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O Informador

Do Verão para o Outono

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O Verão já se foi, os dias soalheiros também estão a desaparecer e as manhãs começam frescas, rabugentas e escuras. A boa disposição de uma pessoa não aguenta e após os meses em que acordar com o sol a brilhar ajudava a arrancar de melhor forma mais um dia, agora com o Outono e os tons acastanhados a fazerem-se sentir, tudo parece triste. Levantar da cama torna-se num momento pesado e a vontade para despachar é arrastada até mais não porque simplesmente a iniciativa de desfrutar destes toscos e instáveis dias não tem a mesma magia do brilho de há umas semanas.

Atenção, podes ser atropelado!

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Visitar Paris tem muita coisa boa, mas também existem os cuidados a ter para turistas que estão habituados a uma circulação em vias públicas de forma calma e tranquila como geralmente acontece em Portugal. Antes de entrar no avião já me haviam informado sobre o caos do trânsito da capital de França, mas só vendo para crer é que se consegue ter noção da realidade.

O stress é uma constante em Paris, no trânsito então é necessário ter os olhos bem abertos com todos os radares bem ligados porque a qualquer momento podemos ser apanhados «na curva». Não circulei de carro, sempre de transportes públicos - Metro e Comboio - e a pé, mas em todos os sentidos consegui entender que os franceses vivem a mil à hora. No trânsito os carros são a prioridade para todos, as passadeiras sem semáforos são completamente ignoradas e ou te atiras e mostras que vais passar a via ou esperas eternos minutos numa tentativa que alguma alma se decida a parar para nos deixar passar. Além das não paragens nas passadeiras existem também por Paris as tradicionais bicicletas que tanto circulam na estrada como no momento seguinte seguem no passeio e quase te levam pela frente. Todos andam de bicicleta numa verdadeira demonstração de rapidez e de passagem por onde der jeito. Agora as modernas trotinetas elétricas também fazem parte da moldura de circulação da cidade e estas funcionam exatamente como as bicicletas. Ora nos passeios, ora nas estradas para passarem nas passadeiras como se fossem peões e continuarem o trajeto na via da avenida seguinte. Um verdadeiro caos ao cimo da terra que não fica sozinho.

É que abaixo do solo, as estações de metro também são um verdadeiro caos onde se não tiveres cuidado és atropelado por quem corre para apanhar a ligação seguinte. Corredores enormes, curvas que podem esconder um atleta bem apressado que leva tudo à frente porque não pode perder um segundo que chegue a circular com moderação. E sim, por mais que andasse atento, fui atropelado por atletas mais afoitos que não viam ninguém pela frente. 

E o tempo mudou...

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O Verão prolongou-se bem para além das semanas desejadas e outrora tradicionais, com a água a escassear, os terrenos a ficarem secos e o país a entrar em alerta pela seca que se começou a fazer sentir. Mas agora, assim como quem não quer a coisa, o tempo finalmente parece ter mudado para as temperaturas de Outono e embora a chuva não tenha chegado dentro do que é necessário, as temperaturas já estão bem mais frescas, instáveis ainda, mas os pingos é que parecem só se fazer notar por uns ligeiros momentos que de pouco servem para colmatar a falta que a água está a fazer há meses pelo país. 

Arrefeceu assim de um dia para o outro, deixamos as mangas curtas para andar de casaco, os chás voltaram a ser recrutados em maior quantidade e por casa as mantas já começam a espreitar com o desejo de serem usadas para os dias que tardaram em chegar. A nível pessoal foi bom ter um pouco mais de bom tempo por umas semanas, meses mesmo, mas já sentia a falta do tempo fresco para vestir roupa mais quente, andar de roupão, calçar dois pares de meias, sair de casa com o casaco e tirar os lenços e cachecóis das gavetas para voltarem a ficar pendurados para que possam ser usados e recrutados pelo último minuto antes de colocar o pé na rua. O ar condicionado do carro já é ligado no máximo pelos primeiros instantes da viagem, no trabalho a temperatura ambiente não mostra a realidade do exterior e em casa o calor é bem recebido.

Proibido de conduzir em Lisboa

Há uns meses saiu aquela linda lei que proibe os carros com data de matrícula anterior a 1992 de circularem ao longo das horas de maior movimento pelas estradas lisboeta. Eu, que tenho o velhinho Opel Corsa lá tenho respeitado a lei e ontem, Domingo, voltei a usar as linhas de Metro para me deslocar dentro da capital. E não é que até não se anda mal?

