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O Informador

Mulheres que lêem são emotivas

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Serão as mulheres que lêem perigosas por conhecerem tantos romances intempestivos e autênticos thrillers onde além do suspense exigido sempre existe um amor proibido ou impróprio pelo caminho?

Todos nós leitores pretendemos na companhia dos livros viajar, conhecer, acreditar e ao mesmo tempo descansar um pouco da própria vida. No entanto, até que ponto todas as histórias contadas através dos livros que nos vão passando pelas mãos ao longo dos tempos não nos causam algumas mudanças pessoais que acabam por influenciar ideias e formas de ver a vida e o futuro com outros olhos?

Sinto que muito do que li até aos dias de hoje conseguiu ter alguma influência, nem sempre de forma positiva, no modo como vejo as relações, os atos e afetos e cada pensamento perante o que está por acontecer. Mas seremos nós, homens e mulheres, iguais na forma de olhar para cada livro, cada história e cada desfecho da mesma forma?

Sempre acreditei, e talvez nunca o tenha dito, que as mulheres, verdadeiras leitoras e não as que o fazem somente pelas férias prolongadas, vivem de forma diferente de nós homens as narrativas com que se deparam. É sabido que em termos de sensibilidade, a ala feminina da sociedade consegue ser mais forte e ao mesmo tempo frágil no que toca a grandes romances que façam sonhar, existindo vontade de estar no papel de uma boa personagem com tudo e cujo final acaba em beleza. Mesmo nas histórias pesadas, de maldade, as mulheres conseguem quase sempre encontrar pontos fortes de cada heroína ou maléfica que as façam perceber que aquela é a realidade de cada uma ou de alguém que conhece. Nós podemos vivenciar o mesmo, pensar quase da mesma forma, mas somos mais estáticos, entrando na história, deixando que a mesma cative, mas sem querer transformar a realidade no sonho que à partida sabemos que não será realizável.

As Três Sozinhas | Teatro Nacional D. Maria II

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Três criadoras e uma multidão de mulheres dentro delas. As reais e as outras, as desejadas e as outras, as bruxas e as outras, as da ficção e as outras. A pensar, a voar, a mastigar, a lembrar, a atear. De Circe a Medeia, com Sereias, Hárpias e Górgonas. Mais as três Moiras e a madrasta da Branca de Neve, Joana D’Arc e Ana Bolena. E Capicua, Elza Soares e Patti Smith, Pussy Riot, Femen e Guerrilla Girls. Sem esquecer Maria Lamas, Carolina Beatriz Ângelo e Maria Judite de Carvalho. Convocando Frida Kahlo e Agnès Varda, Virginia Woolf e Anna Akhmátova, Isadora Duncan e Marina Abramovic. Invocando Judite com a espada de Holofernes, Lorena Bobbitt com uma faca de cozinha, Valerie Solanas com uma pistola. Lembrando Eastwick, Salem e Aljezur, o Relatório Hite, o Teste Bechdel e o Ponto G. E ainda Simone de Beauvoir, Camille Paglia, Judith Butler, Angela Davis, Virginie Despentes, Betty Friedan, Maya Angelou, Rebecca Solnit, Malala Yousafzai, Gloria Steinem, Chimamanda Ngozi Adichie. A lista é interminável, uma longa espiral de mulheres a girar em torno de uma clareira na floresta à noite. Elas estão em chamas.

As mulheres ganharam espaço na Sala Estúdio do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, através da peça As Três Sozinhas, onde as atriz e produtoras desta produção Anabela Almeida, Cláudia Gaiolas e Sílvia Filipe dão vida a várias mulheres ao longo de cada sessão até ao dia 14 de Julho.

Ao longo de hora e meia de espetáculo as atrizes chamam a palco várias personalidades femininas do mundo do espetáculo para mostrarem como as personalidades, vivências e contradições sociais criaram cada rosto que se tornou célebre mas com várias nuances pela sua vida privada. Ana Bolena, Angela Davis, Frida Kahlo, Joana D'Arc, Simone de Beauvoir e Virginia Woolf são apenas alguns dos nomes destacados neste espetáculo onde é mostrada a contradição das mulheres perante o que estavam pré-destinadas. Todas lutaram pelos seus direitos, pelas desigualdades e vontades para se destacarem num mundo machista e recheado de dificuldades para com a diferença.

As vulnerabilidades e instabilidades do mundo feminino são retratadas nesta peça através de conversas íntimas entre três mulheres que se conhecem há duas décadas e que partilham memórias e experiências num trabalho onde a envolvência existe. A palavra áspera e sem cortes, as intimidades, a nudez sem complexos e os sonhos de cada mulher são evocados para contrariar tanto medo, receio e falta de poder numa sociedade fechada e onde as regras tinham de ser seguidas a favor das aparências. Debatendo o feminismo, o papel da mulher na sociedade, a violência doméstica, maternidade, abuso de mulheres, o corpo e o prazer, vários são os temas em destaque nesta representação.

