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O Informador

Comecei a ver House Of The Dragon

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É oficial: comecei a ver House Of The Dragon!

Os mais atentos sabem que não vi nenhuma temporada do grande sucesso A Guerra dos Tronos e deixei a leitura dos livros de George R. R. Martin pelo caminho bem cedo, não tendo conseguido entrar há uns anos no grande mundo do reino dos dragões. Agora, porque me conseguiram convencer que conseguia ver esta nova série sem ter acompanhado a produção central, decidi dar uma oportunidade e até que posso dizer que após o primeiro episódio fiquei curioso para ver o que se segue.

Atypical | T4 | Temporada final

Netflix

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Atypical chegou à quarta temporada e o seu final foi anunciado de forma antecipada, dando a Robia Rashid, a criadora da série, a possibilidade de criar um final digno e capacitado para dar ao público o merecido, não dando um término em suspenso. Desenvolvida de início perante a premissa do autismo, Atypical desenvolveu-se ao longo das quatro temporadas de forma simples e sensível, mostrando o dia-a-dia de Sam, Keir Gilchrist, entre a família e amigos, sempre dando destaque à sua obsessão com pinguins, fazendo com que queira viajar para a Antártica. 

Perante uma história com níveis de sensibilidade e com temas que não chamam as grandes massas, Atypical é mais uma daquelas séries que atrai quem vê e quer continuar a ver e que mesmo sendo de menores orçamentos que as produções mais caras da plataforma que enchem os tops com temporadas de mais do mesmo e que vão sendo renovadas ano após ano para fazer render o que por vezes não acrescenta nada, acabou por ver pela quarta temporada um final anunciado quem sabe por debater questões delicadas da vida comum, mostrando que, tal como outras séries canceladas, nem sempre o sistema Netflix vai de encontro ao que tanto defende sobre a diversidade de argumentos, provando cada vez mais que o diferente fica para trás para servir mais do mesmo vezes sem fim e com repetições de argumento ao longo de várias temporadas.

Atypical foi sempre levada a sério pelos seus criadores, tendo conseguindo desenvolver uma boa história e capacidade de renovação, dando história a todos os personagens e valorizando em determinados episódios determinadas situações para que outros tivessem destaque na trama. Nesta última temporada as histórias circularam, os finais foram acontecendo, os desenvolvimentos tinham tudo para dar certo se existisse continuação mas tudo teve de terminar, ficando pontas soltas que enquanto imaginativo consegui dar uma sequência positiva por perceber a proximidade entre personagens e a ligação criada entre uns e outros. Esta é daquelas séries que começou, alcançou o público mas depois não se viu apoiada pelas escolhas, talvez por não existirem cenas de sexo abundante, nudismo, crimes e afins, o que tem dado os primeiros lugares entre os mais vistos a outras produções mais caras mas que começam a provar que seguem o mesmo lote básico criativo do é isto e aquilo e assim teremos sucesso e veremos a renovação acontecer. Isto não é o correto, mas o mercado audiovisual segue sempre a mesma linha perante as vendas e pouco existe a fazer para alterar a situação.

 

Special | T2 | Netflix

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Um ano após uma primeira temporada de sucesso, Special regressou com uma renovada fornada de episódios e mostrou que mesmo tendo sido esta a sua temporada final ainda existia muito que poderia ter sido contado nesta história onde a paralisia cerebral e a homossexualidade se unem e dão o mote para uma série educacional, libertadora e ao mesmo tempo mostrando a leveza com que a dor pode ser transformada com o apoio do amor. 

Tendo a sua primeira temporada igualmente oito episódios como a segunda, mas com quinze minutos cada, Special recebeu de imediato a boa critica junto do público que descobriu esta produção que poderia muito bem ter passado despercebida pela sua fraca promoção e conseguiu assim ver aprovada esta sua última temporada, mesmo com a Netflix a informar que seria a última pelos cortes que têm feitos em determinadas séries que não conquistam o público mundial por estarem viradas para um público exato. 

Com Ryan O'Connell como criador e ator central da história cuja personagem tem igualmente o seu nome, Ryan criou esta produção com base na sua própria experiência por sofrer de paralisia cerebral e ser homossexual, mostrando que é possível contar a sua história e a de várias pessoas com deficiência sem chatear, sem pesar a consciência do público, existindo em Special, principalmente nesta segunda temporada, a visão de que não existem motivos para se ficar excluído da sociedade por se ser diferente. 

Bonding | T2 | Aulas sexuais

Netflix

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A primeira temporada bem sucedida de Bonding deu à série uma nova fornada de episódios, mais longos, tal como havia comentado que deveria acontecer, e com um enredo renovado, onde Tiff e Carter vêm a sua amizade ser beliscada pelas novas vontades e desenvolvimentos que os dois pretendem para o futuro.

