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O Informador

Um Homem Inofensivo, no Teatro Aberto

Um-Homem-Inofensivo1©Filipe-Figueiredo-1536x1024.

A meio do silêncio e sossego da noite, Renato acorda e percebe que no interior da sua casa está uma outra figura masculina, um desconhecido. O medo gera confronto de palavras perante a tensão e as dúvidas e o tempo vai passando sem que nenhum baixe os braços perante este encontro de duas figuras solitárias da nossa sociedade. Passado e presente em debate perante vidas em conflito interior que num frente-a-frente acabam por se abanar e despoletar num final pesado. Afinal de contas nesta sociedade corrida não estamos todos sujeitos a momentos de solidão e negativismo sem estarmos preparados para os enfrentar sem que muitas vezes o clique da realidade não seja dado na altura certa? Um Homem Inofensivo é a visão solitária da sociedade entre dois homens que se aproximam e afastam perante o desejo e o medo do reconhecimento.

Um texto de Luís António Coelho, vencedor do Prémio de Teatro Português 2022, com encenação de Álvaro Correia e interpretação de Filipe Vargas e Renato Godinho, em cena de Quinta-feira a Domingo no Teatro Aberto, em Lisboa. 

 

O Filho, no Teatro Aberto

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As fragilidades da saúde mental na adolescência são colocadas em debate através do novo espetáculo do Teatro Aberto, O Filho, de Florian Zeller.

Estreou no passado Sábado, 15 de Abril, na sala lisboeta, a peça O Filho que conta com Cleia Almeida, Paulo Oom, Paulo Pires, Pedro Rovisco, Sara Matos e Rui Pedro Silva num elenco encenado por João Lourenço e com coreografia do Cifrão.

A peça O Filho relata o confronto com que Nicolau, um adolescente de 17 anos, se debate quando os seus pais Ana e Pedro se separam e este segue para uma nova relação, com Sofia, de onde tem um outro filho. Pedro resolver recuperar o filho para a sua nova família a partir do momento em que percebe que Nicolau entra num estado depressivo, de profunda tristeza, faltando à escola e sem conseguir definir o seu caminho por não estar bem consigo próprio. Entre a dor de Nicolau e o desespero de Pedro por se sentir culpado pelas marcas físicas e psicológicas do filho existe Sofia que teme pelo bem estar do seu pequeno filho quando em convívio com o irmão, tal como de Ana que se sente impotente perante o estado de Nicolau. Este espetáculo convida assim ao debate dos problemas mentais tão presentes na nossa sociedade perante o sentido da vida de cada um de nós. 

Convites duplos | O Filho

Teatro Aberto | 19 de Abril, pelas 19h00

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O Teatro Aberto estreia a 15 de Abril uma nova produção, O Filho, de Florian Zeller, com encenação a cargo de João Lourenço com elenco composto por Cleia Almeida, Paulo Oom, Paulo Pires, Pedro Rovisco, Sara Matos e Rui Pedro Silva. Um novo espetáculo com o selo de qualidade que a direção da sala lisboeta já habituou o seu público fiel e que de certo continuará a mostrar o bom trabalho realizado ao longo dos últimos anos. 

Pedro e Ana separaram-se. Nicolau, o filho adolescente, cai numa profunda tristeza, falta à escola, sente-se perdido, não está bem consigo próprio nem com ninguém. Pedro tem uma nova mulher, Sofia, e um filho bebé. Confrontado com os problemas de Nicolau, Pedro dispõe-se a acolher o filho na nova família e a dar-lhe atenção e apoio. No entanto, a experiência de vida, a boa vontade e os bons conselhos dos adultos não chegam para ajudar Nicolau a sair da depressão em que se encontra.

De onde virá tanto sofrimento? Quem poderá compreendê-lo e apaziguá-lo? Os pais? Os médicos? O filho? Ou será que não há explicação nem remédio para um mal tão obscuro? Na sua peça O filho (2018), o dramaturgo e realizador francês Florian Zeller centra-se na teia complexa das relações familiares para reflectir sobre os mistérios insondáveis da mente e a dificuldade em crescer e encontrar um sentido para a vida.

