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O Informador

A Peça que Dá para o Torto é para rir e chorar por mais...

UAU

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Estreou A Peça que Dá para o Torto no Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa e só vos consigo dizer que para já esta é a comédia do ano. Ao longo de quase duas horas de espetáculo, com direito a intervalo, ri, ri e ri a ponto de quase chorar e ficar com uma certa dor nos maxilares de tanto gargalhar.

Numa peça que dá mesmo para o torto e cuja momento de estreia parece correr tão mal que pior é completamente impossível, nesta produção da UAU tudo está tão perfeito que nada consegue seguir a linha prevista sobre a necessidade de desvendar um crime que dá o mote para o desenrolar da suposta história que vai ser contada. Desta vez não vos posso contar muito sobre o que acontece em palco para não tirar o efeito surpresa, só revelando que logo quando entram na sala percebem que algum alarido já está a acontecer. A partir daí e até ao final as surpresas não terminam e o mais inusitado acontece a todo o momento. Será que a história de um crime é relatada como está destinada, com tudo no lugar, as personagens certas e sem imprevistos? Só vendo podem perceber a verdadeira realidade que o nome do espetáculo logo indica, A Peça que Dá para o Torto. 

Numa adaptação de Nuno Markl de um sucesso internacional com mais de cinco anos e que já esteve presente em trinta países, nesta peça dentro da peça até o elenco conta para o sucesso e nada parece falhar entre tanto entra e sai, texto bastante corrido, atrapalhações e inesperados. Com Alexandre Carvalho, Cristóvão Campos, Igor Regalla, Inês Castel-Branco, Joana Pais de Brito, Miguel Thiré, Telmo Mendes e Telmo Ramalho em palco, este espetáculo conta com tanto obstáculo que os atores estão de parabéns pela desenvoltura como tudo acontece sem aparentemente nada falhar, mas mesmo que falhe nem é notado, porque tanto que dá para o torto que nem se dá por isso se existirem novos pontos soltos e que escapem. 

Cenário caricato, um guarda-roupa chamativo e diversificado pela década de 1920, um bom trabalho de encenação por parte de Frederico Corado e um elenco bem composto, onde destaco a prestação de Joana Pais de Brito e Telmo Ramalho, nesta investigação em busca do real assassino o público só se tem de preparar para desfrutar, ser surpreendido, podendo reagir e deixando contagiar por todos os momentos inusitados que vão acontecendo em palco. 

Private Lives | Vidas Privadas

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Nöel Coward é o criador de Private Lives, a comédia que agora chegou a Portugal através da adaptação a cargo de Suzana Borges e com o título literalmente traduzido para Vidas Privadas, como assim tinha de ser. 

Num espetáculo sobre o amor e com a paixão representada das mais diferentes formas, neste espetáculo os hábitos, costumes e tradições de uma relação são debatidos de alto a baixo, entre o bem e o mal. Com base num casal divorciado e que refaz as suas vidas perante novas relações, Amanda e Elyot voltam a cruzar-se precisamente no primeiro dia da lua-de-mel dos seus novos casamentos. Separados há cinco anos, o ex-casal volta a encontrar-se justamente no hotel onde ficam hospedados com os seus novos companheiros. E o que será que este reencontro trará de bom para os mais recentes noivos e para os seus pares que nada têm com a vida em comum que Amanda e Elyot tiveram no passado? É aqui, nestes inesperados encontros que o amor que foi sentido volta a reacender e os levas a deixar os respetivos companheiros no hotel de Deauville e a partirem para Paris para uma tentativa de regresso ao que foi bom e acabou mal. Será que todas as relações estão condenadas a terminar e a não terem hipótese de uma segunda oportunidade ou com tanta oscilação há que tentar aceitar a diferença do outro e deixar que o fogo da paixão leve uma relação de amor/ódio em diante?

Hoje é dia de... As Raposas

Hoje o serão vai ter um toque bem teatral. O Teatro Aberto irá receber-me para assistir a uma das últimas sessões desta temporada do espetáculo As Raposas. Pelos próximos dias darei a opinião sobre esta peça que ao que tudo indica poderá estar de regresso marcado pelos próximos meses, mas depois voltaremos a falar sobre tal situação. Agora o que interessa é que irei ver e tu podes ler a sinopse de As Raposas, de Lillian Hellman. Acredito que está aqui um bom espetáculo!

 

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Sinopse:

Uma família de grandes proprietários quer expandir o seu negócio para aumentar o seu capital e, assim, realizar tudo aquilo que o dinheiro parece poder comprar. Na luta pelo poder dentro da família, revelam-se diferentes maneiras de pensar e agir: quem olha a meios e quem só olha a fins, quem se adapta ao presente, quem se agarra ao passado, quem vence pela força e quem espera pelo momento certo, quem é pragmático, quem escuta o coração. No fim, quem leva a melhor?

