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O Informador

Jogo da Rosa

Num jantar de família da série Suburgatory, em exibição nas tardes de segunda a sexta-feira do AXN White, vi um momento para se ter quando várias pessoas estão juntas à mesa e não existe um tema foco para ser falado ou comentado.

As personagens estavam a jantar, em silêncio e com um ambiente pesado quando um deles sugere que se comece a falar do jogo da rosa. A explicação sobre tal forma de jogar foi dada de forma rápida e achei que esta ideia serve sempre para quebrar o gelo em alguns casos quando não se sabe o que se há-de dizer.

O jogo consiste em eleger o momento apelidado de rosa do dia, tal como o espinho, aquelas situações que marcaram de forma positiva e negativa as últimas horas. À mesa, com familiares ou amigos, falar dos bons e maus momentos do dia faz sempre com que se tenha algo para partilhar, fazendo ao mesmo tempo uma introspecção do que nos está atravessado ou nos deixou bem dispostos, ajudando assim a ter algo para dizer e falar durante aquele tempo em que se tem que partilhar um espaço que pode estar pela hora da morte. 

O jogo da rosa do dia foi o nome que as personagens deram a tal ideia e eu fiquei com a mesma no pensamento, preferindo partilhá-la por aqui para que quem não vê Suburgatory a poder conhecer e ao mesmo tempo para também não a esquecer, porque esta mente é meio atrapalhada e pateta.

O Amor Não É Isto

O Amor Não É IstoO Amor Não É Isto, o primeiro romance que li da autoria de Cláudio Ramos, e que me conseguiu conquistar a ponto de perceber e ver de outra forma o apresentador da SIC que se revela através das personagens que criou para este livro. Numa história ágil onde várias personagens se cruzam em busca do amor perfeito, António e Joana são os protagonistas!

Neste romance as histórias têm um início e fim, enfrentando as vicissitudes da vida e as amarguras dos complicados argumentos individuais que tanto caracterizam a sociedade dos nossos dias. O ego de cada um, a insistência em relações sem futuro e a falta de carácter e respeito pelo próximo são vários dos motivos base desta narrativa.

Duas pessoas cruzam-se e acabam por caminhar para um romance que por algum tempo é mais que meros momentos de cama, como anteriormente acontecia, só que a insistência de uns nem sempre é aceite pelos outros e aí tudo começa a desmoronar. As diferenças de ideias acabam por levar uma relação que vive com alguns picos pelas laterais a terminar por talvez vários mal entendidos e porque o que se mostra ao parceiro não é amor, é estar com alguém como companheiro de viagem numa aventura que pode terminar ao virar da esquina. 

O Amor Não É Isto que Cláudio escreveu numa altura menos boa da sua vida. O Amor Não são estas histórias descomplexas do passado que marcam o presente e que acabam por arruinar um futuro de solidão indesejada mas feito pelas escolhas partilhadas.

Um romance verdadeiro, sentido e corrido que me deixou bem convencido acerca da convicção como é contado por uma pessoa de quem não esperava poder sair literalmente conquistado. Aqui conta-se o que o Amor não é, mas também se pode dizer que amar não dói por ser uma coisa boa, logo não pode doer!

Um trabalho que poderá não receber os aplausos da crítica das estrelas literárias, mas que conseguirá agarrar os leitores que se deixarem levar pelas palavras narradas e contadas na primeira pessoa sobre tantos Zés e Marias desta terra!