À Conversa com... Patrícia Resende

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Patrícia Resende não se recorda da primeira vez em que o pano subiu e enfrentou o público, mas sabe que foi a partir daquele momento que começou a perceber que o seu futuro estava na representação. Hoje, quase duas décadas após ter integrado o elenco da primeira temporada do musical Amália continua nos palcos e já experimentou as lides televisivas e do cinema onde pretende voltar sempre que for possível. Assumindo um grande carinho por Filipe La Féria e por vários colegas de representação com quem teve o gosto de trabalhar ao longo do tempo, é como atriz que se sente feliz e no caminho certo para continuar. Vamos conhecer um pouco sobre Patrícia Resende, uma profissional que vai muito para além do Teatro Politeama!

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Cedo triunfou pelos palcos nacionais dando vida a Amália pequena na primeira temporada do musical Amália, produzido por Filipe La Féria. Ainda se lembra como foi ver o pano subir pela primeira vez no palco do Teatro Politeama para a primeira grande experiência que durou anos em cena?

Não me consigo recordar especificamente da primeira vez que o pano subiu mas, lembro-me de ainda estar nos ensaios e alguém me dizer "antes de entrares em cena respira fundo 3 vezes e os nervos vão-se embora", e eu passei a fazer sempre isso. E funcionava. Eu vinha lá de cima da plataforma e, antes dela começar a descer, eu respirava fundo 3 vezes.

 

A partir de Amália não mais parou e foram vários os projetos teatrais em que entrou. Chegar aos dias que correm com tantos sucessos pelos palcos é obra sua e de quem não deixou de acreditar no seu talento. Que projetos distingue ao longo do percurso profissional?

O musical Amália, sem dúvida. A peça A Flor do Cacto, que foi a minha primeira protagonista enquanto mulher adulta. Recordo também os anos que trabalhei na companhia Palco 13, porque me deram a oportunidade de me desafiar a mim mesma, ao fazer textos diferentes, géneros diferentes. O Meu Pé de Laranja Lima no Teatro Turim, encenado pelo Rui Luís Brás, visto que fazia o papel de um menino brasileiro de 6 anos, o que foi um grande desafio para mim como atriz, sem dúvida. As revistas que fiz foram muito importantes para mim, aprendi imenso com aquele género, e aprendi muito com a Marina Mota. E é claro, As Árvores Morrem de Pé, pelo texto, pelos atores com quem trabalhei, pela partilha em palco, pelo ambiente em bastidores.

 

Voltando anos mais tarde a incorporar o elenco do renovado Amália, que está atualmente em cena no Teatro Politeama, é como voltar a casa sem nunca de lá ter saído?

Não. É uma experiência completamente diferente, mas completamente. Por motivos vários, porque a peça levou várias mudanças, porque o meu papel é outro, nada tem a ver com o de Amália pequena. Porque a idade é outra e a bagagem também. É uma peça única, apesar de já a ter feito há 17 anos atrás.

Uma verdade dos sexos

Existe a ideia social que uma mulher fica derretida quando vê um homem a passear o seu filho sozinho! Não podemos ir mais longe porque até nas compras constatei tal facto a acontecer!

Aproveitei o dia de folga e fui até uma loja de roupa comprar o que me restava da prenda da afilhada que completa os seus sete anos amanhã. Entrei, primeiro fui à secção de homem e embora tenham oferecido ajuda tudo foi normal. Quando depois me mudei para a área de criança e perguntei se numa das determinadas peças não existia o número que queria, eis que logo o tratamento foi alterado, existindo ali motivo de conversa com não uma mas duas das empregadas a mostrarem-se tão atenciosas com a selecção das peças que estava a escolher.

Notou-se claramente que a ideia que todos temos de que o sexo feminino fica contagiado quando vê alguém do sexo masculino a cuidar de crianças as suas hormonas alteram-se aconteceu naquele momento. Não estava a cuidar de criança alguma, no entanto estava a comprar roupas de criança para oferecer e aquelas duas moças ficaram por ali a rondar para perceberem o que ia levar e se precisava de mais ajuda!

25 anos de diferença

Sou mulher e tenho 24 anos. A minha primeira experiência sexual foi com um homem 25 anos mais velho...

Anónima, em Cristina

O que tem isto de especial para a moça se preocupar assim tanto? Se na altura achava que era com aquele parceiro que tinha de ter a sua primeira experiência sexual de que agora se queixa?

O passado já lá vai e o futuro já não o apaga! Moça, segue mas é em frente porque a primeira vez já não a terás mais, podes é levar alguém a tê-la contigo, alguém que daqui a umas décadas tenha menos 25 anos que tu, quem sabe...

