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O Informador

Falta papel no tribunal

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Jantava eu enquanto via as notícias do dia na televisão e eis quando percebo que existe falta de papel nos tribunais portugueses. O separador já o havia anunciado uns minutos antes mas quando a notícia é transmitida achei que se tratava de uma espécie de brincadeira do dia das mentiras, mas afinal é mesmo verdade.

Os funcionários dos tribunais da comarca de Aveiro deram a cara para revelarem que o material de papelaria de que precisam para trabalhar anda escasso com as encomendas a chegarem fora de horas, dias e semanas e com quantidades reduzidas. Resmas de papel e capas são cada vez mais uma miragem para aqueles funcionários que pretendem imprimir processos mas cujo material necessário não existe. Dizem até por aquelas paragens que alguns funcionários mais preocupados com os seus postos de trabalho até levam resmas de papel de casa para que o trabalho não pare. 

Com estes factos deixo desde já aqui uma sugestão às grandes empresas de papelaria nacional para que façam um acordo com regalias para ambos os lados com os serviços de compras do Governo para que garantam o abastecimento das resmas a tempo e horas, é que se continuarmos assim e com a lentidão que certos processos já levam a serem despachados no nosso país havemos de chegar a 2030 e ainda andamos com certos casos bem famosos em andamento, tudo porque falta papel para que se possa imprimir a documentação necessária. 

Vergonha alarmante

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Há uns dias os colegas decidiram colocar alarmes na mochila que costumo levar para o emprego. Sai no horário, percebi que tinha os alarmes mas esqueci-me de os tirar. No dia seguinte estive de folga, fui ao centro comercial para desanuviar a mente em passeio e eis que os alarmes começaram a soar mal entrei na primeira loja. Ah pois é!

Os alarmes tocaram, logo me lembrei o que se passava, fiquei todo vermelho, o segurança aproximou-se, mostrei o alarme que rapidamente tirei do bolso da mochila e segui caminho. Claro que a situação ficava resolvida facilmente, primeiro porque estava a entrar e depois porque bastava tirar o alarme que nem era igual nem semelhante ao que é colocado nos produtos da loja em questão para perceberem que não tinha nada deles comigo. 

Vergonha de blogger

Quem me conhece sabe que a lidar com desconhecidos e com uma pequena multidão sou um pouco, para não parecer assim tão mal, acanhado, mas aos poucos e em certas situações começo a perder a dita vergonha, principalmente nos temas que dizem respeito ao blog. 

Lembro-me perfeitamente como se tivesse a acontecer agora mesmo da primeira vergonha que apanhei aquando do levantamento de um convite teatral em Lisboa. Dirigi-me à bilheteira e assim que disse o meu nome, a pessoa que estava no atendimento disse-me de imediato que seguia o meu blog. Eu, sem esperar tal reação que não foi feita de forma discreta, fiquei em modo tomate, envergonhado até mais não, sem saber que dizer e somente com vontade de ter o bilhete na mão e desaparecer com uma vergonha tão grande que não consigo explicar. Fiquei super constrangido por ter sido reconhecido pela primeira vez por uma pessoa que seguia o blog e com quem falava por email para combinar as formas de parceria. 

Após esta vergonha existiram várias situações em que senti estar a ser reconhecido por leitores, ficando envergonhado e tentando disfarçar ou sair mesmo do local, mas nada como a primeira vez. Tudo bem mais tranquilo. Agora começo a ficar mais calmo e ambientado com a situação. Já vou a bilheteiras e sou reconhecido porque me seguem pelas redes sociais, falamos e não fico com tensão só de pensar que vão dizer que sou o Ricardo d' O Informador, já não sentido aquele nervoso miudinho de ter de falar com pessoas que conheço somente pelo Instagram, Facebook ou Twitter

Caso RTP, Carlos Cruz e Ruy de Carvalho

Ruy de Carvalho celebra este mês 90 anos e a RTP organizou uma gala para homenagear o ator. Gravada antecipadamente e com exibição agendada para o passado dia 19, Domingo, eis que a direção do canal público deu o dito por não dito e resolveu adiar a exibição do evento para data a anunciar. A polémica logo surgiu, tudo porque Carlos Cruz foi um dos apresentadores de serviço e ao que parece esta decisão de não exibirem a Gala dos 90 Anos do Ator Ruy de Carvalho foi tomada por isso mesmo. 