Deixei o carro junto à estação do Oriente, apanhei a linha Vermelha e depois a Verde e lá fui eu para a zona da Baixa/Chiado ver as montras, fazer umas (poucas) compras e beber café com o sol a brilhar por cima da moleirinha. Aproveitei o Domingo, fui sozinho porque sentia que tinha de ter aquelas horas só para mim sem qualquer preocupação e confesso que andar de Metro dentro de Lisboa até se torna numa mais valia. Não tive qualquer problema em estacionar o carro, poupei combustível com os semáforos e o seu pára arranca habitual, não fui obrigado a pagar parque e ainda consegui fazer a viagem a ler a revista que comprei pelo caminho. O que pode correr mal quando não se tem o carro há mão para quem como eu está habituado a ter sempre as quatro rodas por perto são os horários. Com carro a sensação que se tem é que se consegue sempre chegar mais rápido a qualquer local, existindo ainda a ideia de que se existir uma emergência com o carro tudo se torna rápido. De resto e tirando também a parte do horário em que de noite as estações de Metro em Portugal ainda não estão abertas, vejo e aponto que pela nossa capital começarei a andar cada vez mais de transportes públicos porque a facilidade é muito maior. 

Mais Ídolos? Enjoo!

O que se passará pela mente dos diretores de programas de alguns canais nacionais quando fazem determinadas escolhas sobre os formatos que irão lançar para os próximos meses?

Na SIC têm andado a perder há anos os serões de Domingo com talent shows atrás de talent shows, que mesmo perdendo vão renovando temporadas. Agora e depois do insucesso das últimas edições de Ídolos e Factor X e também da presente temporada de Achas Que Sabes Dançar?, que tem ficado em terceiro lugar no seu horário, o futuro irá recair, segundo uma revista semanal, em mais um Ídolos, pela sexta vez!

Se o programa já mostrou nas suas últimas versões que já não cola e agarra o público, se as apostas semelhantes também não consegue fazer nada de jeito, qual a ideia de insistirem em algo que irá voltar a penar ao longo de vários meses consecutivos? Algo não está bem pelas direcções televisivas quando surgem tais informações sobre as futuras apostas que decidem fazer, mas os interesses entre estações e produtoras parecem falar mais alto através dos contratos existentes por aí.

Até agora sabe-se que João Manzarra será o apresentador masculino dos novos Ídolos, como tem acontecido pelas últimas edições, estando Cláudia Vieira de fora do projeto por ter uma nova novela para protagonizar pelos próximos meses.

Mais do mesmo, mais um projeto sem grandes audiências e tudo irá continuar como tem estado até aqui. Com uma TVI líder nos serões de Domingo, com as suas apostas também repetidas mas que conseguem conquistar, e uma RTP cada vez mais forte capaz de deixar as apostas da SIC para trás!

A casa de Marisa

Marisa Cruz2Existem frases de gente famosa que deixam qualquer um com vontade de rir e a Marisa Cruz é um dos casos vip que por vezes deixa escapar palavras que se tornam alvo de comentários que podem gerar risota, como é este o caso.

Ao folhear uma revista semanal com citações deparei-me com esta «A TVI é a minha casa», proclamada numa entrevista a uma outra publicação por Marisa Cruz, o antigo rosto do Euromilhões. A questão que me apareceu desde logo foi... Mas será que se a TVI é a casa profissional da ex-mulher de João Pinto, esta só vai à sua moradia de longe a longe como se fosse uma visita ou um familiar mais próximo?

A Marisa não tem acordo contratual que a segura à estação por tempo definido, trabalhando pelos produtos que apresenta, só é chamada esporadicamente para ir liderando alguns programas onde os apresentadores vão rodando e não estão definidos, não tem sido uma aposta segura da direcção e somente serve como uma beldade que tapa buracos quando as outras apresentadoras estão ocupadas, estando assim no ar uma ou duas vezes por mês. É certo que Marisa Cruz está há anos na TVI e já é um rosto do canal, mas daí a dizer que o mesmo é a sua casa, vai uma grande diferença! Ela pode sentir-se bem onde está e com as pessoas com quem trabalha, mas não tem um vínculo que a una à estação, a não ser os anos de ligação que têm sido mantidos entre ambos.

Marisa, uma casa é onde as pessoas habitam e são vistas praticamente todos os dias, e neste caso parece-me mais que a TVI é para a apresentadora como uma moradia de férias ou onde são passados alguns fins-de-semana de longe a longe!

Uma frase pode ter mil significados e esta é uma delas, pelo menos dois teve, o de quem a proferiu e o meu!