Não fugindo do mundo das dominatrix e levando estes novos episódios num caminho mais explicativo sobre esta área profissional do sexo, fruto das criticas que a primeira temporada foi alvo pelas profissionais da área, a segunda temporada de Bonding sofreu, de forma positiva, alterações para que o público ficasse a conhecer um pouco melhor os meandros e a forma sobre como tudo é feito, para que depois sim se possa seguir com a trama, tendo visto este lote de episódios como que a aula que devia ter sido dada antes mesmo de se enfrentar a primeira temporada com ação e sem se perceber ao certo os meandros perante todo o secretismo que envolve as dominatrix dentro da sua área de atuação. Erros foram remediados e explicados, como a retirada da coleira a Carter, já que o parceiro de Tiff não lhe tem de ser submisso, mostrando ao mesmo tempo a responsabilidade e os cuidados que estas profissionais devem possuir perante os seus desconhecidos clientes. Desta vez explicaram, todos fomos convidados a ter aulas para que o realismo exista no que está para continuar e a história não para, congela um pouco, mas acaba por não perder o seu fio base condutor. 

Aqui Tiff opta por ter aulas com uma profissional de sucesso para adquirir novas técnicas, e acaba por levar o seu amigo Carter por arrasto. Mas será que a dupla bem conseguida na primeira fase está agora disposta a seguir caminhos em comum? É que não nos podemos esquecer que Carter é um comediante e sonha com o sucesso nos palcos, querendo ser famoso e alinhar a comédia com as suas aprendizagens em caves e masmorras sexuais. Existirá espaço na amizade para caminhos diferentes entre os dois?

Modern Family ainda não acabou...

Netflix

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Modern Family, que é como quem diz em português, Uma Família Muito Moderna, conta com onze temporadas, no entanto meti na cabeça que só existiam dez e que tudo terminava por aí. Esta semana cheguei ao que presumi ser o último episódio desta divertida série familiar, eis quando hoje, no momento em que ia fazer um texto todo piriri sobre esta produção, que me acompanhou ao longo dos últimos anos por ver aos poucos e devagar para render e como que ajuda a desanuviar no intervalo de séries mais pesadas, percebo que afinal são onze temporadas e não as dez que já vi.

Para quem não conhece Modern Family, e assim de forma rápida, esta série está centrada na família de Jay Pritchett, que divorciado reencontra o amor com Gloria Delgado, uma colombiana mais nova e que trás consigo um filho, Manny. A partir disto Jay tem dois filhos adultos e já com as suas vidas, Claire, casada com Phil, e que têm três filhos, Haley, Alex e Luke. Do outro lado existe Mitchell, casado com Cameron, que decidem adotar uma menina vietnamita, Lily. Aqui está o arranque desta divertida série que toca entre outros, em temas como a homossexualidade, o amor entre idades, os dramas dentro das famílias, a adolescência, a adoção e o divórcio. Dez anos passam e o núcleo familiar é mantido entre diversas situações inesperadas como na vida real acontece. Mantendo o ritmo e a base, esta série passa por diversas fases, acompanhando o desenvolvimento e o aparecimento de novas personagens no que aparentemente é simplesmente mais uma família normal entre tantas outras. 

Ao arrastar os últimos episódios da décima temporada para não me ter de despedir da série tão cedo e ao deitar pequenas lágrimas no que achei ser o final, fiquei mesmo a pensar que o último episódio, recheado de memórias de aniversários, ditava mesmo o fim desta que foi já considerada a melhor série, com inúmeros prémios e nomeações pelo caminho. Afinal a despedida aconteceu somente de forma provisória, já que existe toda uma nova fornada de episódios, ainda não disponível na Netflix, para ser vista em breve. Achei a décima temporada muito boa, comparada com as anteriores, talvez com um maior cuidado com o argumento ou então por pensar que seriam mesmo os últimos episódios e por ter visto assim piada em demasia, mas agora que percebo que ainda tenho mais Modern Family pela frente tudo fica mais composto, embora tenha de esperar uns tempos até a plataforma de streaming nos disponibilizar o que resta desta série familiar que todos deveriam acompanhar. 

