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O Informador

Curso de escrita pela Inês Pedrosa

Inês Pedrosa, a autora de Fazes-me Falta e Dentro de Ti Ver o Mar vai, pela primeira vez, partilhar os seus métodos de criação literária. Será no espaço Leya na Buchholz, em Lisboa, que o Curso de Escrita Ficcional vai ter lugar, a partir de dia 13 de Outubro!

Tendo sido elaborado para atrair quem gosta de ler e escrever e para quem quer começar um trabalho de escrita mais elaborado, a autora vai através de seis sessões de hora e meia, em todas as segundas-feiras, orientar este curso. Dando uma oportunidade de aprendizagem e de aprofundamento individual dos participantes, nestas sessões existirá também um apoio na selecção das leituras pessoais, ajudando ao desenvolvimento das capacidades de pensamento e escrita de cada um.

As inscrições já estão a decorrer em www.inespedrosa.com ou na livraria onde o curso vai ser leccionado, tendo um valor de 250 euros, com desconto para quem se inscrever até dia 6 de Outubro. Os participantes do curso receberão como oferta um exemplar do livro Novas Cartas Portuguesas, de Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, com organização e anotações de Ana Luísa Amaral, numa edição Dom Quixote.

Ao longo do curso, Inês Pedrosa abordará obras de referência como Dom Quixote de La Mancha, Anna Karenina , Madame Bovary, Os Maias, A Queda de Um Anjo, Livro do Desassossego, O Delfim e O Amor nos Tempos de Cólera, entre outras. A escritora colocará ainda temas como o estilo, a busca de uma voz, as potenciais fontes da ficção, a construção de personagens, a acção, a intriga e o suspense, os géneros e trans-géneros em análise ao longo das sessões. No final será atribuído um certificado de participação assinado pela sua organizadora e responsável.

Uma iniciativa interessante e que ainda pensei frequentar, no entanto deixarei passar esta oportunidade e esperarei pela próxima que após o término desta primeira fase não deverá tardar!

Boas aprendizagens para todos e que este tipo de cursos comecem a ganhar destaque nas livrarias e pontos de referência para que o futuro seja construído com maiores bases culturais!

Aos 50 anos existe liberdade para tudo?!

«Aos 50 anos já tenho o direito de fazer e dizer o que me apetece... Até na escrita.»

Inês Pedrosa

A completar 50 anos de vida e 20 de carreira, Inês Pedrosa revela numa entrevista à revista Nova Gente a frase que em cima transcrevi. E agora pergunto, aos 50 existe mesmo essa permissão de também se escrever tudo e mais alguma coisa pensando que serão os outros que irão ler, mesmo que não percebam?

É certo que com o avançar da idade se começa a pensar de outra forma, de forma mais tranquila e com menos riscos de se errar, mas quando se pensa que tudo se pode fazer e dizer sem que os outros levem a mal, é porque talvez sejamos nós que estamos mal, não?

Tenho-me reparado que além de mim, existem muitas pessoas que estão a colocar a escrita desta autora de lado pela sua maneira de querer mostrar ao mundo como entende as suas criações dos últimos tempos. Será que a autora não consegue perceber que não escreve para si própria, mas sim para os outros, tendo que explicar as razões das suas personagens serem como são? É certo que cria enredos que se desenvolvem de forma muito rápida e isso é bem atrativo, mas convém sintonizar os leitores nas palavras com que tenta mostrar toda a acção, não?

A mim, a autora não me engana mais, pelo menos enquanto me lembrar do que li seu e sentir que dos autores nacionais foi mesmo a pior que me veio parar às mãos. Ter tais anos de vida e outros de carreira não significa que se pode inventar e criar algo só para a própria pessoa entender, porque se quer ter sucesso e vender, é melhor então voltar a rejuvenescer com as suas criações literárias.

O direito é algo que todos possuímos, mas o transtorno que podemos causar nos outros não tem que andar de mãos dadas com esse direito. Não fica bem a qualquer pessoa assumir que por ter idade ou experiência se encontra capaz de dizer tudo o que quer, porque isso não é bem assim para quem vive em sociedade.

Dentro De Ti Não Vejo o Mar

E já terminei de ler o livro de Inês Pedrosa, Dentro De Ti Ver o Mar, e confesso que o livro não me conquistou, fazendo com que coloque esta autora na lista do que não quero ler nos próximos tempos.

