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O Informador

Atual leitura... Uma Promessa de Amor

Tiago Rebelo é dos romancistas nacionais que gosto de ter sempre como reserva para momentos mais complicados de leitura após ter saído de livros pesados e quando quero descansar um pouco das pesadas histórias criadas por contemporâneos, nóbeis e autores mais maçudos. Como acabei agora de ler O Amor nos Tempos de Cólera, de Gabriel García Márquez, e demorei mais tempo que o pretendido, eis que aposto agora em Uma Promessa de Amor, de Tiago Rebelo, para desanuviar um pouco pelos próximos dias.  

O Amor nos Tempos de Cólera

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Autor: Gabriel García Márquez

Ano: Outubro de 1987

Editora: D. Quixote

Número de páginas: 400 páginas

Classificação: 4 em 5

 

Opinião:

O Amor é a peça fundamental da obra de Gabriel García Márquez?! Sim e Não! Então? Fiquei com várias dúvidas sobre a obsessão das personagens pelas suas relações amorosas não concretizadas. Será assim o verdadeiro ato de amar? Vejo um grande romance em O Amor nos Tempos de Cólera, sendo esta uma obra que percorre várias décadas sempre com os mesmos sentimentos trocados a fazerem-se sentir por corações que estão separados por escolhas mútuas e que mais cedo ou mais tarde se sabe que ficarão juntos. Conseguirá alguém viver tanto tempo, cometer vários erros e sempre a pensar na calma que poderá alcançar quando atingir a pessoa que sempre quis ter ao seu lado?

Como dois estranhos conseguem ficar apaixonados por uma vida, seguirem rumos diferentes e sempre com o mesmo pensamento, quando não sabem ao certo o que se está a passar e pensar do outro lado? Fermina Daza e Florentino Ariza cruzam-se em jovens, vão percorrendo caminhos por vezes encostados e no final reencontram-se já velhos e tendo os últimos anos ao dispor do outro pela frente, onde a ajuda mútua acontece por necessidade e não tanto pela vontade que poderia ter acontecido por outros tempos, se tivessem ficado juntos por longos anos. Isto é amor? Não, parece-me que isto é uma obsessão por alguém, principalmente da parte de Florentino por Fermina, que mesmo percebendo que a amada refez o que não estava feito, fica suspenso, lutando contra doenças, febres, vontades e pensamentos emocionais que não o deixam desistir. 

O que vou ler agora é...

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Lembram-se quando vos pedi ajuda para escolherem a minha leitura de Julho e que depois passou para este início de Agosto porque Sapatos Italianos demorou mais tempo do que devia, sabe-se lá por qual razão?

Eis que existiram dois vencedores que ficaram empatados entre os dois mais votados por vocês, leitores e seguidores do blog, que perderam um minuto para me escolherem o livro que teria como companheiro pelos próximos dias! Como tive um empate técnico de votos, estiquei a votação por mais umas horas e ambos continuaram com o mesmo número pelas vossas escolhas, acabando então por escolher um deles e deixar o outro para trás por uma simples razão.

Cem Anos de Solidão

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Um dos melhores livros de todos os tempos, segundo dizem, e o mais conhecido de Gabriel García Márquez andou a ser lido por aqui! No final e se não fosse toda a treta da história inicial poderia mesmo considerar como uma das melhores narrativas que já li. Sendo assim fiquemos pelo que poderia ter sido e não foi!

Comecemos então a falar sobre o isolamento de um povo na cidade de Macondo pelo início do século XIX. Refugiados do mundo contra os impostos praticados por todos os cantos do planeta, aos poucos a evolução começa a fazer-se sentir junto dos habitantes da cidade que sempre se isolaram de um mundo cada vez mais denso de pagamentos e regras sociais. Depois de algumas tentativas os primeiros desconhecidos conseguem entrar num mundo diferente do que existe por outras paragens, tendo sido no local criadas as próprias formas de vida social que começam depois a ser readaptadas consoante quem chega. 