 

La Casa de las Flores | T3 | Estranho final

Netflix

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A terceira e aparentemente última temporada da série La Casa de las Flores chegou e conseguiu ainda baralhar mais que o conjunto de episódios da segunda temporada. Após conhecermos a família De La Mora na primeira série e de acompanharmos na segunda o desaparecimento de Virginia e tudo o que foi alterado a partir daí, na terceira temporada somos convidados a recuar ainda mais no tempo, cerca de 40 anos, para percebermos como toda a vida de Virgínia foi moldada pela própria mãe Victoria, que regressa agora à vida dos netos. No passado Victoria tudo fez para que a filha atingisse estatuto com base nas aparências, afastando-a do namorado e das relações, não correndo o entrave como esperado pela mulher controladora e que não media meios para atingir os fins. No presente a sua aparição acontece com o mesmo predicado e as coisas voltam a não correr assim tão bem. 

Acompanhando Virgínia em 1979 aquando da gravidez da primeira filha, Paulina de La Mora, as escolhas e omissões da época foram fulcrais para todo o desenvolvimento familiar e do início ao fim da temporada somos convidados a revisitar todo o processo da vida de Virgínia, onde o parecer e as aparências são mantidas. Ao mesmo tempo, o presente sucede-se e o coma de Elena, após o acidente no final da anterior temporada, acontece, com uma gravidez planeada mas desconhecida perante a família. Já Paulina enfrenta os meandros da prisão e ao mesmo tempo tem de lidar com os problemas da sua relação com Maria José. E ficam assim apresentados os três pontos base deste conjunto de episódios que baralham tanto que podiam nem ter surgido.

Primeiramente tenho a destacar pela positiva o elenco que continua fantástico, até reforçado com bons atores e que mostraram que além de talento foram escolhidos para darem nas vistas nas cenas mais quentes que esta série continua a ter, principalmente o núcleo que dá vida às personagens de 1979. Os cenários continuam a seguir a mesma linha, com umas construções que por vezes parecem inacabadas, mas melhor conseguidas, embora pequem por excesso de efeitos e cores, dando um ar muito apimbalhado, mas que acaba por ir de encontro à história que já caiu no ridículo. O que não aceito é mesmo o desenrolar da história que tinha tanto para contar se tivesse seguido a linha do guião da primeira temporada, mas algo aconteceu e tentaram inventar que desmancharam por completo o fio condutor, parecendo que muito do que é contado agora de forma forçada aconteceu pela necessidade de existir um contrato e não conseguir desenvolver a mixórdia que fizeram na segunda temporada. Este terceiro lote de episódios poderia resultar sim numa outra série somente com as cenas do passado, explicando como tinha acontecido e tendo a evolução com o tempo, não o contrário sem explicação porque este retrocesso no tempo não era de todo necessário para criar produto. Seria tão mais interessante ver a evolução da família atual, com o recurso ao espaço da florista e mesmo do cabaré sem tanta salganhada onde até um tratamento pela cura gay ocupa parte de episódios numa história do século XXI. 

La Casa de Papel 4 ainda se recomenda...

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A quarta temporada de La Casa de Papel volta a não dar tréguas, embora o receio de que tudo falhe continue a existir a cada renovação que é feita. 

Continuando o rumo que a série tomou no terceiro conjunto de episódios, nesta nova temporada começamos com o professor em fuga e ao mesmo tempo a reorganizar um plano após Lisboa ter sido apanhada. Com a restante equipa no interior da Reserva Nacional do Banco de Espanha, onde tudo parece controlado numa primeira fase mesmo com a ausência à distância do professor, a primeira fase destes novos episódios gira muito em torno do que se passa na tenda exterior das forças de segurança para se perceber se Lisboa consegue esconder os segredos do gangue ou a pressão acaba por a derrotar. Primeiramente esta temporada parece ser feita simplesmente para dar continuidade sem existirem grandes alterações, eis que a meio tudo muda. Os conflitos no interior do edifício acontecem como sempre, um novo vilão surge de forma inesperada entre os reféns e o caos fica instalado definitivamente. Com todos os planos virados do avesso, a série ganha novo alento e fica demonstrado que esta continuação do sucesso tem sido válida e recomenda-se.

A confiança dentro e fora do grupo é colocada em causa, na tenda a guarda e inspetores deitam tudo a perder com fugas de informação, os novos aliados exteriores do professor surgem de novos pontos, numa situação criada de forma muito rebuscada, mas aceitável, e o recurso aos flashbacks tem de acontecer de forma inevitável para explicar as alterações da história como combinações e ligações do passado, ficando sempre com a ideia de que esses factos são forçados pela necessidade da entrada de novas personagens por alguma porta, que nesta série só consegue ser explicada como se tudo já tivesse preparado há uns anos. 

