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O Informador

Maria João Abreu

1964-2021

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Morreu a atriz Maria João Abreu, aos 57 anos de idade, após sofrer um aneurisma cerebral que a fez lutar pela vida ao longo de dias no Hospital Garcia da Orta, em Almada. 

Após se sentir indisposta ao longo das gravações da telenovela A Serra, da SIC, a atriz foi levada e internada de urgência com o diagnóstico com bastantes reservas sobre o seu futuro. Os dias passaram, as máquinas seguraram a vida de Maria João Abreu, a rainha, como Filipe la Féria a apelida por ter protagonizado no teatro A Rainha do Ferro Velho, até que o fim de vida aconteceu. 

Com uma vida dedicada ao teatro com dezenas de espetáculos de sucesso ao longo da carreira, com o cinema e a televisão a darem-lhe o grande destaque dos últimos anos, Maria João Abreu é das figuras de maior consenso entre a sua classe, deixando o vazio onde as palavras com quem se cruzou no seu caminho não podem ser mais explicitas. A amizade, o amor, a boa disposição, o profissionalismo... A unanimidade de todos para com a atriz parece ser visível na hora da sua partida para outra vida, para junto de outros grandes talentos que nos deixaram nos últimos anos.

Somando sucessos no teatro e ganhando grande notoriedade em televisão com séries como, por exemplo, Médico de Família (SIC), Bons Vizinhos (TVI), e Aqui Não Há Quem Viva (SIC) e novelas como Feitiço de Amor (TVI), Morangos com Açúcar (TVI), Os Nossos Dias (RTP), Golpe de Sorte (SIC), Mar Salgado (SIC) e atualmente em A Serra (SIC), a atriz também marcou presença em grandes filmes portugueses, como é o caso de Call Girl, de António-Pedro Vasconcelos, Florbela de Vicente Alves do Ó, A Mãe é que Sabe, de Nuno Rocha, e Submissão, de Leonardo António.

Sara Carreira | 1999-2020

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Definimos futuros, traçamos caminhos e neste 2020 particularmente difícil para todos pisamos caminhos complicados e pensados para não infringir o nosso próprio bem e o dos que nos são queridos. Cuidamos e tememos, debatemos o que está certo e errado sobre os caminhos que a comunidade tem definido nos últimos tempos a pensar numa recuperação para o bem social. E em que tudo isso interessa quando num simples segundo tudo pode mudar para sempre?

A morte inesperada e acidental de Sara Carreira define muito do que temos vindo a sentir ao longo deste ano sobre todos os comportamentos que têm sido exigidos a toda uma sociedade. Vamos ter cuidado, ficar como que meio isolados e distantes fisicamente de quem amamos e nos quer bem e depois, do nada, um fatídico acidente, em que uma vida vira nada, num facto que vai contra natura, para mais uma vida tão jovem de 21 anos, na flor da idade, com todos os sonhos ao seu alcance.

Uma jovem, numa família de sucesso e que tem mostrado desde sempre proteção e amor, os horizontes a serem definidos, as descobertas a acontecerem e quando menos se espera tudo termina, a felicidade após dias passados perante o seu aniversário, onde se festejou dentro das medidas festivas possíveis termina com um vazio, com um final para a Sara e uma dor trágica para o clã Carreira e todos os amigos e familiares que lhes são próximos.

 

Valentina sim, com atenção ao Covid19

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A morte da pequena Valentina tem feito as manchetes da imprensa pelos últimos dias. Com quatro dias de investigação, após o alerta do pai pelo seu desaparecimento, o crime foi descoberto e pai e madrasta presos preventivamente por serem alegadamente os autores confessos desta morte macabra. 

Muito se tem noticiado, comentado e divulgado, mas destaco um pormenor que todos nós deveremos ter detetado através das imagens que têm sido divulgadas pela comunicação social. Desde que a notícia começou a ganhar destaque pelos vários serviços de informação que deteto que população e autoridades que têm aparecido em grupo nas buscas e também agora nas reportagens feitas e filmadas aleatoriamente, que grande parte não se encontra com as preocupações necessárias para com a proteção perante o Covid19.

Percebo que a procura até encontrarem o corpo gerou alguma confusão e ansiedade por parte de todos, mas também nestes momentos há que precaver o vírus que tem feito com que centenas de portugueses já tenham morrido, milhares que estão neste momento infetados e que todos nós estamos vulneráveis para com esta transmissão que pode acontecer mais facilmente pela proximidade sem proteção. Falta de máscaras e proximidade física nas buscas, abraços e conversas entre populares de forma completamente normal como se não vivêssemos em estado de pandemia e até as próprias buscas entre populares, militares e bombeiros onde foi visível ver parte das pessoas sem usarem máscaras. Isto não pode acontecer!

Isto não aconteceu sempre e com todas as pessoas, mas em muitas das imagens que foram passando foi visível este descuido da sociedade, o que há que ter em conta para futuras situações do género. Nada nos pode deixar de manter a precaução, mesmo estes crimes praticados por pessoas que jamais podem ser considerados pais. 

Curtas e Diretas | 145 | Morreu? Adeus!

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A rapidez com que as pessoas se querem livrar de um corpo morto é cada vez maior. A lei exige que em menos de 24 horas não se possa enterrar o corpo, no entanto existem famílias que se pudessem faziam o despacho de forma tão rápida como bebem um copo de água. Quem compreende?