Conversa de gajas

Quando duas quase gémeas fisicamente se encontram e uma afirma para a outra que esta está mais gorda e tem como resposta um «sim, umas gramas», logo fica à vista a maldade que estava imposta na primeira e que a segunda detectou de pronto. 

Pois é, porque são as mulheres tão más umas para as outras no que toca ao peso e visual? «Ai, parece que estás mais gorda!» ou o «Estás com uns quilos a mais ou é impressão minha?. Para quem está magro e quer engordar a conversa maldosa é diferente mas no mesmo sentido, «Estás de novo mais magra!» ou «Tens andado a comer em condições?». Enfim, magras e gordas sofrem do mesmo mal, a malvadez da galinha da vizinha que está sempre pronta a picar o ponto e mostrar que mesmo que esteja mal a outra está sempre em situação pior.

Roupa apertada

Há anos que queria engordar e não conseguia! Agora ganhei seis quilos e sinto-me bem, o pior é que tenho várias peças de roupa que estão a ficar-me apertadas! Coisas de mulheres? Não, os homens também engordam e ficam com problemas no guarda-fatos!

Tenho vários pares de calças que vestia há algum tempo e que agora além de umas que não consigo sequer abotoar, existem as outras que ficam apertadas, parecendo que a qualquer momento podem romper no local mais indesejado possível. Engordei, ganhei peso e estou a ficar sem roupa! No que toca ao vestuário que cobre a parte superior do corpo noto que estou com tudo mais justos mas nada para entrar em alerta, só as calças é que ora bolas, estão a deixar de servir!

Tanto desejei que consegui engordar alguma coisa que se veja, depois de talvez oito/dez anos sempre a rondar os 66kg. Agora já ando pelos 72kg e mesmo que possa estar a caminhar para a falta de roupa aqui por casa de tamanho normal para o meu volume, sinto-me bem e isso é o mais importante!

O preço da roupa

Sempre foi assim, mas agora reparo bem mais nos preços praticados com a roupa masculina e na feminina. Qual o verdadeiro motivo para as colecções de homem serem mais caras que as de mulher? Sei que elas gostam mais de passar horas nas compras e de saírem das lojas e centros comerciais com os braços cheios de sacos, ao contrário do público masculino, no entanto isso é a razão para tal diferença na hora do pagamento?

Talvez no momento da fabricação um top feminino seja feito com cem mil exemplares enquanto que uma tshirt de homem nem aos cinquenta mil chega, serão os custos fabris a ditarem as diferenças destes valores? Não acho nada plausível ter praticamente duas peças iguais, na mesma loja, estando uma em colecção feminina e outra na área masculina e o preço ser bem diferente, o que falando em percentagens talvez fique pelos vinte por cento entre a diferença entre ambos os preços. 

A roupa está a ficar cada vez mais cara, as outroras marcas baratas e mais vendíveis estão a aumentar os seus valores de mercado, a diferença dos preços faz-se sentir entre o público que reina pelos espaços, as mulheres, e o que está em minoria, embora elas tenham peças mais trabalhadas e com um maior número de pormenores, somos nós que temos de desembolsar um maior número de euros por estarmos do lado dos consumistas mais fracos e de menor valor.

Moniz chegou, viu e venceu

Há poucos meses atrás tornou-se notícia de que José Eduardo Moniz estava de volta à TVI como consultor para a ficção nacional, na altura revelei que este regresso do capitão ao barco que levou a bom porto ia dar os seus frutos. Agora, poucas semanas depois de as novelas em que já colocou as mãos terem sido modificadas com as suas ideias, a direcção do canal só pode estar a bajular o marido de Manuela Moura Guedes.

Tirando o facto de que Belmonte tinha tudo o que podia ser bem feito consigo, estando só entalada entre dois produtos mais fracos, não conseguindo assim dar nas vistas sozinha, esta novela escapou às ideias de Moniz e não teve qualquer alteração na sua história, correndo tal e qual como estava planeada até ao final das gravações e fazendo o seu bom percurso, agora com duas ajudas consistentes do seu lado.

Agora o que se destaca mesmo é o bom trabalho que o ex-diretor geral da estação de Queluz tem feito com a novela O Beijo do Escorpião. Quando a trama protagonizada por Dalila Carmo e Sara Matos arrancou com as suas gravações foi apresentada como a novela que iria mexer com a ficção nacional, tendo tal ficado pela ideia. Não é que não tenha tido uma boa história inicial, no entanto faltou sempre algo na novela que puxasse pelo público, isto até chegar José Eduardo e reunir várias vezes com os seus autores, atores e equipas de produção. Em pouco mais de dois meses depois desde que começou a trabalhar com a equipa da primeira novela da noite da TVI Moniz conseguiu fazer com que a mesma chegasse alguns dias à liderança sobre a novela da SIC, Sol de Inverno, sendo que agora a liderança anda mais pelos lados da trama de Queluz, deixando a novela de Carnaxide, o que há meses não acontecia, para trás. O Beijo do Escorpião precisava de mudanças e de ter assuntos que fizessem com que o público falasse e comentasse entre si os acontecimentos do último episódio e isso tem acontecido, estando agora a novela a liderar a maioria dos dias fase à sua concorrente direta. O que dizer sobre este facto? Moniz chegou, viu e venceu!