Contratos de exclusividade

Até há uns meses atrás a TVI era dona e senhora dos contratos de exclusividade sobre os atores que mais aparecem no ecrã do canal. Com a crise estes vínculos contratuais começaram a ser excluídos para só ficarem com pouco mais de uma dezena de rostos exclusivos. Agora e porque a SIC começou a chamar as caras que têm feito a ficção do canal concorrente, tudo vai voltar atrás e os famosos contratos irão voltar.

SP Televisão é a produtora responsável pelas novelas e séries nacionais da SIC e nos últimos meses alguns dos atores que tinham estado vinculados à TVI e que viram entretanto o seu acordo terminar com o canal mudaram-se, tendo mesmo alguns já assinado novos contratos com a produtora responsável pela novela Sol de Inverno. Como os agora livres têm estado a fugir, a direcção da TVI vai tomar uma posição e os famosos exclusivos vão voltar a acontecer porque existem mais que dez rostos que todos querem manter no canal, mas sem um acordo para tal acontecer, as mudanças podem aparecer e outras estação fazerem o apelo.

Um canal que é líder e que quer manter três novelas no ar ao mesmo tempo, produzindo também séries pelo meio, e ter somente uma dezena de atores fixos não é nada. Por um lado defendo a rotatividade dos rostos, mas também não convém andar assim com tanta rodagem. Se um profissional mantém o público fidelizado e se sente bem onde trabalha, para quê mudar e deixá-lo fugir? Existem nomes que têm feito história dentro do mundo da ficção da TVI e não percebo a reacção do canal quando decidiu terminar os contratos de exclusividade com certos nomes que são a marca da casa.

A SIC mesmo com uma menor produção já abriu os olhos e percebeu que tem de manter os seus principais pilares presos para que estes não dêem o salto para a concorrência. Na TVI tudo estava perfeito até a crise acontecer e os atores começarem a ver os seus acordos a não serem renovados.

Os contratos de exclusividade estão novamente a entrar na moda pelos principais canais de televisão nacional e felizmente que isso acontece porque existem coisas que não deviam ter terminado.

Cristina Ferreira... SIC ou TVI

Uma das questões mais noticiadas nos últimos meses, porque tão depressa aparece como destaque na imprensa como já ninguém comenta, é o facto da direcção da SIC, mais concretamente Gabriela SobralJúlia Pinheiro quererem ter a estrela da TVICristina Ferreira, no canal que dirigem. Este assunto já se tornou tão rotineiro que se algum dia acontecer ninguém vai acreditar!

Será que a imprensa não tem mais nada para colocar nas suas páginas que consiga chamar os leitores a comprarem o jornal ou a revista? A apresentadora e companheira nas manhãs de Manuel Luís Goucha já confessou que é amiga das duas mulheres que comandam o canal concorrente para o qual trabalha, mas também já contou à imprensa que tem contrato com a estação de Queluz por uns bons meses. Como é que se fazem notícias de que a SIC quer a Cristina e que esta pode estar a caminho do canal para ser o rosto da mudança nas manhãs e tardes que está a ser preparada para acontecer em Janeiro, quando a apresentadora revela que está bem onde está e embora tenha amizades do outro lado, isso não implica a mudança de camisola?

A Cristina já revelou que até se sentir bem no local que a lançou para o estrelato não se mudará porque além de estar bem e com um bom ordenado, tem ao seu lado uma pessoa que admira enquanto colega. O contrato só termina no próximo ano, por isso qual a razão da imprensa já andar a falar desde o ano passado que a saloia da Malveira poderá estar com um passo no canal do lado? Uma coisa é fazer uma notícia quando as coisas são certas, outra é supor porque neste caso é bem compreensível que um canal que luta pela liderança queira ter no seu lote de apresentadores um rosto que garante audiências e que tem apresentado na sua carreira formatos líderes e com o carinho do público. Elas podem querer, mas quem manda em Queluz também a quer e não a vai deixar fugir assim tão facilmente!

Algumas questões bem interessantes... Será que Cristina se mudará mesmo nos próximos anos para a SIC por amizade e um melhor salário? É que o caso de Júlia Pinheiro poderá pesar nesta contratação porque a ex-estrela da TVI mudou-se, começou a apresentar o Querida Júlia e embora já tenha pisado o horário nobre do canal que agora dirige, o sucesso de outrora já não está do seu lado. E sair de um canal onde se é a estrela maior de entre um lote de talvez oito ou nove apresentadores e passar para um com dezenas de pessoas que podem estar à frente de um programa e com vontade de brilhar também poderá ser um risco, não? É certo que quando se está no topo e pouco se pode subir existe sempre a tentação de recomeçar tudo de novo para batalhar dia-a-dia pela reconquista, mas essa batalha pode correr mal como é visível em alguns casos que nem aquecem nem arrefecem desde há mais de dois anos!

