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O Informador

Arrepio por Maddie

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Treze anos passaram após o desaparecimento de Madeleine McCann, a criança inglesa que passava férias com os pais e irmãos em Maio de 2007 na praia da Luz, em Lagos. Muito se noticiou, vários suspeitos, investigações dentro e fora do país e Maddie desaparecida sem um ponto final no processo. Agora, treze anos depois a Polícia Judiciária, a Metropolitan Police de Londres e a Polícia Alemã (BKA) têm um suspeito formal que vivia na zona de Lagos na altura do desaparecimento da criança e que esteve no resort uma hora antes do alerta dos pais de Maddie, estando de momento preso pela violação de uma mulher. Por curiosidade, ao que parece este suspeito já havia sido mencionado pela Polícia Judiciária nos meses seguintes ao desaparecimento da menor, sem ganhar relevância das autoridades de investigação internacional que lideravam o caso. 

Preparava-me para jantar, já sentado à mesa com a televisão ligada, o noticiário iniciou e a primeira notícia foi mesmo «Notícia TVI: polícia identifica alemão como suspeito formal do rapto e morte de Maddie». Fiquei de imediato todo arrepiado com esta informação. Passaram treze anos, na altura tinha vinte, acompanhei o caso, todo o aparato que foi feito pela comunicação social com o Mundo de olhos postos em Portugal por se tratar do desaparecimento de uma criança inglesa. Agora percebe-se que a investigação mesmo silenciosa continuou e não foi deixada, existindo um novo suspeito, que está preso por outros crimes, mas que poderá estar por detrás do rapto de Maddie, num caso onde os pais sempre serão também culpados por deixarem menores sozinhos em casa, mesmo que estivessem a cem metros da habitação mas sem visibilidade. 

Brincadeiras idiotas em torno de Maddie McCann

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O lançamento do documentário da Netflix, O Desaparecimento de Madeleine McCann, voltou a colocar o caso entre as luzes da ribalta. Anos após o desaparecimento da menor, um dos casos mais populares da investigação portuguesa e internacional volta a ser lembrado e as teorias lançadas nesta produção Netflix são mais que muitas. Se uns acreditam que os pais são totalmente inocentes, existem os que afirmam o contrário ao verem depoimentos, provas e contraprovas mostrados neste polémico documentário que acaba por não ter um fecho por toda a situação ainda não estar finalizada. Afinal, o que aconteceu a Maddie McCann? As dúvidas continuam e as suposições são mais que muitas!

Com o regresso do caso à comunicação social, eis que também surgiu espaço para diversos comentários menos próprios serem publicados pelas redes sociais, tal como imagens de mau gosto, roçando mesmo o bizarro. É o caso da imagem que começou a circular de uma montagem numa caixa de uma pop figure onde a imagem de Maddie parece servir como mais um boneco que se encontra disponibilizado para a venda, como se fosse uma personagem de uma grande história do cinema, televisão ou da cultura pop em geral. 

Claro que o casal McCann, Kate e Gerry, não gostou de ver esta imagem a circular, como seria de esperar, considerando que os seus criadores não passam de «idiotas» por considerarem esta partilha «incrivelmente ofensiva». Na verdade esta situação é deveras ofensiva, como referem os McCann. Primeiro, o caso não está fechado, não se sabendo realmente o que aconteceu, somente que uma criança desapareceu e o seu rasto não foi encontrado. Depois, brincar e gozar mesmo com a morte ou desaparecimento de alguém é pedir para ser julgado por toda uma sociedade que não deve aplaudir este tipo de paródia negra sem qualquer tipo de graça. Se o filho do autor desta imagem desaparecesse iriam gostar que fizessem imagens a brincar e parodiar toda a situação, sem se respeitar a dor, sejam estes pais culpados ou inocentes, existe sempre a dor a respeitar, tal como o outro lado familiar que de certo não tem culpa alguma de toda esta situação.

Caso Rodrigo

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Uma mãe procura o seu filho, apresentando o desaparecimento do menor de quinze anos nas entidades competentes. Horas depois fala com a comunicação social e pouco se lamenta sobre a situação, não mostrando um pingo de dor e preocupação. Dias passam e descobre-se que o padrasto do menor tinha viajado no dia do desaparecimento para o Brasil de onde é natural, dados que foram omitidos nas primeiras confidências de uma mãe que se tem mostrado pouco ou nada destroçada. Horas depois descobre-se o corpo do menor bem perto da moradia onde a família mora. Em momentos posteriores surgem as primeiras informações acerca do estado do corpo que foi encontrado enrolado em fio eléctrico. 

Ups! Algo se passa aqui que não está a ser bem contado, não? Então a mãe não tinha de revelar que o seu companheiro tinha viajado nesse mesmo dia para o outro lado do Atlântico? Então aquela mãe que passou supostamente tão mal sempre que permanecia em sociedade parecia calma e serena como se nada fosse? Então o corpo apareceu supostamente num local que já tinha sido visto antes e onde não se encontrava há uns dias? Onde está a culpa quando uma mulher esconde factos sobre o seu companheiro para o quem sabe proteger, não se preocupando com o filho? O que existia dentro daquela casa e o que aconteceu para o menor ter sido agredido até à morte como já foi tornado público?