Ao que tudo indica pelas informações da imprensa, as críticas do público pelas redes sociais para com o suposto regresso de Carlos Cruz à RTP pesaram na decisão dos responsáveis do canal para tomarem tais medidas só que não se livraram assim de novos comentários menos bons e desta vez de forma ainda mais relevante. Então adiam assim a homenagem feita, combinada e celebrativa a um dos maiores nomes da representação em Portugal somente porque o próprio Ruy de Carvalho convidou para apresentador uma pessoa que o público não aceita? A RTP convocou Júlio Isidro e Tânia Ribas de Oliveira como anfitriões mas sabiam de antemão que Carlos Cruz estaria também a partilhar o palco do espetáculo. 

Os responsáveis da RTP continuam a afirmar que a Gala só teve dois apresentadores e que Carlos Cruz foi ao palco por momentos. Os intervenientes dizem o contrário e assim continua a polémica e o desinteresse do público para com esta celebração de homenagem. Se Cruz só foi ao palco de forma rápida como é dito então qual a razão de estarem com tanto receio da crítica do público para com a apresentação do espetáculo? Não se percebem estas contrárias justificações, mas talvez quem as afirmou não tenha combinado corretamente a desculpa a transmitir entre si e assim o que um diz não bata certo com a revelação do colega. Não se sabe e muito menos se percebe o que se passa internamente com este programa. 

Impérios com baixos salários

É uma realidade sobre a qual todos temos noção, mas quando é contada na primeira pessoa acaba por ter outro sentido. Um trabalhador com mais de seis anos de casa numa grande cadeia de supermercados nacional ganha praticamente o mesmo hoje que há seis anos, tendo sido aumentado somente por obrigação e estando agora a receber pouco mais de treze euros que os seus colegas que entraram há meses com as mesmas funções. Assim se percebe a ditadura da liderança dos grandes que reinam sobre tudo e todos com preços baixos e com salários também baixos. Escravidão e sentimento de falta de consideração e valorização das pessoas que se esforçam no trabalho para não verem uma recompensa lhes bater à porta. 

Trabalhar praticamente todos os fins-de-semana, receber quase o ordenado mínimo, horários diários trocados e perceber que não existe futuro num dos grandes que supostamente deveriam formar pessoas para que ano após ano se sentissem bem onde estão parece não ser a ideia das empresas que lideram o mercado e deitam abaixo os mais pequenos em busca dos milhares que poderiam dividir com quem dá o litro por pouco. 

É uma completa vergonha perceber isto de forma real e em conversa num corredor de supermercado, quando os anos passam, a vida se vai alterando e é necessário mais para seguir em frente. Mas que mais quando o empregador não valoriza os seus funcionários que tenta manter mas para os quais não olha ao final do mês. Todos não passamos de peões neste mundo de cifrões onde os mais ricos continuarão sempre a rebaixar as classes mais baixas que dificilmente conseguem dar a volta enquanto dia após dia necessitamos de ser consumidores, gastando o pouco que se ganha em empresas que não praticam o bem. 

Vergonha na Saúde

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Mês após mês é esta a imagem que pode ser retida pela porta do Centro de Saúde do Carregado, concelho de Alenquer, no primeiro dia útil de cada mês. Filas que se acumulam durante horas ao longo da noite anterior, como costumam relatar várias testemunhas que passam pelo local ou que vivem pelas redondezas, como é o caso de Anita Deus que fotografou esta imagem que demonstra o mau estado do nosso sistema de saúde. 

As pessoas passam horas para poderem ter uma consulta, neste caso, para conseguirem marcar consultas para todo o mês. O primeiro dia útil serve assim como ponto de marcação das consultas mensais e só os primeiros a chegarem, de madrugada, conseguem levar a melhor. 

Queixas e denúncias são feitas constantemente junto das entidades competentes para o caso mas nada é feito para que o sistema seja alterado. A população da vila é muita para um pequeno posto de saúde onde médicos, enfermeiros e toda a equipa não conseguem chegar a todo o lado.

Cromos da vida!

Como afirmar a alguém que tudo o que é demais acaba por enjoar? Sim, existem sempre certos momentos da vida em que nos aparece pela frente um daqueles bons cromos que falam, falam e continuam a falar sobre tudo e mais alguma coisa mesmo nos momentos em que todos os outros começam a desligar os interruptores para não ouvirem toda a lengalenga desesperada que se faz ouvir e repetir. 