Esta versão, que transporta para os nossos dias a acção desta peça de 1939, salienta as paixões desencadeadas pela ânsia de poder e de dinheiro e questiona os valores que regem as sociedades globalizadas em que vivemos.

Vencedores de Guia para a Felicidade #2

Manuel Marques e Teresa Guilherme estarão somente até ao final do mês pelo Teatro Villaret com a peça Guia para a Felicidade. Já vi, gostei e pela segunda vez tive bilhetes duplos para oferecer aos leitores do blog. Como sei que quem participou quer é saber se foi um dos vencedores do passatempo, não perdamos mais tempo e sigamos para o que verdadeiramente vos interessa. 

Eis a lista de vencedores que irão amanhã, Quinta-feira, assistir a Guia para a Felicidade, pelas 21h30, na sala lisboeta...

Cyrano de Bergerac

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No serão de Sábado fui até ao Teatro Nacional D. Maria II para assistir ao tão bem comentado espetáculo protagonizado por Diogo Infante, Cyrano de Bergerac. O que poderei dizer? Coisas boas e más, como quase sempre!

Antes de mais quero destacar pela negativa as péssimas condições da sala teatral, com os lugares bem apertados e com o espaço ideal para os nossos antepassados, não estando nada preparada para receber pessoas dos dias de hoje, altas e com pernas maiores que as gerações de há cem anos. Depois da sala poderei então falar desta produção que tem mantido lotação esgotada desde a sua estreia!

Com um elenco numeroso mas com vários rostos desconhecidos do grande público, Cyrano de Bergerac conta com a interpretação exemplar do seu protagonista que raramente sai de cena, estando ao longo de quase três horas sempre em palco com várias cenas onde personagens saem e entram dando o revirar da acção numa história de amor e guerra. A paixão, o poeta, a filosofia e a religião em tempo de luta pelo bem são os pratos fortes desta produção com uma qualidade cenográfica única, com um décor sempre em movimento com passagens acima do que é normal ser feito pelo nosso país. As personagens circulam por vários cenários exemplarmente bem conseguidos, o que aliado à música e aos figurinos conseguem fazer desta peça a melhor a que já assiste pela sala nos últimos anos. Não posso dizer que tenha adorado, não, nada disso, isto por no início me sentir meio perdido pela história, no entanto na segunda parte consegui apanhar o enredo e perceber as personagens que entretanto evoluíram dentro da acção ao longo do tempo. 

Cyrano de Bergerac é daquelas personagens que só aparecem uma vez na vida de um ator e que Diogo Infante, mestre da representação, agarrou na perfeição com todo o profissionalismo que sempre tem mostrado ao longo da sua carreira! Sem dúvida que este espetáculo tem um rosto que se destaca entre tantos outros, principalmente do elenco feminino que consegue admiravelmente ficar atrás dos rostos masculinos, mostrando que o casting não foi equivalente para os dois lados. 

Gostei mas podia ser melhor! No entanto dentro do estilo bem impresso do Teatro Nacional D. Maria II é o normal, seguindo a mesma linha dos espetáculos anteriores, com tudo estudado e elaborado ao pormenor para mostrar a veracidade do que é representado num cenário deveras bem conseguido!

40 e Então?, os vencedores

A peça 40 e Então? está de volta aos palcos nacionais, desta vez no Auditório dos Oceanos no Casino Lisboa com uma temporada que começa a 29 de Janeiro e tem o seu último espetáculo marcado para 8 de Março. Por aqui, porque gosto de presentear os leitores do blogue, dois bilhetes duplos para a sessão de estreia estiveram em passatempo durante os últimos dias, chegado agora a altura de revelar o nome das duas vencedores sorteadas através do sistema random.org e que irão assistir ao espetáculo da Força de Produção

Quem irá poder aplaudir a performance de Maria Henrique, Ana Brito e Cunha e Fernanda Serrano no dia 29 pela sala lisboeta em boa companhia são as participantes Cláudia Oliveira e Maria dos Anjos Batista. As leitoras irão assistir a esta comédia que une os dramas, amores, sacrifícios, problemas e alegrias das várias personagens que o trio de atrizes vai interpretando ao longo das quase duas horas de cada sessão.

Parabéns às vencedores que irão ser contactadas com a explicação sobre o levantamento dos seus bilhetes! Aos outros fica a promessa que novas oportunidades irão surgir pelos próximos tempos!

40 e então vencedores

Elas estão de volta…

Para acabarem de vez com os tabus.

Aos 40 anos, as mulheres já não são como eram. A vida mudou e elas também. Como é que elas vêm o amor ? o sexo?, a solidão?, envelhecimento?, ou até a forma como lidam com os filhos? São muitas perguntas para uma única resposta: com muita garra, determinação e um imenso sentido de humor.