Lidar com a Morte

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A morte é sempre um peso que surge na vida de quem fica e se vê confrontado primeiramente com o sofrimento, depois com a dor da perda. Existindo vários estados que antecedem a morte onde o sofrimento lento e devastador magoam, causando bastante dor a quem mal está e a quem trata, mas existindo também a perda rápida em que de forma quase súbita tudo termina. Onde o choque é maior?

Mais uma vez e não de forma familiar, fiquei confrontado com a morte de quem me viu praticamente nascer e crescer. Andou comigo ao colo, praticamente todos os dias me dava os bons dias quando ia para o trabalho e passava junto ao seu quintal. Há menos de uma semana fiquei sem o sorriso fácil, a disposição diária e senti essa falta. A doença levou-a para o interior de casa, descaindo de dia para dia, até que a escuridão surgiu numa madrugada.

Fui acordado quando o sol ainda mal espreitava, o INEM já estava na rua, percebi o fim, fiquei sentado na cama a refletir no que naquele momento parece não estar a existir. Aconteceu, de forma rápida, a queda vertiginosa para um poço sem fundo e onde o regresso já não acontece. Um dia começou mais cedo que o habitual, já não consegui dar a volta ao peso que logo senti e a perceção que a rua ficou mais pobre foi incrível. Quem me dá agora os bons dias quando saio do meu espaço e entro na rua? Não existe agora a vizinha, tudo se altera, ficamos mais pobres, vazios e sós. 

Luto | Pessoal ou Social?!

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As discussões sobre o luto são uma constante quando por perto alguém parte para outra vida, para quem acredita que a mesma exista. O que é o luto afinal para além das vestes escuras que os mais velhos ainda tendem a usar como sinal de respeito que do meu ponto de vista não passam de pensamentos mantidos por uma sociedade que se auto recrimina se nos tempos após a morte de alguém não se vestirem com tons escuros ou mesmo de negro?!

O luto está no interior da pessoa, nos pensamentos e sentimentos que são mantidos quando se fica sem alguém que nos é querido. Existe assim uma verdadeira necessidade, através do vestuário, para se mostrar aos outros o que se sente através das vestimenta negra? Se alguém parte qual é a necessidade de quem fica de se carregar de escuro para mostrar aos outros, porque para mim é só mesmo isso que acontece, uma demonstração social de peso, de que está triste e tem de deixar de vestir roupas coloridas porque a base da solidão e da partida é o escuro. E ai de quem numa aldeia pequena não se vista a rigor de luto que leva logo com as críticas. Isto é a verdade, nas aldeias deste país, talvez mais no interior até, quem perde um ente-querido tem de se vestir de escuro a bem da sua comunhão com os que ficam, já que caso contrário quem fica torna-se uma «viúva alegre» ou «um filho desleixado» por não respeitar a alma de quem partiu.

Onde é que numa peça de vestuário se vê o que está na verdade no coração de alguém que ficou sem o seu par ou familiar? O luto está no interior de cada um e não na demonstração para os outros. Vivam as vossas vidas sem esses pensamentos de recriminação de uma sociedade hipócrita que ainda acredita que é necessário demonstrar a tristeza com cores quando cada um sabe de si e tem no seu interior os verdadeiros motivos perante a perda. 

Crimes, de Londres para Barcelos

O Mundo voltou a abanar com o ataque desta semana em Londres onde várias pessoas morreram e umas tantas outras ficaram feridas por um louco que a conduzir e depois de faca na mão atacou quem lhe apareceu pela frente assumindo que se tratava de mais um ato de terrorismo. Cinco pessoas morreram com este crime que voltou a colocar as ameaças mundiais de novo em alerta. Hoje, dois dias depois, em Portugal, um individuo aparentemente com alguns problemas psicológicos atacou quatro pessoas de forma mortal, estando uma delas grávida de sete meses.

Locais diferentes e histórias diferentes com a mesma quantidade de mortos. Um ser que através das suas crenças tenta mudar o Mundo e chama a atenção para tal faz manchetes mundiais com isso e um louco que sai de casa para matar propositadamente as pessoas que se opuseram um dia à sua vontade é somente notícia nacional. O mesmo número de mortos com uma disparidade enorme de influência social. 

Embora tudo se resuma a crimes e mortes, um atentado é sempre um atentado que mete medo, mesmo que a maioria afirme que luta contra isso, o que não acredito. Existirá sempre receio que estes atos continuem a aumentar e que aconteçam cada vez com uma maior proximidade de nós. No outro caso são problemas pessoais que levam a comportamentos sancionados socialmente. Matou e entregou-se. Errou, assustou uma pequena população que se encontra agora de luto por cinco seres que faziam a sua vida como sempre. Se tinham culpas? Tantas como as vitimas de Londres. Nenhumas!

Tucha perde irmão, mas continua em jogo! Enfim!

Um irmão da Tucha, concorrente do Secret Story, foi assassinado em Luanda e o que acontece? A angolana foi informada pela produção do programa e até agora afirma que prefere continuar no jogo do que desistir de tudo para ficar perto da família num momento de dor para com a partida de um dos membros. Serei só eu a achar esta atitude anormal?

Na verdade existem coisas que o dinheiro não paga na vida e estes momentos de dor em direto já são desnecessários, quanto mais optar por continuar num programa de televisão onde possivelmente, mas isso ela não sabe, não sairá vencedora, podendo nem chegar à final!