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O Informador

7 os Anos 70

Artfeist

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A temporada de Verão do Auditório do Casino Estoril estreou com o musical 7 os Anos 70, uma produção da Artfeist que segue o estilo do que tem sido feito nos últimos anos por Henrique Feist na sala de espetáculos.

Reavivando a memória do público perante os grandes temas e os momentos nacionais e mundiais que marcaram a década dos anos 70, 7 os Anos 70 é o musical que recorda com grandes vozes os sucessos e as canções que ficaram eternizadas e que ainda hoje são célebres pelo sucesso obtido ou porque acabaram por ficar associadas a determinados momentos históricos e culturais que nos marcaram. Os anos de ditadura em Portugal e por vários países e a liberdade instaurada no nosso país, a guerra do Vietname, a força que as mulheres ganharam na sociedade pela sua imposição ao regime, os massacres, as alterações sociais, os movimentos ambientalistas e as revoltas, e como não podia deixar de ser num espetáculo musical de Henrique Feist, os sucessos de sempre que levaram Portugal à Eurovisão com temas marcantes e jamais esquecidos pela sua força perante uma sociedade em mudança.

Através da interpretação de Henrique Feist a quem se juntou Valter Mira, Catarina Clau e Débora Gonçalves, num quarteto de vozes perfeitas que há algum tempo não era tão bem conseguido nas produções da Artfeist, Nuno Feist continua na direção musical do espetáculo, tendo também o seu momento de canto, como sempre. Este musical segue a linha das produções anteriores mas noto uma maior organização perante o esquema seguido e também um composto de vozes completo que acaba por arrecadar os aplausos do público numa aposta bem conseguida. 

 

Maro | Saudade, Saudade

2022 foi o ano em que não acompanhei o Festival da Canção e não ouvi nenhum dos temas que estavam a concurso para representarem o nosso país na Eurovision. No entanto em noite de final resolvi procurar a canção vencedora e deparei-me com Saudade, Saudade, um tema com canção, letra, música e interpretada por Maro que se fez acompanhar com quatro vozes no que foi a atuação que lhe deu a passagem para o espetáculo europeu. 

Primeiro é necessário ouvir mais que uma vez o tema. Na terceira ou quarta repetição começa a fazer sentido pela harmonia criada entre a letra e a forma suave com que a mesma é interpretada numa alusão ao passado que marcou cada um de nós. Numa quinta vez percebe-se que o refrão fica no ouvido, seja cantado por uma mas melhor ainda por várias vozes em simultâneo. Para finalizar e já com esta vitória aceite e percetível como a escolha certa, é bom refletir perante a singulariedade sobre a palavra tão portuguesa Saudade. 

Maro vai levar Saudade, Saudade ao grande palco da Eurovision e desta vez acredito que poderemos conseguir um bom lugar de destaque se as questões políticas e da atualidade que estão a marcar a Europa não se voltarem a intrometer nos resultados finais. 

Måneskin | Zitti E Buoni

Eurovision 2021

2021 não foi um ano em que tenha acompanhado os preparativos para o Eurovision, ao contrário de outros anos, no entanto consegui perceber que na reta final vários eram os países com intérpretes que se podiam destacar por existirem boas candidaturas, ao contrário do que já aconteceu num passado recente. Com Portugal a conquistar o décimo segundo lugar com os The Black Mamba a interpretarem o tema Love Is On My Side, num dos melhores resultados do nosso país no evento, foi a Itália com Måneskinn e com a música Ziite  E Buoni que alcançou o primeiro lugar na grande noite do Eurovision, após um ano sem a realização do evento acontecer. 

Salvador herói! Sobral esquecido!

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Salvador Sobral, o vencedor do Festival da Canção 2017 e que venceu o Eurovisão no mesmo ano em Kiev, na Ucrânia, com o tema Amar Pelos Dois, seguiu o seu percurso no panorama musical e entre os vários projetos onde tem marcado presença, continua a pertencer ao grupo Alma Nuestra, cuja fundação dependeu de si a quem se juntou Victor Zamora, no piano, e mais tarde André Sousa Machado, na bateria, e Nelson Cascais, no contrabaixo. Numa mistura entre o jazz e os sons cubanos e sul-americanos, os Alma Nuestra estão a lançar o seu primeiro trabalho discográfico e tive o privilégio de assistir a um dos espetáculos onde tenho a dizer que fiquei convencido com o trabalho feito e principalmente com o talento de todos, inclusive de Sobral que além de cantor e interprete, tem um bom à-vontade para o entretenimento ligado à comédia. 

No espetáculo de apresentação do trabalho realizado pelos Alma Nuestra o que não entendi foi mesmo a adesão do público, que numa sala mais pequena do que os grandes centros de espetáculos, conseguiu mesmo assim deixar várias fileiras de lugares vazios. O Salvador Sobral não foi o nosso representante que mais longe ficou na competição europeia Eurovisão? Na altura o país não parou para assistir ao grande momento em que era mais que esperada uma vitória? Dois anos e uns meses depois de todo o sucesso, o cantor promoveu o espetáculo com os restantes elementos da banda que atuou no Teatro Villaret com o apoio da Força de Produção e o público que o venerou parece ter desaparecido. 

Com a minha honesta opinião tenho a confessar que senti um pouco de desilusão por não ver uma sala esgotada num momento em que uma boa voz que todos ficaram a conhecer pelo seu sucesso rápido ter lançado um trabalho e não conseguir cativar o seu público ao longo deste tão pouco espaço de tempo. Será que todos esqueceram o quanto o tema Amar Pelos Dois andou a viajar por aí? Então o Salvador agora que já passaram mais de dois anos já não é o melhor, o que venceu e que mereceu o seu lugar de destaque?

