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O Informador

Triste Primavera

 

Neste momento estamos a caminho do final de Maio, a Primavera já vai a meio e o entusiasmo de todos nós parece ser pouco ou nenhum para com o bom tempo que tarda em chegar.

Primeiro o isolamento e o receio de sairmos de casa, mesmo com cuidados, para desfrutar dos poucos dias bons que têm surgido nestes tempos de desassossego que enfrentamos. Agora que podemos desconfinar aos poucos continuamos sem aqueles dias solarengos para aproveitarmos os jardins e espaços aconselhados para ficarmos distanciados mas com possibilidade de apanhar a tão necessária vitamina D, ganhando também alguma cor para nos ajudar a animar o espírito.

Andamos cansados, cabisbaixos e fartos perante a quarentena dos últimos meses em que ficamos como que presos em casa, sem contactos e possibilidade de sair. Agora que as liberdades chegam aos poucos o tempo não parece estar do nosso lado e em plena Primavera a tristeza continua a imperar sem a oferta gratuita por parte da natureza dos dias quentes e convidativos para que todos possamos desfrutar.

Desabafo

 

De há umas semanas para cá que percebo que não tenho andado bem. Sinto-me como um boneco que aparenta o que realmente não sente. Na realidade sinto-me triste, cansado e a necessidade é somente a de chegar a casa e ficar bem quieto no meu canto, sem que tenha de pensar ou dirigir a palavra a quem quer que seja, uma verdadeira falta de vontade de reação, numa apatia do tanto me faz se vou por ali ou por outro sentido. 

Neste momento tudo me faz confusão, a rotina, as paragens e muito mais a confusão que me deixa impaciente, nervoso e meio bloqueado. Já passei em tempos por estas fases e neste momento pareço estar naqueles momentos em que nem de mim próprio consigo gostar, magoando-me, ficando sem capacidade de ação e com uma certa ansiedade quando tento reagir, parecendo que tudo se complica, como se estivesse numa tombola que não me dá espaço no momento em que tento crescer. 

Onde está a minha alegria de sempre? Simplesmente não está, não a consigo ter, parecendo que várias pedras me puxam por um caminho de arrasto onde não me consigo rever e encontrar porque não sou o que tenho atualmente. O que represento neste momento não é o Ricardo cheio de ação, vivo e bem disposto, nem conseguindo disfarçar este mau processo que enfrento. 

Triste dia

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O acordar matinal nem sempre acontece como desejado e muitas vezes esse mau momento logo pelos primeiros minutos do dia, em que os olhos começam a perceber o que se passa à sua volta, acabam por definir o resto do dia. Ontem senti-me um pouco assim. Acho mesmo que na véspera já tinha adormecido um pouco «de mal com o mundo» e a noite, sem acordar e sem sonhar, parece que de nada serviu para melhorar a situação.

Aparentemente não tenho qualquer justificação plausível para poder perceber o mal estar com que fiquei ao longo de todo o dia. Parece que estava cansado, mesmo em dia de folga, que tinha o cérebro todo queimado e sem capacidade para refletir e dedicar breves momentos para tentar perceber a razão de ter acordado de mal com a vida e sem reação de agir e virar o jogo. O dia nem estava assim tão mau, com sol, ao contrário dos anteriores, a pausa do trabalho existia, mas mesmo assim o bem-estar diário não surgiu, sentindo-me mesmo triste, cansado e ausente de pensamento. 

Luto | Pessoal ou Social?!

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As discussões sobre o luto são uma constante quando por perto alguém parte para outra vida, para quem acredita que a mesma exista. O que é o luto afinal para além das vestes escuras que os mais velhos ainda tendem a usar como sinal de respeito que do meu ponto de vista não passam de pensamentos mantidos por uma sociedade que se auto recrimina se nos tempos após a morte de alguém não se vestirem com tons escuros ou mesmo de negro?!

O luto está no interior da pessoa, nos pensamentos e sentimentos que são mantidos quando se fica sem alguém que nos é querido. Existe assim uma verdadeira necessidade, através do vestuário, para se mostrar aos outros o que se sente através das vestimenta negra? Se alguém parte qual é a necessidade de quem fica de se carregar de escuro para mostrar aos outros, porque para mim é só mesmo isso que acontece, uma demonstração social de peso, de que está triste e tem de deixar de vestir roupas coloridas porque a base da solidão e da partida é o escuro. E ai de quem numa aldeia pequena não se vista a rigor de luto que leva logo com as críticas. Isto é a verdade, nas aldeias deste país, talvez mais no interior até, quem perde um ente-querido tem de se vestir de escuro a bem da sua comunhão com os que ficam, já que caso contrário quem fica torna-se uma «viúva alegre» ou «um filho desleixado» por não respeitar a alma de quem partiu.

Onde é que numa peça de vestuário se vê o que está na verdade no coração de alguém que ficou sem o seu par ou familiar? O luto está no interior de cada um e não na demonstração para os outros. Vivam as vossas vidas sem esses pensamentos de recriminação de uma sociedade hipócrita que ainda acredita que é necessário demonstrar a tristeza com cores quando cada um sabe de si e tem no seu interior os verdadeiros motivos perante a perda. 

Salvador Sobral, o Triste

«Vou mandar um peido para ver o que acontece». Esta foi a frase proferida por Salvador Sobral durante a sua participação em palco no evento em memória das vítimas dos fatídicos incêndios de Pedrógão Grande quando o público sempre aplaudia tudo o que o cantor fazia e entoava em palco. Se era necessária esta reação? Não, de todo!