Na vida os cromos que circulam ausentes da realidade conseguem distanciar pessoas, afastar conversas e calar os mais mudos dos inocentes. Não existirão regras próprias para se perceber quando a corda já esticou em demasia e é necessário acalmar os cavalos para que ninguém se eleve acima do pretendido com comportamentos assim mais agressivos, mesmo somente com palavras, por se atingirem os limites cromicos?

Os cromos da vida são tão, mas tão maus de aturar! Haja pachorra e muita paciência de santo! Aliado a isso só mesmo um pouco de cara de pau para ver e assumir determinados comportamentos que só dizem respeito aos ditos cujos mas que acabam por colocar imagens e bons pensamentos em risco sobre as companhias com quem se anda!

Vergonha de blogger

A vergonha de um blogger quando descobre que é conhecido pelos seus leitores em locais públicos é o tema deste texto!

Já percebi que pelos primeiros impactos isso é normal acontecer com a maioria dos bloggers, no entanto tenho que confessar que não estava assim tão preparado para começar a perceber que em certos locais onde vou já começo a ser conhecido pelos leitores e seguidores d' O Informador, o que me tem deixado com alguma vergonha.

Primeiramente achei que isso ia demorar a acontecer e que sempre iria passar despercebido, mas agora e tal como eu reconheço alguns leitores que me seguem pelas redes sociais, também eles, sim vocês, sabem quem eu sou e aparece sempre aquele momento de não saber como reagir, se cumprimentamos ou não quem geralmente está do outro lado e não tem rosto quando está a ler o que escrevo alguns minutos ou horas depois de ter publicado um novo texto ou partilhado alguma coisa pelas redes sociais.

Muitos dos bloggers escondem-se atrás das palavras que partilham pelos seus blogues, no entanto eu fui optado por me dar a conhecer e agora já comecei a sentir que existem pessoas que já sabem que sou eu, o dono d' O Informador. Sou envergonhado pelo primeiro impacto e geralmente não tomo a iniciativa de cumprimentar ninguém que neste caso sei quem é, mas com quem nunca falei directamente, como tal tenho que pedir desculpas às pessoas com quem já me cruzei e tentei fingir que nem estava no local, porque eu sou assim, fico sem reacção e não tomo a iniciativa, tendo também percebido que do outro lado os mesmos pensamentos também estavam a acontecer.

Já me disseram que tenho que mudar esta forma de pensar e sei que assim tem de ser, mas a vergonha que ainda tenho e a ideia de que iria continuar a passar despercebido não me ajudou pelos primeiros impactos. Agora começo a ter consciência que quem está por detrás deste blogue tem nome e que é uma pessoa que os outros sabem quem é, por isso não há que esconder!

Peço também a quem me encontrar e que saiba quem sou pelas imagens que partilho e afins que não hesite e que me venha cumprimentar porque se tenho ainda vergonha, a mesma irá passar e confesso que é sempre bom sentir que existe alguém desse lado que segue o meu trabalho!

Uma vergonha inicial de blogger que com o tempo terá e irá ser moldada por vontade própria e também com a ajuda de todos!

Aos 26 bebi ao pé dos pais

Sim, é verdade! Foi ao longo de 26 anos que deixei as bebidas alcoólicas de lado quando estava ao pé dos meus pais. Não sei por que razão sempre fui fazendo isto, mas foi acontecendo e como não temos o hábito de se beber em casa, quando eram encontros familiares eu não bebia nada com álcool por eles estarem presentes.

No último almoço de família a sangria apareceu na mesa e eu que nem estava como condutor nem nada não consegui resistir. Enchi o meu copo com sangria, pela primeira vez, perto dos meus pais. Meu pai não disse nada e na volta nem reparou, agora a minha mãe deixou logo escapar, «vais beber?». Acho que não respondi, mas devia ter dito, «não, vou só comer para ficar engasgado!». Estou a brincar e era para fazer a piada! Eheheh!

Mas é verdade, nunca tinha bebido perto dos meus pais e pronto agora já o fiz e sem pensar se devia ou não... Queria sangria e coloquei-a no copo, sem pensar em quem estava por perto! E não me fiquei por um copo, nem dois, nem três... Foram mais! Depois disso ainda veio o licor! Perdi a vergonha sem me dar conta!

Sempre fui um menino tão bem comportado ao lado dos papás que até me dá nervos de mim próprio!