro que já queria ter comprado e lido há mais tempo para ter visto o filme assim que estreou em Portugal, mas deixei passar o tempo e outras leituras colocaram-se à frente. Agora chegou a hora de entrar no mundo que Yann Martel se prepara para me contar sobre o Pi, nesta que é «A viagem de uma vida». O que espero encontrar neste livro tão bem criticado por quem o tem lido?

Acredito que com A Vida de Pi vou entrar num mundo de sobrevivência e de medo entre dois seres bem diferentes, mas que juntos vão encontrar o caminho para poderem resistir aos vários dramas que lhes são colocados pelo caminho. Um tigre e um rapaz, uma conjugação perigosa para o humano, mas que parece que termina com uma forte amizade entre ambos, provando-se assim que quando se quer muito conquistar algo ou alguém consegue-se.

Vou começar a ler A Vida de Pi e no final contarei o que achei deste premiado livro que já serviu de inspiração a um filme e dos grandes, com direito a estar na corrida aos Óscares e em várias frentes.

Sinopse: Filho do administrador do jardim zoológico de Pondicherry, na Índia, Pi Patel possui um conhecimento enciclopédico sobre animais e uma visão da vida muito peculiar. Quando Pi tem dezasseis anos, a família emigra para a América do Norte num navio cargueiro juntamente com os habitantes do zoo. Porém, o navio afunda-se e Pi vê-se na imensidão do Pacífico, a bordo de um salva-vidas, acompanhado de uma hiena, um orangotango, uma zebra ferida e um tigre de Bengala.

Já considerado uma das mais extraordinárias criações literárias da última década, A Vida de Pi é um livro mágico, onde o real e absurdo se misturam numa história intemporal.

Este bestseller de enorme sucesso mundial chega agora ao grande ecrã, pela mão do realizador Ang Lee.

Ofereceram-me A Vida de Pi

A Vida de PiNão vi o filme porque queria primeiro ler o livro, no entanto tenho andado a escapar de o comprar por ter ainda alguns para ler em fila de espera. Neste Dia dos Namorados, A Vida de Pi veio-me parar às mãos.

Fiquei mesmo contente por ter recebido este livro que quero muito ler e que talvez ainda seja uma das escolhas deste mês de Fevereiro, dependendo da rapidez com que termine de ler Uma Morte Súbita de J. K. Rowling.

A Vida de Pi - A Viagem de Uma Vida agora já cá mora em casa fazendo parte da minha cada vez maior colecção de bons livros. Sendo um dos livros que já faz parte do Plano Nacional de Leitura, esta tão gabada obra de Yann Martel, espera agora pela minha leitura. Confesso, estou tentado a lê-lo antes de terminar o que tenho em mãos e o que já está previsto ser o próximo.

Segue-se a sinopse de A Vida de Pi para quem não leu ou viu o filme...

Sinopse: Filho do administrador do jardim zoológico de Pondicherry, na Índia, Pi Patel possui um conhecimento enciclopédico sobre animais e uma visão da vida muito peculiar. Quando Pi tem dezasseis anos, a família emigra para a América do Norte num navio cargueiro juntamente com os habitantes do zoo. Porém, o navio afunda-se e Pi vê-se na imensidão do Pacífico, a bordo de um salva-vidas, acompanhado de uma hiena, um orangotango, uma zebra ferida e um tigre de Bengala.

Já considerado uma das mais extraordinárias criações literárias da última década, A Vida de Pi é um livro mágico, onde o real e absurdo se misturam numa história intemporal.

Este bestseller de enorme sucesso mundial chega agora ao grande ecrã, pela mão do realizador Ang Lee.

Obrigado Amor por este presente do dia que todos consideram ser o topo dos dias das pessoas apaixonadas!

O que já tenho para ler em 2013

2012 foi um ano em que li um pouco mais do que nos outros, onde continuei a acompanhar o percurso de vários autores e onde descobri também quem me irá fazer companhia com as suas novas obras literárias. Se descobri quem me tenha fascinado, também percebi o que não vou voltar a ler tão cedo.

Fui comprando ao longo do ano alguns livros que ainda não li, mas que aguardam religiosamente o seu lugar na minha vida pela mesa de cabeceira, porque sei que mais tarde ou mais cedo os vou ler.

Eis a lista do que por aqui anda para ser lido nos próximos tempos...

A Saga do Assassino - Aprendiz de Assassino, Robin Hobb

Impossível, Danielle Stell

O Segredo Perdido, Júlia Nery

Sagal Um Herói Feito em África, António Brito

Uma Morte Súbita, J. K. Rowling

Verão Quente, de Domingos Amaral

Depois ainda tenho livros a meio e que quero terminar de os ler este ano, como é o caso de...

Meia-noite e Dois, Stephen King

Os Pequenos Mundos do Edifício Yacoubian, Alaa El Aswany

Para além da lista que expôs dos que ainda estão por ler, ainda tenho também por aqui o oitavo volume de A Guerra dos Tronos, O Mar de Ferro, mas como estou a meio da quarta parte da saga, A Tormenta de Espadas, o outro ainda vai ter que esperar pelo que existe pelo meio.

Estas listas não são o que quero ler em 2013, mas sim o que já tenho em casa para ler. Nas próximas semanas sei que não vou resistir a comprar algo novo de Danielle Stell - Resgate, de Torey Hayden, Daniel Silva, Tiago Rebelo, Yann Martel - A Vida de Pi, aumentando assim a minha lista do que vou ler neste início de ano.