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O Informador

Continuo a ler A Mão do Diabo

Pouco mais de uma semana depois, ainda continuo a ler A Mão do Diabo, da autoria de José Rodrigues dos Santos. A pouco mais de cem páginas do final, quero voltar a falar deste livro, por dois motivos. Primeiro, porque conseguiu-me dar a volta e conquistar. Segundo, mostra que o autor não pensou na internacionalização da obra.

Depois de umas primeiras páginas em que parecia que A Mão do Diabo não me ia conquistar, voltei com a palavra atrás, mas não pela forma como o livro está escrito, mas sim pelo que me tem ensinado acerca do estado do nosso país, da Europa e do Mundo. A crise, a crise e a crise é o grande destaque destas novas aventuras de Tomás Noronha, que fala das PPP, da moeda única, dos orçamentos de estado, e essencialmente do que foi feito de errado e do que se pode ou não fazer nos próximos tempos para melhorar a situação de todos nós.

Vejo que o jornalista quis mesmo mostrar e alertar os portugueses para a situação em que vivemos, narrando em certa parte o que pensa sobre toda esta situação. Como jornalista não o pode fazer, mas na pele das personagens pode bem deixar passar a sua opinião.

Deixo também aqui a minha ideia de que José Rodrigues dos Santos não pensou na internacionalização desta obra como tem acontecido com as outras, como é o caso de A Fórmula de Deus, O Sétimo Selo e O Último Segredo. Estes três livros, além de serem sucessos em Portugal, foram lançados em outros países, tendo conquistado também o público internacional. Desta vez parece que o autor e a sua editora, a Gradiva, não pensaram além fronteiras e dedicaram-se em fazerem algo mesmo para o nosso pequeno país cheio de crise, mas com o Natal à porta.

A Mão do Diabo não tem a história base das obras dos outros anos, mas tem sido bem agradável de ser lido, essencialmente porque me tem ajudado a perceber alguns pormenores económicos e políticos de que não tinha a ideia bem formulada e a que não dava importância. Quando terminar de ler venho aqui falar mais um pouco deste novo best seller nacional que me foi oferecido pelos meus 26 anos.