O desenvolvimento vai acontecendo, as novidades aparecem e a evolução cientifica e tecnológica faz-se sentir com a passagem do tempo que o leitor é convidado a acompanhar através da família Buendía. Um clã onde a solidão bate há porta geração após geração que insiste em isolar-se logo a partir do patriarca José Arcadio que sozinho constrói o seu projeto, posteriormente passado aos filhos e transformado com outras técnicas e aprendizagens pessoais. As necessidades de Aureliano e José Arcadio leva-os a criar outras raízes até então desconhecidas e capazes de continuarem a levar o nome familiar em frente, na guerra ou no trabalho diário.

A par dos homens, também as mulheres têm as suas particularidades. Umas nascidas através do pecado familiar e outras vindas de fora do clã, todas movimentam forças para cuidar dos mais próximos sem se resignarem com o que lhes vai batendo há porta. 

Fazendo uso da literatura mágica, Gabriel García Márquez coloca em determinadas personagens e ao longo de toda a obra vários factos que mostram artes mágicas e particulares de cada qual. A diferença de Márquez para outros autores que já conheço a usar esta forma literária é que tudo aqui é feito de modo tão natural que quase nem conseguimos em alguns casos dar conta que da realidade que poderia ter acontecido passamos para uma criação que é aparentemente impossível onde o mundo mágico e maravilhoso ganha vida com algumas, senão mesmo todas as personagens em algum espaço de tempo das suas vidas. 

O que não apreciei... De toda a parte inicial, talvez mesmo da primeira metade! Da união de José Arcadio com Úrsula Iguarán, que são primos, até ao nascimento da sua primeira bisneta Remedios, la Bella, nada me interessou na narrativa. Fui lendo, muito com o recurso à árvore genealógica da família, mas sem grande interesse. A partir dos bisnetos e com os trinetos a história parece ganhar força e alento para os cruzamentos que vão sendo feitos, isto com a união com o desenvolvimento da cidade onde o comboio, o telefone e o transporte aéreo começam a dar sinais de existência junto da população de Macondo. 

Rapidinha sobre Cem Anos de Solidão

O livro tão bem galardoado e comentado poderia só contar metade da história não? Toda a parte inicial de Cem Anos de Solidão não interessa, só ganhando verdadeiro gosto por esta narrativa com o casal Aureliano II e Fernanda del Carpio, com Petra Cotes pelo meio. A partir daí e com os filhos a revelarem-se tudo começa a fazer sentido!

Seria mesmo necessário Gabriel García Márquez fazer tanto enrolanço para depois contar o que verdadeiramente interessa e tem sentido? Os Buendía andaram por aí durante cem anos, ok! Mas os primeiros cinquenta não interessam nada!

Comprinhas na Feira do Livro!

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Como o prometido é devido e a vontade era muita, ontem lá fui até há Feira do Livro de Lisboa para um serão bem passado no meio dos livros e em boa companhia! Com isto e depois de meses sem fazer alguma compra literária, eis que desta vez não consegui resistir e foram sete obras a aparecerem junto das caixas de pagamento do grupo Leya e da Porto Editora. Se poupei, disso não tenho a mínima dúvida!

Com Danielle Steel, Tiago Rebelo, John Green, Gabriel García Márquez e José Eduardo Agualusa como autores já conhecidos entre as minhas escolhas, a novidade somente recaiu em Ali Smith por um ato inesperado de escolha e uma vontade momentânea! Antes de ir para o Parque Eduardo VII tenho a confessar que não tinha muitas ideias sobre o que iria comprar. Primeiro optei por dar uma volta ao recinto, ficando com a ideia do que poderia comprar, esperando e começando a arregaçar as mangas para a preparação da Hora H. 

Quando chegou o momento da hora das loucas promoções, eis que comecei pelo grupo da Porto Editora e acabei pela Leya com estas sete escolhas! Se conseguirei ler tudo o que trouxe até à próxima Feira do Livro de Lisboa não sei, isto porque ainda tenho algumas das compras do ano passado em espera, tendo sido passadas por outras obras que entretanto fui comprando.

O que vou ler agora é...

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Há dias coloquei a votação por estas bandas um pedido de ajuda para escolherem o livro que irei ler pelos próximos tempos! Como chegou a hora de começar a desfolhar então a minha nova leitura, é chegado também o momento de revelar o top três das obras mais votadas pelos leitores do blog e consequentemente a vossa escolha.