FICHA ARTÍSTICA

VERSÃO João Lourenço | Vera San Payo de LemosDRAMATURGIA Vera San Payo de LemosENCENAÇÃO E CENÁRIO João LourençoFIGURINOS Lia FreitasVÍDEO João Lourenço | Nuno NevesCOREOGRAFIA CifrãoCOM Cleia Almeida | Paulo Oom | Paulo Pires | Pedro Rovisco | Sara Matos | Rui Pedro Silva

SESSÕESQuarta-feira e Quinta-feira - 19hSexta-feira e Sábado – 21h30Domingo 16h

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E como os bons espetáculos são para serem partilhados, tenho convites duplos para sortear destinados à sessão das 19h00 de Quinta-feira, 19 de Abril. Para te habilitares a um dos convites tens de seguir O Informador no Instagram, e partilhares no teu InstaStories a imagem do cartaz do espetáculo que se encontra disponível nos Destaques e mencionares O Informador e três amigos nessa mesma partilha. De seguida basta preencheres o formulário - AQUI - onde só é permitida uma participação por endereço de e-mail. Esta oportunidade irá estar disponível até às 18h00 do dia da 18, e nesse dia serão revelados os nomes dos vencedores nesta mesma publicação, sendo o sorteio feito através de sistema automático. Os premiados serão contactados via email com as recomendações para o levantamento dos bilhetes acontecer nas melhores condições.

O Coração de um Pugilista, no Teatro Aberto

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O Coração de um Pugilista convida o público a conhecer um homem que conheceu mundo através da sua ascenção no ringue de boxe. Leo, um velho homem que viveu e encontra-se atualmente trancado numa ala hospitalar, com uma janela que lhe transmite o que se passa lá fora. Primeiramente percebemos que este homem está refugiado no silêncio, mas é com JoJo, um jovem condenado pelo tribunal a cumprir horas de trabalho comunitário a pintar o quarto deste homem solitário que encontramos o real ser que por ali habita.

De um jovem revoltado e inusitado que entra em quatro paredes de forma forçada pelo incumprimento e que encontra um homem calado numa cadeira de rodas conseguimos encontrar a dor de dois desconhecidos que com o tempo percebem que têm mais em comum do que o pensado de forma inicial. O desconhecido de vidas revoltadas, as aparências e a vontade de triunfar e alterar o rumo do que parece estabelecido num momento mas que sempre é possível alterar quando existe vontade e um forte sentido de orientação aliado a uma voz amiga que ajuda a delinear cada caminho.

A arma secreta que Leo tem consigo para ajudar JoJo a conquistar a sua jovem amada, por outro lado este jovem é a visão de Leo do exterior, é ele que o ajuda a delinear o caminho para a liberdade. No final, estes dois caminhos não se terão cruzados por precisarem de perceber que sempre existe uma volta a dar ao estabelecido para que se consiga alcançar cada objetivo idealizado? No fim, mesmo naqueles minutos, um respira liberdade que só é conseguida pelo jogo de manipulação do outro que por sua vez tem na sua frustração inicial agora um aliado de peso chamado triunfo e rigor.

 

Convites duplos | O Coração de um Pugilista

03 de Novembro | Teatro Aberto

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O Coração de um Pugilista é o novo espetáculo que o Teatro Aberto estreia a 29 de Outubro. Da autoria de Lutz Hübner, com encenação e cenário de João Lourenço, dramaturgia de Vera San Payo de Lemos e interpretações de Miguel Guilherme, Gonçalo Almeida e Bárbara Vagaroso, este é um espetáculo para todos, numa reflexão perante a demonstração da possibilidade do nascimento e crescimento de uma amizade entre diferentes gerações. 

