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O Informador

Exercitar corpo e mente

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A quarentena voluntária, por encerro temporário do local de trabalho, obrigou-me, e ainda bem porque só assim me sinto um pouco mais protegido, a ficar em casa. Fechado em família e a reaprender a ocupar os muitos tempos livres com o possível dentro de quatro paredes, aproveitei esta pausa forçada para regressar aos treinos diários que desde o primeiro dia mantenho rigorosamente e sem falhas. 

Comecei e ainda estou na fase dos andamentos. Todos os dias, geralmente entre as 09 e as 10 da manhã, já de pequeno-almoço tomado, saio de casa rigorosamente equipado, de telemóvel no bolso, auriculares nos ouvidos, óculos de sol na cara e disposição para enfrentar uma hora completa de andamento. Sigo a viagem sem paragens, para locais onde sei que não irei encontrar ninguém e mesmo que me cruze com alguma da pouca vizinhança que faça o seu passeio higiénico naquele horário é somente um «bom dia» e seguimos viagem por não existir tempo, espaço e proximidade para mais nos tempos que correm. Uma hora é o tempo que destinei desde o primeiro dia para os meus andamentos, onde vou juntando um pouco de corrida porque nada tem de ser forçado, sendo sim necessário ter calma também com o corpo que há alguns meses estava mais parado em termos de andamentos, exercícios e afins. 

Agora que comecei com este sistema regular para o bem estar físico, e uma vez que a intenção já vinha detrás mas a força de vontade faltava, espero que quando toda esta situação social voltar a normalizar, que consiga manter esta nova rotina, não no mesmo horário porque sei que nem sempre conseguirei ter tal possibilidade, mas pelo menos a intenção é deixar uma hora por dia para colocar o corpo a exercitar-se. Se agora não custa depois também não custará deixar uma hora do dia, de manhã ou tarde, para seguir viagem a pé porque estes andamentos não fazem simplesmente bem ao físico, sendo também um bom exercício para a mente. Costuma-se dizer que mente sã em corpo são e a realidade é essa mesmo!

 

Péssimas lembranças

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Nos momentos calmos, geralmente quando já se está quase a adormecer, surgem por vezes pela mente algumas lembranças de vivências do passado. Se existiram fases da nossa vida que até correram bem, existem outras que eram totalmente dispensadas de acontecer e de agora poderem ser lembradas. 

Foi isso que me aconteceu há dias, quando dei por mim a recordar comportamentos e mesmo opções tomadas no passado, já algo longínquo, mas que ficaram na memória. Porque terei agora, uns bons anos depois, mais de dez por sinal, recordado o que me fez mal. Saudades não podem ser. Vontade de as reviver muito menos. E somente o facto de me terem surgindo em pensamento já me fizeram mal.

Simplificar | Brooke Mcalary

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Autor: Brooke Mcalary

Título original: Destination Simple

Editora: Clube do Autor

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Março de 2018

Páginas: 144

ISBN: 978-989-724-299-1

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: No mundo em que vivemos, repleto de estímulos e solicitações, reduzir o número de tarefas parece uma missão impossível. Executar uma tarefa de cada vez, por outro lado, é muitas vezes visto como falta de eficiência. No entanto, o caminho para uma vida mais realizada e feliz passa precisamente por saber dizer não ao acessório e focar-se no aqui e agora.

Este livro vai ajudá-lo a transformar e descomplicar a sua vida. Seguindo os rituais e exercícios de bem-estar que a autora propõe, irá ser capaz de: 

Sentir-se em controlo dos seus dias; 

Minimizar o stresse; 

Aprender a fazer escolhas importantes; 

Esvaziar a mente r dormir melhor; 

Desconectar-se e viver em plenitude. 

Pequenas mudanças para uma vida com maior satisfação pessoal.

 

Opinião: Aproveitar o momento, acordar livre e sem a pressão do que está por fazer, esquecer o stresse dos dias corridos com que muitos convivemos ao longo da vida. Simplificar, da autoria de Brooke Mcalary, ajuda a descomplicar e a transformar o tempo através de simples ideias que aplicadas, mesmo que não seja na sua totalidade, podem fornecer a cada um qualidade de vida, tempo e um melhor usufruo do bem-estar interior e para com os outros. 

