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O Informador

Já terminei de ler O Bairro

O Bairro da Estrela Polar já está lido e arrumado junto dos meus livros que me fizeram muita companhia nos últimos anos.

Da autoria de Francisco Moita Flores, este é o primeiro livro seu que leio, e adorei. Com uma escrita bem nacional, bem demonstrativa da classe social onde as personagens se movimentam, nesta obra fiquei a conhecer algumas das motivações do outro lado, o que geralmente não se consegue ver e nem somos levados a pensar. Conseguimos através da leitura de O Bairro entrar no mundo do crime através dos que costumam ser os maus da fita, os bandidos, os drogados, os ladrões, os assassinos, ou seja, os vilões.

Mas de vilões, algumas daquelas pessoas não têm lá muito, sendo em alguns casos uma obra que o destino deixou ao abandono, deixando vidas desfeitas quando ainda se é muito novo para se conseguir agir com pés e cabeça. Quando tudo cai e se vive perto do mundo do mal, as pessoas podem ser influenciadas para seguir tais linhas e tornarem-se piores do que os seus professores.

Com este livro consegui pensar um pouco o que poderá levar as pessoas a roubarem, a matarem, a ameaçarem, a mostrarem que são maus, quando interiormente sofrem por serem como são e sofrem por não conseguirem ser mais uma pessoa livre do mundo do crime. Aqui os polícias são os maus e os maus são os bons e adorei ler este livro que recomendo mesmo, para quem quiser ter um livro fácil de devorar, com nada elaborado, nacional e que nos leva a pensar.

Só não gostei de uma coisa, o final, acredito que este não seria o desfecho pretendido do autor, tudo acontece de forma rápida e depois de me ter agarrado a este guangue, o mal que devia ser o bem da sociedade acontece-lhes e não gostei disso. Acho que deviam terminar em bom, para o bem das personagens e não para o bem social, mas como o crime não compensa...

O Bairro da Estrela Polar

E já comecei a ler O Bairro da Estrela Polar, da autoria de Francisco Moita Flores. O livro já andava por aqui há umas semanas à espera que outros fossem lidos e agora chegou a sua vez.

Antes que comece a ser transmitida na TVI a série com o mesmo nome e trama, eu quis ler as aventuras problemáticas de Diana e dos seus companheiros do mundo da droga, crimes e trafulhices.

Esta é a primeira vez que leio algo de Moita Flores e pelos primeiros capítulos posso dizer que estou a gostar bastante da forma rápida como tudo se passa e acontece.

É um facto que este livro foge do normal no que toca a estes assuntos, já que normalmente tudo é contado na perspectiva das autoridades e do bem e aqui são os traficantes, passantes e criminosos os grandes protagonistas de tudo. Ver as coisas de outro prisma, perceber como se pensa quando se está do outro lado é algo estimulante e que ajuda a perceber que mesmo estando do lado do mal, existem sempre coisas boas para aquelas pessoas agirem da forma como agem.

Vidas de sacrifício, vidas desfeitas, vidas às costas... Todas as personagens de O Bairro têm algo para contar e mostrar porque são assim e porque agem de forma ilegal. Francisco Moita Flores está de parabéns com esta sua última obra literária e espero que a série que a estação de Queluz tarda em estrear esteja tão boa ou melhor que estas 332 páginas da publicação da Casa das Letras.

Tozé Martinho parou no tempo!

É uma clara evidência na ficção nacional... Tozé Martinho já deu muito às novelas portuguesas, mas neste momento pode-se afirmar que o autor e também ator parou no tempo e nas duas frentes.

Com a novela da TVI, Louco Amor, da autoria de Tozé, no ar e a ocupar grande parte do horário nobre do canal, olho para esta produção e não vejo a energia de outras produções que a estação já teve. Tozé Martinho parou no tempo com as suas novelas que vivem do romance e nas indecisões que daí acontecem.

Em Louco Amor isso é claramente notório... O autor não consegue criar bons protagonistas e para agravar a situação, ainda tem falta de originalidade com os seus vilões que não fazem nada que atraia o público. Nas últimas tramas o que tem acontecido é que as coisas vão acontecendo muito calmamente, como se não existisse pressa nem pressão audiométrica e depois os resultados começam a fazer-se sentir junto do público, claro está.

Tozé Martinho já não consegue fazer novelas que conquistem os portugueses, novelas em que existe algum interesse atrativo em todos os episódios. Depois do final de Louco Amor o autor devia reformar-se deste tipo de produções, dedicando-se quem sabe à escrita de séries históricas e paradas para substituir na RTP as produções de outros tempos de Francisco Moita Flores.

A era das grandes novelas escritas por Tozé Martinho que agradavam à grande maioria do público noveleiro já não existe. Agora o que se quer ver nas novelas é acção, maldade, acontecimentos marcantes e acima de tudo, uma boa história que prenda de episódio para episódio os telespetadores.

Vou experimentar Inês Pedrosa!

Numa das últimas promoções da Fnac em que pagavam-se dois livros e traziam-se quatro, escolhi Dentro de Ti Ver o Mar de Inês Pedrosa para experimentar algo desta autora que vende bem entre os portugueses. Agora vou começar a ler...

Este tem sido um ano em que tenho rodado um pouco mais o número de autores que tenho lido, tendo-me estreado com vários até, alguns que adorei, outros que não me parece que me voltem a levar a pegar num livro seu.

Inês Pedrosa é a minha nova aquisição para os próximos dias, mas tenho à minha espera também Francisco Moita Flores, Domingos Amaral e Júlia Nery, isto falando de autores que ainda não experimentei ler, mas que já tenho aqui os livros à espera para serem lidos. Mas depois também existem os outros, como é o caso de Danielle Steel e George R. R. Martin que já me gritam de dentro dos seus livros porque querem que leia o que escrevem, e claro, que irei ler, nas próximas semanas, porque adoro o que ambos me têm para contar.

Sendo a Inês uma autora que lança constantemente novas obras confesso que tenho um pouco de receio que me apareça algo muito lamechas e feito para vender para o grande público e não um livro com poder de sedução para quem gosta de ler. Mas vamos lá ver o que vai sair daqui... Se não gostar é uma das autoras que será colocada de parte e que não me voltará a enganar tão cedo!