Ana Brito e Cunha, Fernanda Serrano e Maria Henrique vestem a pele de diferentes mulheres que chegaram aos 40 anos e estão dispostas a tudo. Com textos de Ana Bola, Helena Sacadura Cabral, Inês Maria Meneses, Rita Ferro, Rute Gil e Sílvia Baptista, 40 E Então? regressa a Lisboa para uma curta, mas intensa temporada, no Auditório dos Oceanos, Casino Lisboa.

Bilhetes para Amor e Informação

Amor e InformaçãoNos primeiros dias do ano fui até ao Teatro Aberto assistir à peça Amor e Informação. Agora e porque os bons espetáculos são para partilhar, eis que tenho dez bilhetes duplos para oferecer aos leitores do blogue!

Ana Guiomar, Carlos Malvarez, Cristóvão Campos, Francisco Pestana, Irene Cruz, João Vicente, Marta Dias, Marta Ribeiro, Melim Teixeira, Patrícia André, Paulo Oom, Rui Neto e Teresa Sobral são as estrelas da companhia que levam ao palco do Teatro Aberto mais de 50 cenas isoladas da autoria de Caryl Churchill. Este espetáculo faz a união entre as personagens em palco e vários momentos digitais que vão passando ao longo das quase duas horas de Amor e Informação.

Quem quiser ser um dos vencedores dos bilhetes que tenho para oferecer da sessão das 21h30 de dia 21 de Janeiro, Quarta-feira, só tem que copiar a frase que se segue, colocá-la como comentário a este texto, ser seguidor do blogue pelo Facebook, tal como da página do Teatro Aberto e partilhar o link do passatempo pelo seu mural da rede social! No momento da participação peço que o nome e email sejam colocados corretamente para uma melhor comunicação para com os vencedores!

«O Informador leva-me ao Teatro Aberto para ver Amor e Informação!»

Este passatempo começa pelas 19h30, de dia 06 de Janeiro, terminando no dia 19, pelas 18h00. Os vencedores serão sorteados através do sistema automático random.org, sendo revelados após o final do passatempo num novo texto e contactados via email.

Boas comentários e bastantes partilhas! Até já!

Amor e Informação 1

Amor e Informação, de Caryl Churchill

Sinopse: Ama-se e deixa-se de amar, perde-se a memória de quem se amou, recorda-se os tempos do amor, faz-se o luto, vai-se à procura da intensidade do sentir longe da civilização, tem-se uma paixão virtual difícil de explicar, idolatra-se uma estrela até à loucura. Quer-se saber mais, esconder o que se sabe, revelar segredos, não esquecer nada, conhecer o futuro, perceber a dor, o medo, o significado das palavras, o sentido da vida. Como num caleidoscópio ou num zapping de imagens, surgem mais de 100 personagens em mais de 50 peças curtas e outros tantos intermezzos, criados por esta encenação, numa proposta teatral invulgar que investiga sempre de novos pontos de vista os múltiplos aspectos da nossa infinita necessidade de amor e de conhecimento.

Encenação: João Lourenço

Com: Ana Guiomar | Carlos Malvarez | Cristóvão Campos | Francisco Pestana | Irene Cruz | João Vicente | Marta Dias | Marta Ribeiro | Melim Teixeira | Patrícia André | Paulo Oom | Rui Neto | Teresa Sobral

40 e Então?

40 e entãoAs quarentonas estão retratadas na peça 40 e Então?, em cena no Teatro Tivoli BBVA. Eu, que ganhei um passatempo lançado pelo Guia de Lazer do jornal Público, assisti a este espetáculo com as atrizes Ana Brito e Cunha, Fernanda Serrano e Maria Henrique, conseguindo perceber que existem mulheres que mesmo não tendo tal idade, conseguem atingir os pensamentos dos «40»!

Em palco as três atrizes desfilam personagens e vidas ao longo da interpretação de vários textos escritos por Helena Sacadura Cabral, Rute Gil, Sónia Aragão, Ana Bola, Silvia Baptista, Rita Ferro, Maria Henrique, Leonor Xavier e Inês Maria Menezes, mostrando o que é a vida de uma mulher com quarenta anos! Os desafios da idade, a maternidade, as sogras, as saídas, a bebida, o divórcio, a moda e os mil e um assuntos que conseguem preencher a mente de uma mulher ao longo das suas vinte e quatro horas do dia marcam presença nesta peça.

Um espetáculo divertido, com três atrizes que surpreendem e com um andamento perfeito! Sem intervalo para não perder o ritmo, 40 e Então? mostra os problemas enfrentados quando se passa para a barreira dos «enta» e tudo parece começar a desmoronar. Três amigas em palco numa união e sintonia encruzilhada onde se juntam com tantas «Marias» que andam por aí à procura da felicidade e do bem-estar.

Leve, espontânea, fácil e bem interpretada são quatro dos vários factores positivos que o espetáculo tem para levar a sua plateia aos aplausos e risos ao longo de hora e meia. Gostei e recomendo a qualquer pessoa, principalmente às mulheres que estão prestes ou já passaram a barreira dos 40!