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O Informador

Noite Viva [Teatro Aberto]

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Conor Mcpherson criou e João Lourenço e Vera San Payo de Lemos recriaram Noite Viva num espetáculo de Cine-Teatro onde um fantástico texto pensado para os palcos tem como complemento um filme que revela as mesmas personagens por outros contextos e com ligações a pessoas que fazem parte, de forma direta ou indireta, das suas vidas. 

Noite Viva mostra o mundo tanta vez escondido da noite, onde a solidão, a dor e o sofrimento invadem relações e sufocam quem se encontra sozinho, mesmo que esteja rodeado de muitos seres que não passam de companheiros que marcam presença e acabam em vários casos por se tornarem sufocantes. 

Uma noite escura onde um espancamento acontece serve de mote para o início deste espetáculo onde a solidão e o desamparo têm lugar de formas bastante distintas no dia-a-dia de Tomás que separado e longe dos filhos acaba por se refugiar na garagem do seu tio Maurício, vivendo para o trabalho. Já Maurício após ficar viúvo reflete sobre o seu caminhar para a morte, onde poderá encontrar a sua companheira de vida. Doc, com um distúrbio, consegue ver em Tomás um apoio, mas onde nem sempre é bem vindo. Já Ana, que circula entre o mundo da droga e da prostituição, vê-se absolvida por um amor para com Carlos que além de a usar ainda a consegue submeter à tortura física e psicológica a seu belo prazer. Vidas distantes mas com objetivos que nem os próprios conhecem onde um futuro melhor é uma ambição que todos têm de descobrir.

Subitamente e com o espancamento de Ana, a vida da jovem cruza-se com a de Tomás que a leva para o seu pequeno espaço que serve de casa. Maurício refila com o barulho mas ao mesmo tempo percebe que sem o mesmo ainda fica mais sozinho e Doc vê em Ana uma ameaça para com a sua presença, mas tudo vai mudando. O conhecimento e a presença constante na vida uns dos outros são pontos fulcrais para que cada um, com o seu singular modo, perceba que afinal na vida existem pessoas que nos querem bem e que mesmo que surjam de um momento para o outro conseguem alterar a linha que parece pré-definida onde a constante diária é alterada a favor do bem-estar que vai sendo transmitido através de múltiplas alegrias de união. A partilha e os cuidados com cada um são o ponto forte deste texto onde as desilusões também surgem mas o objetivo a dado momento parece ser só um e o encontro com o bem de cada um e posteriormente coletivo é o elemento essencial de Noite Viva onde o encontrar do amor e da estabilidade é fundamental na restauração da harmonia e da união, existindo vontade de dar ao outro o que é recebido e isso é o fundamental da vida. Dar e receber sem exigir!

Vencedores de As Raposas

As Raposas regressaram para uma segunda temporada após o sucesso pelo Teatro Aberto. Agora e porque o que corre bem uma vez geralmente volta a fazer sucesso junto do público, eis que novas sessões deste espetáculo estão a decorrer pela Sala Azul do espaço lisboeta e por aqui andei a distribuir bilhetes pelos amantes de bom teatro. Ao ter chegado ao fim o tempo limite de participação no passatempo eis chegada a altura de revelar a lista de vencedores que terão um bilhete duplo à sua espera na bilheteira do Teatro Aberto no serão de amanhã, Quinta-feira, 17 de Setembro.  

  • Maria Batista
  • Helena Pereira Martins
  • Sónia Alcobia
  • Tiago Pina
  • Sérgio Dias
  • Sara Bandeira
  • Edite Rocha
  • Pedro Costa
  • Virginia Dias
  • Manuel Carvalho

Bilhetes para As Raposas

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As Raposas estrearam na Sala Azul em pleno mês de Junho, tendo recebido aí os aplausos do público que foi ao Teatro Aberto até ao final de Julho assistir a este espetáculo de Lillian Hellman e com encenação de João Lourenço. Tive a oportunidade de assistir a uma das últimas sessões da temporada, tendo adorado esta produção que conta com nomes bem conhecidos do público em palco. Agora e porque o que é bom regressa e pode desta vez ser partilhado, eis que surge a oportunidade de atribuir dez convites duplos para a sessão de Quinta-feira, 17, pelas 21h30. Vais querer perder esta oportunidade de te encontrares com As Raposas que estão de regresso ao palco da sala lisboeta para uma nova temporada de sucesso?

Sinopse:

Uma família de grandes proprietários quer expandir o seu negócio para aumentar o seu capital e, assim, realizar tudo aquilo que o dinheiro parece poder comprar. Na luta pelo poder dentro da família, revelam-se diferentes maneiras de pensar e agir: quem olha a meios e quem só olha a fins, quem se adapta ao presente, quem se agarra ao passado, quem vence pela força e quem espera pelo momento certo, quem é pragmático, quem escuta o coração. No fim, quem leva a melhor?