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SINOPSE Depois de um confronto com a polícia, o jovem Jójó é condenado pelo tribunal a cumprir serviço comunitário num lar de idosos. Cabe-lhe pintar o quarto de Leo, um velho pugilista que a instituição considera perigoso e mantém numa ala fechada. No início, a revolta e a agressividade de Jójó chocam com a apatia e o mutismo de Leo. A tensão vai-se desfazendo, quando os dois começam a partilhar as suas histórias de vida e ganham o respeito um do outro. Mas será que tudo isto aconteceu realmente? Ou foi apenas mais um dos muitos sonhos de Leo?

Com base no imaginário de um combate de boxe, O coração de um pugilista apresenta e debate diversos modos de encarar a vida e lidar com vitórias e derrotas. Quando importa atacar e esquivar? Como continuar a lutar depois de se ter ido ao tapete ou atirado a toalha ao chão? Estratégias de luta, estratégias de vida.

FICHA ARTÍSTICA

VERSÃO João Lourenço | Vera San Payo de LemosDRAMATURGIA Vera San Payo de LemosENCENAÇÃO E CENÁRIO João LourençoFIGURINOS Ana Paula RochaVÍDEO João Lourenço | Jorge AlbuquerqueSOM Cristóvão CamposCOM Bárbara Vagaroso | Gonçalo Almeida | Miguel Guilherme

SESSÕES Quarta-feira e Quinta-feira - 19hSexta-feira e Sábado - 21:30hDomingo 16h

M/12

Não Me Faças Perder Tempo no Teatro Aberto

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Não Me Faças Perder Tempo assume a procura do Amor nos tempos modernos onde as imagens publicadas com filtros, as dicas escritas e as aplicações digitais estão na moda mas deixam de lado os encontros pessoais e consequentemente o relacionamento com o próximo.

Num espetáculo do Teatro Aberto, com texto de Luís António Coelho, encenado por Rui Neto e com os atores Beatriz Godinho, Daniel Viana, João Tempera, Katrin Kaasa, Leonor Seixas, Luís Gaspar, Rita Cruz e Telmo Ramalho num cenário fantástico com vários ambientes distintos onde é possível o público ter a perceção dos vários encontros que vão acontecendo com duração de quatro minutos, o tempo estritamente necessário para se fazerem as questões diretas e se ficar com a ideia se o outro, aquele outro desconhecido, poderá ser uma pessoa interessante para algo mais no futuro.

A necessidade de encontrar o par ideal numa sociedade corrida leva a que estes seres desconhecidos entrem no evento Crazy Love, uma espécie de reality show de encontros, entre tantos que existem por aí, onde neste caso os candidatos entram na aventura e em apenas quatro minutos vão conhecendo o que poderá ser o seu par ideal. No final desse tempo rodam entre os vários espaços existentes e vão conhecendo outras pessoas até ao momento final, onde será possível perceber se na totalidade do grupo existiu o match perfeito dentro deste evento de encontros rápidos com algum par que se tenha cruzado. 

Não Me Faças Perder Tempo acaba por transmitir consigo a critica sobre a rapidez dos novos conhecimentos pela dificuldade existente em se perceber quem se apresenta, se tudo é real ou ilusões dos tempos modernos que encaixam muito na ideia das primeiras impressões onde a verdade fica por vezes de fora da equação.

Mais uma vez destaco o trabalho feito nas produções que vão a cena no Teatro Aberto. Neste espetáculo além do tema atual e com questões pertinentes a serem colocadas ao longo de hora e meia de sessão entre os vários temas debatidos de forma rápida, é viável referir que mais uma vez o cenário apresentado é fantástico, como sempre acontece nesta sala que não se deixa ficar pelo óbvio, mostrando sempre surpresa no que é apresentado em palco. Depois falar dos atores que agarraram as suas personagens para chegarem facilmente ao público através de particularidades que distinguem as oito pessoas que se encontram no evento e que conseguem assim gerar reação junto de quem assiste. 