De resto e seguindo a boa capacidade dos argumentistas de criarem sem defraudar as expetativas, da produção em manter a qualidade e com um elenco que não falha, tenho a destacar a capacidade de criarem novas personagens que se destacam pela positiva desde logo, dando força a que a história se desenrole e que o público se deixe levar por outras vedetas e deixe a preferência de quem vai ficando para trás a favor da necessidade de renovação. 

No Meu Bairro | T3

Netflix

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No Meu Bairro foi das séries juvenis que me conseguiu convencer logo na primeira temporada pelo seu lado critico e real de um grupo de jovens que vive num bairro problemático dos Estados Unidos, fugindo ao que é apresentado geralmente quando este tipo de produtos chegam ao público.

Embora tenha ficado um pouco reticente com o que se seguiria por existir alguma falta de investimento no campo da produção pelos primeiros episódios, a segunda fornada superou as expectativas pela capacidade de mudança e por existir claramente um melhoramento em, termos de investimento a nível de argumento e imagem. Renovando o sucesso, eis que surgiu em 2020 a terceira temporada e o que tem vindo a ganhar qualidade ainda conseguiu melhorar, alterando também, em certo ponto, o rumo das personagens. 

Continuando a debater as relações de jovens adolescentes entre si e em família num bairro onde o crime, o sistema da droga e os perigos são constantes, No Meu Bairro defronta o sonho e a criação de jovens com muito para ser vivido com os problemas de um local que não os deixa celebrar a juventude de forma livre e como merecem.  

Com jovens atores com talento e sem seguirem os estereótipos dos atores/modelos com corpos e rostos dentro dos ideais estéticos da beleza, o que ajuda esta série a funcionar melhor por não mostrar a suposta perfeição mas sim pessoas normais, embora com histórias que não são assim tão previsíveis e reais, este produto de entretenimento marca a diferença também por esse ponto.

Ana com A | Temporada 3

Anne With An "E"

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Se existe série que gostei de seguir e que infelizmente, por decisões que não correspondem aos gostos do público, termina na terceira temporada, é Ana com A, com o título original Anne With An "E".

Estreou na plataforma Netflix em 2017 com uma temporada de sete episódios. Em 2018 foi renovada com mais dez capítulos e no início de 2020 viu os derradeiros dez episódios disponíveis. Três temporadas em crescendo, tanto em qualidade de produção como a nível de história, a narrativa que conta a vida da jovem Anne prendeu, mesmo que de início tenha sentido vontade de deixar de ver a série pela irritação que esta personagem me causou por ser muito mexida, metida com tudo e sem papas na língua, o que quando surge em demasia cansa, tal como na vida real. De cabeços ruivos, sardas e muito atrapalhada, Anne é a jovem órfã que ganha uma nova família que a obriga a alterar hábitos e manias. Cheia de sonhos e boa vontade para seguir em frente sem deixar os que ama para trás, dando sempre a volta aos contratempos que vão surgindo, esta jovem acaba por ser a união de quem a rodeia.  

Nesta terceira temporada não existem exceções e tudo se adensa. A rebelde e teimosa Anne sem perder o protagonismo, tem nesta derradeira temporada novos confrontos e decisões a serem tomadas, existindo espaço também para que outras personagens tenham ganho um maior destaque por verem as suas histórias com um maior desenvolvimento. Os primeiros amores, as etnias, o racismo, a perda e as conquistas, as mudanças sociais, a aceitação e os avanços para novos mundos e em grande destaque, o poder e a importância que a mulher ganhou na época. Nesta terceira temporada de Ana com A os facilitismos não acontecem e todos têm a ganhar quando existe uma alma tão pura e sensata como a de uma miúda que procura o seu passado para conseguir finalmente ser feliz com o que tem. 

Educação Sexual por Quim Barreiros

Netflix

 

Quim Barreiros é a surpresa do dia no que toca a notícias boas e divertidas, para lá das corrupções de Isabel dos Santos e dos vírus chineses.

O cantor e a Netflix Portugal lançaram um vídeo publicitário a divulgar a chegada da segunda temporada da série SexEducation à plataforma. Numa bem pensada estratégia de marketing, que colocou as redes sociais a partilharem o vídeo que já se tornou viral em poucas horas, o Quim Barreiro apresenta o seu novo tema aos alunos do colégio Moordale Secondary numa conjugação entre imagens da série e a atuação do cantor. Num tema ao bom estilo do Quim, o sexo é a arma forte da letra onde não falta a banana e o bacalhau.

Se me dissessem para criar uma campanha publicitária para a série jamais pensaria em colocar um dos artistas mais conhecidos do nosso país, com temas picantes e visto como pimba, a chamar de certa forma o público, que não é o seu (ou o Quim conquista todos?) para o regresso da série.