Esta versão, que transporta para os nossos dias a acção desta peça de 1939, salienta as paixões desencadeadas pela ânsia de poder e de dinheiro e questiona os valores que regem as sociedades globalizadas em que vivemos.

Ficha Artística:

Versão: João Lourenço | Vera San Payo de Lemos

Dramaturgia: Vera San Payo de Lemos

Encenação: João Lourenço

Cenário: António Casimiro | João Lourenço

Figurinos: Dino Alves

Vídeo: JP Fazendeiro

Luz: João Lourenço

Com: Diana Nicolau | Eurico Lopes | Gracinda Nave | João Perry | Luisa Cruz | Marco Delgado| Pedro Caeiro | Sofia Cabrita | Virgílio Castelo 

Este passatempo decorrerá até às 20h30 de 16 de Setembro e para se habilitarem a um dos bilhetes duplos que tenho para sortear só têm de:

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As Raposas

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Opinião: Sentar-me na plateia do Teatro Aberto é quase sempre uma certeza de que o espetáculo a que irei assistir pelas próximas horas é um dos melhores do que está a ser feito no momento pelo país. A peça As Raposas, da autoria de Lillian Hellman não foi de todo uma excepção!

Sendo este trabalho uma adaptação do texto do século XX que também já esteve pelas salas de cinema em 1941, The Little Foxes tem percorrido o mundo com espectáculos que enchem salas e voltam a retomar a cena anos mais tarde. Percebi através da excelente amostra nacional a razão deste texto conseguir ser sempre tão actual.

Com adaptação de Vera San Payo de Lemos e encenação de João Lourenço, As Raposas mostram-se matreiras ao tentarem tramar até os mais próximos. Com todo o enredo a centrar-se numa família de classe alta que pensa num bom investimento de futuro, o capital é sinónimo de invejas e vinganças pessoais entre membros que sempre se dão bem com o mal dos outros, mesmo que esses outros sejam os irmãos e cônjuges que tanto dizem amar. Tanta realidade representada neste espectáculo que mostra como tudo pode ser feito com uma única finalidade na vida, sair vitorioso sobre qualquer semelhante. 

Riqueza não é sinónimo de felicidade, já lá dizem os mais sábios, e por aquela mansão representativa essa verdade é tão notória. Negócios conseguem sair por cima dos laços familiares que acabam por ser inexistentes. Não existem limites para a ambição? Não e cada vez acredito mais que quem mais tem sempre mais quer porque o muito não é o suficiente para ser atingida a aparente felicidade que somente é comprada monetariamente.

Falando agora do elenco, todos são do melhor que existe na sua área, variando as gerações. Adoro em particular, talvez por ter feito em tempos duas entrevistas à própria, a mais jovem actriz do elenco. Diana Nicolau é para mim uma estrela que tem tudo para se tornar numa das melhores daqui a uns anos. Ela já é das melhores na representação jovem e com tanta qualidade e a contracenar com grandes nomes como é o caso deste elenco o futuro pelos palcos está cada vez mais do seu lado, sendo totalmente merecido. Gosto do trabalho de todos, tendo de valorizar aqui a grande interpretação de Luísa Cruz que é talvez a grande alma desta matilha recheada de maldade. 

Hoje é dia de... As Raposas

Hoje o serão vai ter um toque bem teatral. O Teatro Aberto irá receber-me para assistir a uma das últimas sessões desta temporada do espetáculo As Raposas. Pelos próximos dias darei a opinião sobre esta peça que ao que tudo indica poderá estar de regresso marcado pelos próximos meses, mas depois voltaremos a falar sobre tal situação. Agora o que interessa é que irei ver e tu podes ler a sinopse de As Raposas, de Lillian Hellman. Acredito que está aqui um bom espetáculo!

 

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Sinopse:

Uma família de grandes proprietários quer expandir o seu negócio para aumentar o seu capital e, assim, realizar tudo aquilo que o dinheiro parece poder comprar. Na luta pelo poder dentro da família, revelam-se diferentes maneiras de pensar e agir: quem olha a meios e quem só olha a fins, quem se adapta ao presente, quem se agarra ao passado, quem vence pela força e quem espera pelo momento certo, quem é pragmático, quem escuta o coração. No fim, quem leva a melhor?

Esta versão, que transporta para os nossos dias a acção desta peça de 1939, salienta as paixões desencadeadas pela ânsia de poder e de dinheiro e questiona os valores que regem as sociedades globalizadas em que vivemos.