Convites duplos | Não Me Faças Perder Tempo

21 de Julho | Teatro Aberto

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O amor na era digital é o ponto central do espetáculo que se encontra em cena no Teatro Aberto. Não Me Faças Perder Tempo, foi a peça distinguida com o Grande Prémio de Teatro Português em 2020 e é agora levada para cena através de encenação e dramaturgia de Rui Neto que conta com Beatriz Godinho, Daniel Viana, João Tempera, Katrin Kaasa, Leonor Seixas, Luís Gaspar, Rita Cruz e Telmo Ramalho no elenco que promete debater junto do público as novas formas de encontrar o amor através de aplicações onde através de um simples clique o fogo da paixão pode acontecer. Estarão as oito personagens deste espetáculo preparadas para encontrarem o amor desta forma tão atual e onde o conhecimento pessoal fica por vezes para segundo plano?

Quem não desejaria apaixonar-se à primeira vista? Encontrar um amor para a vida toda? Há quem procure realizar este desejo de hoje e de sempre através do speed-dating, um dispositivo de encontros entre desconhecidos que buscam o amor. Quatro mulheres e quatro homens têm quatro minutos para conversar com cada uma das pessoas do sexo oposto. A limitação de tempo implica que cada frase seja importante e tenha o poder de despertar interesse e cumplicidade no outro.

Não Me Faças Perder Tempo, a peça distinguida com o Grande Prémio de Teatro Português 2020, reflecte a urgência de amar na era digital, apresentando o speed-dating como uma alternativa analógica, uma fuga para a felicidade de todos os solteiros, misfits, ímpares, singulares, carentes, solitários e atarefados que trocam as aplicações de engate pelo ambiente breve e artificial de encontros ao vivo, na expectativa de um perfect match. Num mundo onde prolifera a peste, a guerra e a solidão, o amor é cada vez mais um lugar utópico. Será que é por este meio que alguém o vai encontrar?

FICHA ARTÍSTICA

ENCENAÇÃO E DRAMATURGIA | Rui Neto
CENÁRIO E FIGURINOS | Marisa Fernandes
VÍDEOS | Jorge Albuquerque
SONOPLASTIA | Cristovão Campos
DESENHO DE LUZ | João Rafael Silva
COM | Beatriz Godinho  Daniel Viana  João Tempera  Katrin Kaasa  Leonor Seixas  Luís Gaspar  Rita Cruz  Telmo Ramalho

SESSÕES | Quarta-feira e Quinta-feira - 19h | Sexta-feira e Sábado - 21:30h | Domingo 16h

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Os Filhos no Teatro Aberto

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A peça Os Filhos estreou em Londres, em 2016, e encontra-se atualmente em cena na Sala Vermelha do Teatro Aberto, em Lisboa. Da autoria da britânica Lucy Kirkwood, com encenação de Álvaro Correia e interpretação de Custódia Gallego, João Lagarto e Maria José Pascoal, este texto coloca em debate a forma como cada um de nós, enquanto indivíduos únicos numa sociedade coletiva, pode melhorar a forma de estar para a proteção do planeta acontecer a bem do próprio bem-estar e das gerações seguintes.

Através de três engenheiros nucleares, Hazel, Robin e Rose, na reserva, com mais de sessenta anos, o debate para com as preocupações ecológicas com as alterações climáticas e a questão da energia nuclear estão como ponto central neste debate de palco onde a intervenção e invenções humanas nos distúrbios ambientais trazem consigo grandes consequências a médio e longo prazo, sendo necessário reverter a situação o quanto antes perante o que o próprio humano idealizou.