Pois é, ao longo de menos de duas semanas li esta última obra da autora e mesmo tendo percebido parte da trama, revelo que não percebi o contexto da irrealidade de uma história em que a narradora acaba por interagir com os personagens, dando-lhes um final pelo que as suas criações foram fazendo ao longo do livro.

Várias histórias de amor entre apaixonados, entre pais e filhos e de e para amigos são contadas nesta obra, de forma exemplar e com uma escrita bem organizada e das melhores que já li de um autor português, mas é pena que as minhas dúvidas sobre estas mais de trezentas páginas não tenham sido esclarecidas.

Desde o início que comecei a sentir algumas questões que nunca foram solucionadas e esperei que o final desse todas essas respostas, mas pelo contrário, ainda mais duvidas me apareceram, com uma história cheia de trocas e baldrocas e, para mim, sem nexo.

Ainda pensei que poderei ter sido eu a não entrar perfeitamente nestas vidas, mas já reli algumas partes do livro e continuo sem perceber certas atitudes das personagens criadas por Inês Pedrosa.

Dentro de Ti Ver o Mar é um romance que não aconselho devido às questões que me ficaram por ser respondidas, mas é algo bom para quem gosta de histórias de amor bem escritas!

Dor e Alegria

«A dor, ao contrário da alegria, não precisa de companhia nem estremece diante da perspectiva do fim»

Inês Pedrosa

A dor e a alegria, o contraste entre o que nos afecta pela negativa e pela positiva. A dor que nos transcende, que nos leva a ter pensamentos bem negativos, onde o mundo parece estar todo contra nós. A alegria aparece geralmente sem nos darmos conta e nem lhe damos atenção! Quando estamos mal sentimos logo o estado em que nos encontramos, quando estamos bem nem nos apercebemos que tudo o que nos rodeia é maravilhoso!

A dor que nos faz sofrer é geralmente levada singularmente por cada um com o isolamento, com palavras amargas e desabafos transcendentes. Estando mal queremos estar sozinhos, sofrer em silêncio, achar que tudo o que nos dizem para nos ajudar só piora a situação. A dor existe por si só, sem terem que existir outros artefactos que a provoquem. Sentimos mágoa, rancor, receio, solidão, mas tudo isso parte de nós próprios que também ajudamos a dificultar ainda mais o sofrimento que nos ataca como se tudo estivesse a terminar.

A alegria é geralmente vivida em comunidade, sem receios de ser mostrada e de partilhar as boas vontades com os outros. Com um estado de mente positivo e com um sorriso no rosto tudo é levado de forma mais prática e leve, fornecendo a quem nos rodeia o nosso bem e a nossa boa companhia.

A dor é vivida de mãos dadas com a solidão, já a alegria é partilhada com o coração!

Vou experimentar Inês Pedrosa!

Numa das últimas promoções da Fnac em que pagavam-se dois livros e traziam-se quatro, escolhi Dentro de Ti Ver o Mar de Inês Pedrosa para experimentar algo desta autora que vende bem entre os portugueses. Agora vou começar a ler...

Este tem sido um ano em que tenho rodado um pouco mais o número de autores que tenho lido, tendo-me estreado com vários até, alguns que adorei, outros que não me parece que me voltem a levar a pegar num livro seu.

Inês Pedrosa é a minha nova aquisição para os próximos dias, mas tenho à minha espera também Francisco Moita Flores, Domingos Amaral e Júlia Nery, isto falando de autores que ainda não experimentei ler, mas que já tenho aqui os livros à espera para serem lidos. Mas depois também existem os outros, como é o caso de Danielle Steel e George R. R. Martin que já me gritam de dentro dos seus livros porque querem que leia o que escrevem, e claro, que irei ler, nas próximas semanas, porque adoro o que ambos me têm para contar.

Sendo a Inês uma autora que lança constantemente novas obras confesso que tenho um pouco de receio que me apareça algo muito lamechas e feito para vender para o grande público e não um livro com poder de sedução para quem gosta de ler. Mas vamos lá ver o que vai sair daqui... Se não gostar é uma das autoras que será colocada de parte e que não me voltará a enganar tão cedo!