Mais uma vez e porque está mais que provado que não sabe lidar com a fama e com os aplausos, Salvador voltou a colocar o pé na argola e só podia sair disparate. Como é que um artista em palco, perante milhares de pessoas que encheram o MEO Arena e os milhões de espetadores que assistiram ao Juntos Por Todos através da televisão consegue descer tão baixo e ser hipócrita a este ponto?

O que aconteceu a meio da atuação do jovem foi daquelas coisas que qualquer artista que se preze e que quer vingar não ousa sequer pensar. Como é que o Salvador voltou a falhar num evento nacional e com todo o à-vontade do mundo? Esta atitude mostra que para além de não saber lidar com o estrelato consegue ainda ser mal intencionado com o público que o tem acarinhado ao longo dos últimos tempos por ter sido o vencedor do Eurovision. 

Assisti em direto a este momento decadente de um jovem que não deverá ter grande futuro pelos principais palcos se continuar a seguir esta sua linha de gostar de fazer tudo à sua maneira, o que até acho bem, mas que depois não consegue lidar com o sucesso que alcançou. Foi um mau momento, por si, pelo público e acima de tudo pelo evento em que aconteceu. Quando ouvi e percebi o riso do público no recinto do espetáculo pensei que não tinham ouvido bem o que tinha sido dito porque deu-me a sensação que a frase até entusiasmou a continuação dos aplausos, mas afinal pelas redes sociais os comentários negativos não se fizeram esperar e em boa hora Portugal caiu em cima de Salvador pelo seu comportamento, que tal como outros artistas, deixa muito a desejar numa pessoa que é o ídolo de milhares de crianças e não só. 

«Não apetece»

Ao longo do ano existem alturas em que entramos numa fase em que tudo parece não fazer sentido e em que não apetece conversar, não apetece estar com ninguém, não apetece sair, não apetece estar em casa, não apetece ir ao café, não apetece ir trabalhar, não apetece levantar, não apetece deitar, resumidamente, não apetece fazer a ponta de um corno.

Estou a passar por uma dessas fases em que acordo de manhã maldisposto porque não consigo dormir o suficiente, passo a maior parte das primeiras horas do dia birrento, o que depois vai passando mas após o jantar volto a entrar naquele estado de «não apetece» porque simplesmente «não apetece» reagir. 

Sei que estas fases aparecem de vez em quando por isso não estou muito preocupado, o que sei neste momento para ser sincero é que «não apetece» fazer nada de nada e acho que assim irei continuar por mais uns dias porque até parece que faltam as forças para querer reagir e tomar a iniciativa de combinar coisas, de dizer sim eu vou, de aparecer, ficar acordado até mais tarde... Neste momento nada me consegue alegrar para sair deste estado de moleza! 

Só um pormenor...

Hoje, Sexta-feira, estive de folga! Yeh!!!! Sabem o que não é nada bom nesta festa? É que amanhã será dia de trabalho! Ohhhhhhhhhhhhh!

Infelizmente nem todos entram por estas horas de fim-de-semana! E agora surge de novo aquele Ohhhhhhhhhhh bem sentido!

Reacção comovente

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Criança confunde câmara com arma e rende-se perante fotógrafo.

Um fotojornalista viu uma criança render-se quando se preparava para tirar uma fotografia. O caso aconteceu na Síria e a fotografia do momento já se tornou na imagem do conflito.
Ao ver a máquina do fotógrafo, a criança pensou que se tratava de uma arma e, instintivamente, levantou os braços em gesto de rendição.
Segundo conta o Huffington Post, o repórter, que tentava retratar a realidade das crianças sírias num país oprimido pelo regime de Bashar al-Assad, afirmou que nunca imaginou que a criança pudesse pensar que ele lhe estava a apontar uma arma.

TVI24

Infelizmente é esta a realidade dos nossos dias pelo mundo! É triste, bastante triste até, mas é a pura das verdades, tal e qual como existe. O medo de uma criança perante o terror que lhe é imposto diariamente é algo absolutamente transtornador que não consegue ter sequer explicação para tão grande irrealidade. 

Tristeza aliada ao mau tempo

Nos últimos dias não me tenho sentido com toda a minha força de vida por vários motivos pessoais que me levam a pensar em pessoas, sentimentos e vontades. O tempo, esse mau da fita, também não tem ajudado ao meu arrebite, porque com estas chuvadas aliadas ao vento, a vontade é só mesmo a de ficar em casa, sem ter de falar e ver ninguém! Enfim, o tempo ajuda-me a ficar triste!

Não consigo explicar o que se tem passado comigo nos últimos dias, só percebendo que passo o dia a pensar que nunca mais chega a hora de voltar a casa, tomar o meu banho, vestir o pijama, preparar-me para jantar e deixar-me ficar agarrado ao computador, com a televisão ligada como companheira de quarto e um livro a suplicar para ser lido e sem existir vontade sequer para o fazer. Parece que do nada todas as coisas boas desapareceram da minha frente e só ficaram os pesos pesados que me ajudam a arrastar pelas horas em que estou acordado e a pensar que quero voltar para o meu reino isolado e onde ninguém me atormenta.

Sei que isto é uma fase que dura uns dias e que quando der por isso já a vontade de me divertir e sair aparece em doses reforçadas. No entanto, e porque também parece que o tempo irá continuar a mostrar sinais negativos, tudo me indica que o meu negativismo apareceu para continuar a fazer parte dos meus diários que têm sido bem rotineiros esta semana!