Numa partilha de palco onde as complicações sociais, os conflitos pessoais e próprios encontramos o casal Hazel e Robin a viverem numa pequena casa de campo para onde se mudaram após um relevante acidente na central nuclear onde sempre trabalharam. Nesse acidente a área próxima à central ficou contaminada com radioatividade, levando-os para outras paragens onde atualmente vivem com um grande controlo no racionamento da água, eletricidade e bens alimentares. Um dia recebem nos seus simples aposentos Rose, uma antiga colega, que após reviver momentos menos bons entre os três enquanto equipa, mostra vontade de regressar à central para recuperar o mal que foi feito e fazer com que as equipas mais novas não venham a sofrer como eles próprios, querendo dar assim o seu corpo já mais velho para poderem dispensar as equipas de jovens para que os mesmos não venham a sofrer. E aqui está a questão final do texto... Rachel vai voltar ao trabalho na central nuclear de livre vontade. Estarão Hazel e Robin, que se pouparam nos últimos anos com a proteção e cuidados necessários, preparados para enfrentarem os seus derradeiros anos de vida a sofrerem ainda mais com as mazelas de quem vive dentro de uma bomba pronta a rebentar?

Convites duplos | Os Filhos

04 de Maio | Teatro Aberto

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O Teatro Aberto acabou de estrear na Sala Vermelha uma nova produção, Os Filhos, de Lucy Kirkwood, com encenação de Álvaro Correia. Refletindo sobre a preocupação de cada um consigo e para com os outros, este texto estreado em 2016 em Londres convida a que seja feita uma reflexão  sobre o que todos poderemos melhorar para com a situação do planeta refletindo perante o futuro da sociedade, do que de bom podemos fazer para que não se destruam cada vez mais os alicerces necessários para o bem-estar do próximo. 

A par com o Teatro Aberto, tenho cinco convites duplos destinados à sessão de dia 04 de Maio, Quarta-feira, pelas 19h00, para atribuir aos leitores e visitantes do blog. Como tal, para te habilitares a um dos convites tens de seguir O Informador no Instagram, e partilhares no teu InstaStories a imagem do cartaz do espetáculo que se encontra disponível nos Destaques - Teatro Aberto e mencionares O Informador e três amigos nessa mesma partilha. De seguida basta preencheres o formulário - AQUI - onde só é permitida uma participação por endereço de e-mail. Esta oportunidade irá estar disponível até às 19h00 do dia anterior a cada sessão, e nesse dia serão revelados os nomes dos vencedores nesta mesma publicação, sendo o sorteio feito através de sistema automático. Os premiados serão contactados via email com as recomendações para o levantamento dos bilhetes acontecer nas melhores condições.

Começar no Teatro Aberto

começar

Após dois anos pesados com um vírus que nos assombrou a todos, e que continua a pairar no ar, o Teatro Aberto apresenta nesta sua nova temporada em final de 2021 a peça Começar. De cena única e com a escolha nos atores Cleia Almeida e Pedro Laginha para darem vida às duas personagens em palco, este Começar é como que o início e a oportunidade que todos nós devemos ter a capacidade de auto atribuir para quando algo falha existir o momento de poder olhar em frente, virando o olhar para todos os lados e perceber que existe vida para além do que já ficou para trás. Sempre, mas sempre, é possível reComeçar numa nova etapa, deixando que novas vivências entrem no nosso perfil e abanem o que achamos estar correto até então. 

Uma noite de festa, uma inauguração de casa, o amigo de Laura que é incentivado a levar companhia e eis que Daniel, o amigo do amigo conhece a proprietária da nova casa. A noite é de alegria, de música e bom convívio mas com o passar das horas as saídas fazem-se sentir e no final ficam os dois primeiramente desconhecidos com o sentimento mútuo de que ao longo daquele serão os olhares cruzados os fizeram aguardar para estarem a sós. 

As conversas rápidas e hesitantes, aquele silêncio comprometedor onde o desejo se torna notório, os receios de cada um de falhar, o tempo vai passando, os embaraços surgem e as semelhanças e desigualdades vão sendo conhecidas entre dois desconhecidos que tinham de se cruzar em algum momento na vida. Como correrão estas aproximações com afastamentos nesta noite feita de surpresas e onde se consegue ficar em suspenso no final sobre se tudo avançara mesmo para o futuro ou se tudo ficou como uma lição para olhar o tempo que está para vir.