Portugal no apoio dos bons trabalhos parece não existir. Concordo talvez que o facto dos Alma Nuestra seguirem a linha do jazz que afaste algum, muito até, público. Não sou apreciador deste estilo, confesso, mas na verdade gostei do espetáculo, via de novo e acho que as estrelas rápidas merecem sempre continuar a brilhar quando têm o talento do seu lado e o Salvador têm muito talento e mérito consigo.

Eurovision sem os Telemóveis de Conan

O sonho português do Eurovision 2019 logo terminou na Semi-Final ao percebermos que o tema Telemóveis de Conan Osíris não passou para a final da competição. Os comentários logo se fizeram sentir pelas redes sociais e se uns logo avançaram que «fomos roubados», outros afirmaram que o esperado seria este desfecho após as criticas que o cantor fez nos dias de ensaio à organização da competição.

Eu, apenas me remeto a deixar publicada, como forma de homenagear a prestação de Portugal no Eurovision 2019, a performance de Conan Osíris no palco israelita. Ficam aqui assim os minutos que representaram os Telemóveis de todos nós no palco europeu! 

 

Je suis Conan Osíris

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Conan Osíris é o grande vencedor da edição do Festival da Canção 2019. O que dizer sobre esta decisão de jurados e público? Não aprecio de todo, embora o tema entre no ouvido facilmente, mas confesso que Conan deverá ser o candidato que mais hipóteses terá de dar nas vistas na Eurovisão e de conseguir assim alcançar um lugar decente, após a grande derrota de Cláudia Pascoal no ano passado. 

Com viagem já marcada para Israel, país onde se realizará a edição deste ano da competição europeia, após a vitória de Netta Barzilai em Portugal em 2018, Conan será o nosso representante e quer se goste ou não, neste momento todos somos Conan Osíris porque rapidamente, se as rádios mais ouvidas assim o ajudarem, o tema Telemóveis irá ficar na cabeça de todos nós. 

Portugal já tem o seu candidato e agora resta esperar, apoiar e acreditar que após Salvador Sobral ter vencido que conseguiremos uma nova vitória com Conan Osíris e seu amigo contorcionista que antes de atingirem a final terão de passar por uma das semifinais que se realização a 14 e 16 de Maio e só depois, a 18 de Maio, vem o grande dia. 

Não gosto, não aplaudo, mas o que fazer neste momento quando a maioria de quem tomou a decisão gostou? Não votei e não fui contra a corrente e existe também um bom motivo para não se remar contra, é que as opções iam de mal a pior. Entre ir mal e seguir mesmo muito mal, vale mais seguir a viagem com o que acaba por ser mais espalhafatoso e diferente, assim sempre pode ser que se dê nas vistas e não se seja somente mais um.

O Jardim da Eurovision

Hoje é a grande final do Eurovisão 2018 e Portugal escolheu o tema O Jardim, composto por Isaura e interpretado por Cláudia Pascoal e pela própria Isaura para nos representar. Não posso dizer que a letra não seja boa, porque vejo-lhe conteúdo, mas o modo como está trabalhada não me convence minimamente. 

Portugal não sabe sequer esta letra, ao contrário do que aconteceu o ano passado com o Amar Pelos Dois de Salvador Sobral. Se nós não conhecemos o que é nosso, como é que os outros lhe vão dar valor?

Triste jardim que teremos este ano com a pontuação nesta final do Eurovisão em que a RTP surpreendeu pela excelente organização e demonstração que quando se quer o bom trabalho é apresentado com qualidade. Já na escolha do tema é para esquecer. 

O Jardim da Eurovisão em dança

O festival Eurovisão está a ser preparado a todo o gás e em torno do evento várias são as iniciativas que têm surgido pelo país. Agora, pela mão da Companhia de Dança Online do Millennium BCP, cujo Cifrão é um dos rostos centrais, surge When The Lights Go Out, uma dança inspirada em O Jardim, o tema composto por Isaura e interpretado por Cláudia Pascoal e pela própria Isaura que irá representar Portugal na edição deste ano do evento que será transmitido do Meo Arena para o Mundo. 

Tiago Coelho e Catarina Casqueiro são dois dos novos talentos da geração Dance que ao som da música O Jardim interpretam cada passo com a magia que a dança transmite junto de quem se deixa levar. 

Confesso que abri o vídeo por mero acaso e adorei pela simplicidade tão complexa com que o par de bailarinos sente este tema e o interpreta perante as câmaras que possibilitam este vídeo que partilho com todos vós. 

Curtas e Diretas | 132 | Rita Ferro Rodrigues e RTP

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Será mesmo verdade que após a saída da SIC, Rita Ferro Rodrigues irá para a RTP após as críticas ao lote de apresentadoras escolhido pela direção do canal para o Eurovisão? Que canal vê na apresentadora uma boa contratação quando não existem sucessos televisivos ao longo da sua carreira recente? Para mais numa RTP onde não faltam é rostos femininos para apresentarem programas. Só vejo mesmo um canal onde podia encaixar e ser a melhor... CMTV! De resto...

Curtas e Diretas | 125 | Piçarra, já era!

Há uns dias havia dito que o Piçarra antes de o ser já era, referindo-me claramente ao top das preferências do público que vota no Festival da Canção por ser neste momento um dos ídolos musicais de faixas etárias predominantes na votação neste tipo de programas. Agora volto a dizer que o Piçarra já era mesmo, visto estar no bom caminho para representar Portugal na Eurovisão e com ou sem plágio da música da IURD, acabou por desistir da competição. Piçarra era antes de o ser o preferido e acaba por dizer “já era” perante o lugar que tanto desejava por uma falha cometida perante a elaboração do tema que levou a palco.