Leitura para as férias

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Embora ainda esteja a ler O Bicho da Seda de Robert Galbraith, ou melhor, de J. K. Rowling, já começo a pensar qual ou quais os livros que levarei comigo para a semana de férias alentejanas que já está a bater à porta!

Confesso que quando comprei O Pintassilgo pensei que iria passar uns meses em trabalho pela zona algarvia, algo que acabou por não acontecer por motivos internos da empresa que decidiu ainda não arriscar no alargamento para sul. Como não fui e não devo ir pelos próximos meses para longe de casa em trabalho tenho andado a guardar esta obra de Donna Tartt para umas férias mais alargadas, o que não será o caso desta vez. Como tal talvez deixe este livro para trás por mais umas semanas!

Agora a dúvida está entre todos os outros com autores como Haruki Murakami, Daniel Silva e Domingos Amaral bem conhecidos e que dão vontade de voltar a pegar nas suas escritas a combaterem com as novidades pessoais de Pedro Chagas Freitas, Lisa Genova e Henning Mankell. Entre isto existe A misteriosa Mulher da Ópera, um romance escrito a sete mãos nacionais e que também poderá ser uma das opções literárias da próxima semana. 

Não ficou na foto mas existe ainda a hipótese de ler A Chave de Salomão de José Rodrigues dos Santos, A Mansão Thurston de Danielle Stell, Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Márquez, E Depois do Amor de Ray Kluun e A Minha Vida com George de Judith Summers. 

Morreu Gabriel Garcia Márquez

O colombiano de 87 anos de idade que se tornou mundialmente conhecido através da sua escrita faleceu esta quinta-feira na sua casa do México, um dia depois do seu livro Cem Anos de Solidão me ter chegado às mãos.

Foi através de uma mensagem escrita da Vodafone que fiquei a saber da morte do Prémio Nobel da Literatura em 1982, quatros anos antes do meu nascimento. Fiquei a pensar nesta morte e da coincidência de ter andado a adiar a compra de um livro da sua autoria e quando isso aconteceu o autor ter partido para outra vida.

Pelas informações avançadas pela imprensa, além da sua avançada idade o escritor não resistiu a uma forte infecção pulmunar que o hospitalizou durante vários dias. Do autor ficam agora as suas obras, vendidas em grande número por todo o mundo e que ficarão presentes na vida dos seus seguidores e familiares.

Resta-me a leitura póstuma das suas criações que espero serem uma agradável companhia.

Encomenda tripla da Fnac

LivrosHá algum tempo que não comprava livros porque tenho uma fila de espera literária que passa a dezena. No entanto e porque me foi pedido aqui por casa para encomendar O Cancro foi a Minha Cura da autoria de Vânia Castanheira, acabei por não resistir e juntei ao carrinho online  O Leitor e Cem Anos de Solidão, por um preço bem risonho. 

Gabriel Garcia Márquez é uma total estreia para mim porque mesmo tendo vontade de ler algo do autor à algum tempo, fui sempre adiando e agora com esta promoção comprei o seu sucesso lançado pela D. Quixote por 9,73€. A par de Cem Anos de Solidão deixei-me levar um pouco pelo preço de O Leitor, 6,23€, e lá encomendei este livro que também fez furor pelo mundo do cinema tendo conquistado nesse campo um Globo de Ouro e cinco nomeações para os Óscares. Dois livros de sucesso agora fazem parte da minha fila de espera aqui de casa para poderem pertencer às minhas próximas leituras.

Comprei, no entanto, e porque ando mais relaxado literalmente, não sei quando os irei conseguir ler. Porém aponto que um dos dois será a próxima leitura, após terminar Um Milionário em Lisboa de José Rodrigues dos Santos, deixando os que já esperam há algum tempo para outra altura.

Um pormenor, O Cancro foi a Minha Cura, lançado pela Matéria Prima Edições, é para a minha mãe, que me pediu para comprar o livro depois de ter visto a sua autora, Vânia Castanheira, a falar sobre a sua obra pelo programa Você na Tv! da TVI.