Vários são os pontos favoráveis e contra à mudança de Cristina Ferreira da TVI para a SIC ao longo do próximo ano, mas não me parece que este salto e rotura com todo um passado feito de sucessos aconteça porque a apresentadora do Você na Tv! sabe que o seu público é o do canal onde está e não o elitista que prefere os programas de conversa de Carnaxide.

2014 poderá significar uma mudança na carreira de Cristina Ferreira, ou não, mas pela imprensa, desde que se tenha assunto para se colocar na capa já é muito bom e o resto é conversa!

Ok ficou mesmo Ko

Antes de começar já o seu trágico destino estava traçado! O programa Ok Ko que a direcção da TVI resolveu apresentar aos seus telespetadores nos serões de Verão não resultou, mas isso não seria mais que previsível visto há uns tempos na SIC ter passado o Salve-se Quem Puder que após a primeira semana também deixou de fazer o efeito desejado? Um tiro no pé que antes de acontecer já andava a fazer estragos!

João Paulo Rodrigues é o fenómeno que o canal de Queluz encontrou no ano passado e que consegue ter os espetadores do seu lado... Vera Fernandes uma voz bem conhecida da rádio Cidade Fm e que deu o salto para o ecrã como ninguém... O que correu mal então? O formato em si!

Já ninguém tem paciência para ver duas ou três pessoas de frente para uma parede ou luva de boxe à espera de serem empurradas para uma piscina de água gelada. O formato não tem nada de especial e tirando a parte dos concorrentes e convidados mudarem dia após dia nada mais há de atraente neste tipo de programas que não conseguem cativar o público.

O Ok Ko surgiu como a aposta para o início do serão ao longo de várias semanas deste Verão, mas rapidamente a direcção do canal percebeu que tinha errado e retirou do ar o que nunca deveria de ter sequer idealizado como uma boa aposta.

Conclusão, as novelas que andavam a ser poupadas para poderem durar mais uns tempos estão neste momento a serem exibidas em doses ampliadas e sem necessidade, já que existem produtos engavetados e à espera para serem transmitidos e que podiam ter feito boa figura nesta altura do ano sem se ter que apostar erradamente numa piscina que meteu água e que agora tem que ver os restantes programas gravados irem para o ar num dia e horário para o qual não foram idealizados.

Um Ok que só podia dar num grande Ko! Apostas erradas para se atrair um outro público... Só me fazem lembrar a Júlia e a Sobral com a aposta no Portugal em Festa!

A demora dos telejornais

É um facto bem notório... No nosso país tudo tem que acontecer de forma diferente e para pior. Até os espaços noticiosos das nossas televisões demoram muito mais tempo que na maioria dos países desenvolvidos do mundo. Existe necessidade de termos quase duas horas de notícias seguidas nos canais generalistas?

Com o universo dos canais de cabo a crescer constantemente e com os generalistas a apostarem também nesse meio, tendo já cada estação um canal dedicado à informação, onde está a necessidade de exibirem em horário nobre quase duas horas de telejornal? Ainda para mais quando na maioria das vezes são transmitidas notícias banais e que não interessam à maioria do público.

Nos dias que correm, onde tudo tem que ser mostrado de forma rápida e onde o mundo está em constante mudança e comunicação, o facto dos informativos da RTP, SIC e TVI serem tão longos é uma barbaridade. Não se percebe como ao longo de todo este tempo, falo dos últimos anos, os diretores televisivos ainda não terem a noção que se começarem a oferecer outro tipo de programas naquelas horas o público se mostra aderente.

Meia hora de telejornais é o suficiente, ainda para mais quando estamos num país desenvolvido, onde o mundo da internet nos consegue levar a todo o lado. A par disto, para quem quiser saber e ter outro tipo de notícias, existem os canais informativos no cabo que poderão explicar melhor e com mais tempo as notícias do país e do mundo das últimas horas.

A lentidão com que as notícias são apresentadas aos portugueses pelos nossos canais de televisão só mostra o quanto a capacidade de arriscar e cortar com todo um passado existe. A par disto o facto da concorrência ser forte e onde o que um faz o outro tem de fazer, não se arriscando assim com outro tipo de oferta para aqueles horários, também mostra descaradamente o seu peso.

Eu defendo que trinta minutos seriam os suficientes para se informarem os telespetadores. Quem quisesse estar mais tempo a ver notícias com comentadores e entrevistados em estúdio, aí que procurem os canais no cabo porque eles existem por algum motivo.