Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Informador

Escritores

Escrever

Será um escritor menos capacitado por não levar as suas obras pelos campos descritivos com a intenção de criar e elaborar grandes envolvimentos em detrimento do escritor que acaba por sentir a necessidade de elevar o seu texto com quantidades descritivas e significados exaustivos com expressões contemporâneas para embelezar a sua escrita?

O mesmo tema pode ser entregue a dois autores distintos. O primeiro tem um estilo rebuscado, prometendo a si próprio seguir os passos de um grande nome da literatura, elaborando a sua história com significados descritivos que tendem a deixar o leitor exausto de tanto encontrar locais tão reais por todos os seus pormenores presentes sem que sobre espaço para se poder criar aquele detalhe, já que o mesmo está totalmente descrito, cansando. A necessidade deste autor é a de criar em demasia, rebobinando tudo e mais alguma coisa como forma descritiva, mostrando querer dar valor ao texto com extensões e desenlaces que pouco acrescentam para o continuar da ação. Esticar, explicando em demasia mesmo que para isso disperse o leitor da verdadeira questão do que está a ser contado nem sempre funciona da melhor maneira pela forma repetitiva como o sistema é feito.

Acreditar na mentira

Enfrentam-se pessoalmente a si próprios só porque sentem necessidade de mentir sobre atos e decisões que tomam como se os outros tivessem alguma coisa que saber as suas vidas. Porque se criam tantas histórias para se esconder algo que todos sabem e que o principal peão acha que todos acreditam nas suas invenções?!

É tão engraçado ouvir uma narrativa ser contada e saber que ninguém está a acreditar no que é relatado mas que todos fingem que sim, que aquilo é uma verdade do início ao fim como se não existissem sequer sinais de mentira. As pessoas têm necessidade de contarem pormenores irreais das suas vidas, criando situações e inventando peripécias só para que os outros fiquem a achar que aqueles seres são os melhores do mundo e que são tão puros como um autêntico anjinho.

Primeiro existem coisas que se não forem frisadas com uma história aumentada não são notadas e nem dão assim nas vistas, depois é impossível os inventores acreditarem mesmo que o que contam é levado a sério pelos seus ouvintes, quando os factos contrários estão aos olhos de qualquer um!

Se eu acredito na mentira? Finjo que sim e até estico a conversa para perceber até onde conseguem levar as suas boas histórias de ficção... Um dia ainda vou escrever um livro com todas as irrealidades que me contam!

Acreditar na mentira só alimenta os seus criadores, mas é bom ter o momento de gozo em que se ouve, pensa-se na verdade e finge-se que se acredita na mentira! Adoro ser mau!

Resgate

ResgateA minha paixão pela escrita de Danielle Steel já não é um segredo para ninguém, no entanto as preferências literárias nem sempre conseguem agradar e foi isso que acabou por acontecer com o livro Resgate, a obra da autora que foge do seu habitual género e que se torna num policial, deixando o romance para segundo plano.

Unindo personagens que teoricamente poderiam nunca se cruzar, a autora criou um leve policial para contar a história onde alguns ex-presidiários se cruzam com milhões de dinheiro, crianças e consequentemente as forças policiais. Uma tragédia do início ao fim, onde o amor vai aparecendo ao de leve, sempre com um toque de medo e ressentimentos sobre o que está a acontecer à sua volta.

As buscas sobre um rapto culminam num romance entre uma mulher amargurada pelo passado e um homem que sempre viveu para um casamento de ilusões. Com um triste acidente conseguem perceber que nunca é tarde para recomeçar tudo de novo, lutando pelos verdadeiros sentimentos, mesmo que para isso se tenham que colocar na balança da razão vários valores pessoais. 

No geral gostei do livro, não posso dizer que foi tão bom como os anteriores que li de Danielle Steel, mas fugindo do seu habitual género, consegue ser uma obra corrida, sem grandes malabarismos, terminando com o esperado pelos leitores ao longo das mais de trezentas páginas.

Um livro leve, parecido a tantos outros, daqueles que se lê rapidamente e ideal para ser o companheiro das tardes de praia e descanso longe do dia-a-dia das correrias dos bons leitores.

Sinopse

Um crime violento junta a vida de quatro pessoas neste livro de Danielle Steel, a autora mais lida do mundo. A história da coragem de uma mãe, do terror numa família e da força e dignidade humanas perante as mais adversas circunstâncias. Peter Morgan é libertado da prisão depois de quatro longos anos e muitos votos para se redimir. Ao mesmo tempo, Carl Waters, um homicida, também é posto em liberdade. Nessa noite, a muitos quilómetros de distância destes acontecimentos, o inspetor da polícia Ted Lee chega a casa e encontra-a vazia. Durante vinte e nove anos, viveu para o seu trabalho e, gradualmente, foi-se afastando da mulher. Agora está sozinho. Do outro lado da cidade, uma mãe procura proteger os três filhos do pânico que cresce dentro dela. Quatro meses passados desde a morte do marido, Fernanda Barnes enfrenta uma montanha de dívidas que não consegue pagar, um mundo destruído, um casamento perdido.No intervalo de algumas semanas, a vida dos quatro vai cruzar-se de maneiras inesperadas. Para Fernanda, habituada a viver em belas casas, com segurança, sucesso e riqueza, a morte do marido já fora um golpe duro de mais. Mas um crime arrasador vem abalar a sua família e trazer para a sua vida o inspetor Ted Lee. Homem de uma integridade inabalável, Lee não tarda a transformar-se na pessoa que tenta salvar a família de Fernanda de um destino terrível.

Danielle Steel explora de forma brilhante os efeitos do crime no quotidiano das suas vítimas num romance que nos cativa do princípio ao fim.

Quando a leitura é demorada

Ando há várias semanas com o livro Quando o Cuco Chama atrás de mim e o seu final tarda em não acontecer. Não posso dizer que não esteja a gostar da sua história e enredo, no entanto parece que tudo me acontece e que existem sempre coisas mais importantes para fazer do que pegar cinco minutos neste livro para conseguir ler duas ou três páginas.

A autora é a J. K. Rowling, que se apresentou nesta obra como Robert Galbrath, e embora a forma de relatar e enumerar os acontecimentos esteja abaixo do que a sua criadora habituou os leitores, esta narrativa é leve e tem uma boa história, só que falta-lhe algo que me faz deixar o livro para trás em detrimento de qualquer coisa que me apareça pela frente.

Em casa, no jardim, no café ou seja onde for, o livro pode estar ao meu lado e tenho sempre algo para ser feito que deixa as suas páginas longe dos meus olhos. Assim ainda vou chegar ao final do mês com este Quando o Cuco Chama pelas mãos!