Neste pequeno e rápido compêndio onde «menos é mais» somos convidados primeiramente a perceber o que levou Brooke a partilhar com os outros o que a levou a alterar a sua forma de estar na vida. Sofrer e perceber o mal que se inflige a si próprio é muitas vezes o ponto onde se consegue perceber de que é necessário mudar, alterando o método de enfrentar cada desafio. Brooke passou por uma situação complicada e resolveu assim colocar aos poucos regras positivas no seu método de controlo dos dias para que a pressão e as correrias diminuíssem.

Primeiramente é necessário perceber momentos de aflição que rotineiramente não lhes damos valor, mas que acabam por pesar. Fazer tarefas de forma individual, não querendo ter mil e uma mãos nem querer controlar tudo ao mesmo tempo é um bem necessário para a sanidade mental. Criar listas do que tem de ser feito e do que gostávamos de fazer, por exemplo, na primeira hora da manhã. Existem as necessidades às quais podemos juntar aos poucos as vontades, unindo o útil ao agradável, mesmo que para isso se tenha de acordar um pouco mais cedo. Controlar horários para que tudo seja possível, deixar pensamentos ocos para trás, procurar agradecer por cada momento positivo que nos apareça pela frente e limpar a mente escrevendo num papel que pode ficar guardado para mais tarde, num momento de calma, perceber o que estava mal e bem a certa altura da vida. No final de contas é necessário deitar para fora o que nos atormenta, mas ao mesmo tempo mostrar as vontades do que pretendemos ter e ser no que está para chegar.

Encontrar-me!

Um misto de sentimentos tem vindo a assombrar a mente de quem só tenta estar bem! A montanha russa com que o bem e o mal se cruzam pelos meus pensamentos é inacreditável, a ponto de conseguir perceber que afinal até tenho uma vida que me faz sentir bem, como rapidamente no momento seguinte existe uma quebra e o mundo parece prestes a desmoronar!

Pessoalmente tenho consciência que não me encontro bem e que tenho andado a viver pelos últimos tempos por fases bem oscilantes e onde somente quero e sinto necessidade de estabilizar. O riso verdadeiro unido a uma falsidade que só eu consigo identificar. O choro que mantenho de forma isolada para que os outros não tenham de perceber que não estou bem!

Na verdade não consigo encontrar o verdadeiro ponto negro do problema, tudo me irrita quando estou num momento menos bom, mas também não me deixo entusiasmar assim com tanta facilidade como por outros tempos. Ao mesmo tempo que me tento levantar algo parece puxar a mente para o buraco de onde parece estar complicado sair. 

Já andei no ginásio

Em tempos, mais ou menos há quatro anos, andei uns bons meses no ginásio e senti uma boa diferença no meu corpo. Saí porque não me sobrava assim tanto tempo como era desejado para fazer tanta coisa na altura. Agora estou mais livre, mas continuo sem ter vontade para regressar às máquinas!

Na altura em que andava no ginásio e ia duas ou três vezes por semana comecei a sentir-me bem mais à vontade com o meu corpo e comecei também a crescer muscularmente. Devido aos meus horários de trabalho e de por na altura estar num projeto sobre o mundo televisivo que me ocupava muito tempo, acabei por desistir. Se não o tivesse feito na altura talvez ainda por lá andasse, mas como saí, agora que estou mais livre não tenho vontade nenhuma de regressar. 

Sei que o devia fazer porque fisicamente, e também espiritualmente, liberta-nos e dá-nos uma maior capacidade de bem-estar, mas tenho tanta preguiça para ter que ir dois ou três dias durante umas horas para o ginásio que nem gosto de falar no assunto só para não pensar naquelas horas em que posso estar em casa a repousar e a andar pela net ou a fazer o que me apetece sem ter que andar a correr e a carregar com pesos.

Devia de pensar seriamente em voltar ao mundo dos ginásios, mas por agora não me parece que isso aconteça!

Lema: Não desistir do que nos faz bem, mesmo que tenhamos de fazer um esforço em certas alturas da vida, isto porque depois é complicado voltarmos!