Além de Belmonte e O Beijo do Escorpião existe ainda o facto da novela da meia-noite, Mulheres, ter tido desde o início da sua escrita a visualização de Moniz. A novela foge da típica história novelesca, sendo um produto completamente diferente do que se tem feito em Portugal, estando talvez mais ao nível das séries internacionais viradas para o público feminino, onde os dramas das protagonistas persistem e fazem com que a história se aproxime do seu público alvo. Nota-se em Mulheres que existe a mão do consultor de ficção do canal, percebendo-se que o trabalho tem sido bem feito, sendo que a novela tem levantado os valores de um horário que estava a ser perdido desde o final do último reality show. Mais uma vez Moniz percebeu o que era necessário para aquele horário e fez a aposta certa, escolheu o seu elenco perfeito e tem feito sucesso.

Com pouco tempo a colaborar com o canal que relançou e que levou até à liderança há mais de cem meses atrás, José Eduardo Moniz percebe de ficção como ninguém no país e consegue analisar o que é pedido do outro lado do ecrã. O resultado, esse está à vista de todos e a liderança no horário nobre já pertence de novo ao canal que perdeu tal estatuto há uns meses atrás quando se deixou encostar à sombra da bananeira. A TVI nunca perdeu a liderança no total do dia desde que começou a liderar, no entanto ao serão deixou escapar os seus bons trunfos que aos poucos estão a regressar ao canal.

O futuro pertencerá à continuação da novela Jardins Proibidos, que está a ser preparada com todos os cuidados e detalhes para atingir um sucesso que há muito não acontece pelo nosso país, existindo uma outra novela já a ser preparada para fazer brilhar várias estrelas do canal e levar o público a continuar a reapaixonar-se pelas tramas que tão bem são escolhidas pelo homem que sabe fazer televisão em Portugal.

José Eduardo Moniz chegou, viu e venceu! O que pedir agora? Que continue o seu bom trabalho a bem dos bons produtos de ficção nacional!

Mulheres

Mulheres, a novela que conta com sete atrizes nos papéis principais, inspirada num produto internacional de sucesso, chegou há poucas semanas ao final do serão da TVI. Se na altura a direcção do canal foi criticada por colocar um novo produto de ficção nacional no horário da meia noite, hoje nota-se que a decisão tomada foi a correcta. Além disso, eu estou viciado nesta novela onde sete protagonistas cruzam os seus destinos e mostram as suas vidas bem diferentes entre si!

Com Sofia Alves, Jessica Athayde, Susana Arrais, Fernanda Serrano, Maria Rueff, Paula Lobo Antunes e Gabriela Barros nos papéis principais, nesta produção da Plural o tempo decorrido durante um episódio passa a correr, não se dando por isso que quase uma hora decorre entre o início e o fim, existindo logo aí um sinal que a trama tem uma história que se desenrola facilmente, sempre com novos motivos de atracção. As interpretações de todo o elenco, mesmo contado com os jovens até agora quase desconhecidos, estão perfeitas e nota-se que a novela foi pensada e tem sido feita mesmo para o horário onde foi encaixada dentro da programação do canal. Com temas fortes como o cancro, a violência doméstica, o álcool e os inúmeros problemas conjugais e profissionais, Mulheres é uma novela que deixará marcas no panorama audiovisual, tendo todo um conjunto perfeito para mais um avanço no que se tem feito em Portugal a favor da representação. Não é um produto com vilões no centro da acção, tendo uma história forte e calma ao mesmo tempo, com uma imagem urbana e uma banda sonora romântica inspiradora.

Tenho acompanhado esta novela desde o seu episódio de estreia e tenho mesmo adorado ver que Mulheres é um produto que explora na perfeição os sentimentos das suas personagens, mostrando as vidas e reacções que qualquer pessoa comum vai tendo perante as barreiras que lhe vão sendo impostas ao longo do tempo.

Personagens comuns numa novela que retrata a vida de qualquer pessoa com quem me posso cruzar ao virar da esquina, não existindo uma grande heroína ou vilã que distorcem da realidade como na maioria das produções acontece. Estou rendido a estas Mulheres e espero que a sua produção se mantenha perfeita e que a novela não se fique pelos episódios previstos porque aqui existe muito para explorar e com qualidade!