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O Informador

O Pintassilgo

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Autor: Donna Tartt

Ano: 2014

Editora: Editorial Presença

Número de páginas: 896 páginas

Classificação: 4 em 5

 

Opinião:

Demorei mais que o tempo desejado a ler O Pintassilgo, no entanto isso não faz desta obra de Donna Tartt menos boa. Este é um dos meus livros do ano, sem sombra de dúvida!

Com uma escrita simples e sem os grandes malabarismos que acreditei que iria encontrar nesta obra, O Pintassilgo é daquelas longas narrativas que sempre se vai desenrolando sem enfadar ao longo de praticamente novecentas páginas, sem cansar e sem causar monotonia no que vai sendo contado. Com uma simples história onde a arte se une às palavras através da vida de Theo, o miúdo que se torna num adulto num ápice, somos levados a percorrer caminhos complicados e onde nem sempre o que está ao virar da esquina é a melhor continuação para se seguir em frente. 

Ao longo do livro várias são as personagens que se vão cruzando com Theo, personagens essas excelentemente elaboradas por uma autora que sabe tocar nos pontos essenciais para conquistar o leitor através dos pequenos pormenores que vão sendo relatados. O que um acontecimento consegue alterar no rumo da história de uma pessoa é o grande destaque de O Pintassilgo que percorre detalhes onde a escuridão, os medos, dilemas e a crença se cruzam para a protecção pessoal poder acontecer. Transformando o pensador Theo num viajante do mundo onde a experimentação do bem e mal vai acontecendo, o leitor consegue dar por si a circular pela cidade através de um corpo desta personagem que consegue ser vista e onde conseguimos entrar psicologicamente, sabendo no final da obra como as suas reacções vão acontecendo e o que esperar pelos momentos seguintes a cada novo desafio. Da adolescência problemática à juventude complicada e recheada de meandros para passar ao adulto fruto de todo um passado e onde um casamento começa a bater à porta, se não fosse tudo voltar a mudar porque um quadro perdido espera e uma esposa não merece assim tanto amor... As dores de uma relação de filho e pai, namorado e namorada, amigo para amigo, amigo para paixão, vendedor para comprador... Tudo envolvido resulta num Theo com ligações inocentes e crenças nas pessoas que por vezes só lhe querem passar a perna, isto até ao momento da verdadeira percepção da verdade acontecer, entendendo ai o que realmente interessa na vida. Será que as coisas boas só surgem da bondade ou por vezes os pontos de maldade também se conseguem transformar numa parte positiva no futuro? Nada é assim tão linear como previamente concebemos e isso é a grande lição que O Pintassilgo nos transmite!

O Pintassilgo anda lento...

Volto a frisar que estou a adorar a leitura de O Pintassilgo mas tem sido difícil arranjar um tempo ao longo das últimas semanas para conseguir pegar no livro e despachar umas cem páginas de vez! Ando a ler quinze/vinte páginas por dia e não passa disso! Assim quando conseguirei terminar esta leitura que me tem conquistado desde o início que foi na primeira semana deste mês?

Neste momento faltam-me 262 páginas para tudo terminar!

Protecção literária

Aquelas pessoas que afirmam que ler é desperdiçar tempo não sabem mesmo do que falam e devem adorar viver no seu mundo onde não existem reflexões, comentários e debates. Ao ler reflete-se sobre os diversos temas que vão aparecendo ao longo das histórias e isso é tão melhor que andar por aí em busca da imperfeição da vida alheia.

Ando a ler O Pintassilgo, tal como já tinha revelado, e ao longo da leitura das duas primeiras partes desta obra, que me está a conquistar, dei por mim a pensar em como uma pessoa viúva ou separada sem saber onde o seu antigo parceiro foi parar lida com o pensamento da própria morte quando existem filhos menores ao seu cuidado.

Tenho amigos e conhecidos que foram criados simplesmente com um dos progenitores e ao longo das primeiras cem páginas da obra de Donna Tartt fui pensando em como seria a vida de x ou y se o seu principal e único cuidador faltasse quando ainda existissem vários anos pela frente enquanto criança? O que um pai/mãe pensa ao longo dos anos em que é o único sustento das suas crias sobre a possibilidade, porque existe sempre a hipótese de acontecerem fatalidades, de uma perda? Onde ficam as crianças nessa altura, com quem, quando por vezes não existem avós com condições para os aceitarem ou familiares próximos capazes de se chegarem à frente? Situações complicadas que por vezes atiram jovens para instituições porque a vida não lhes foi meiga com a perda, por variados motivos, de quem mais os queria ver bem.

Já vos disse...

... que estou a adorar O Pintassilgo? Tenho de admitir que pensei que conseguiria ler mais páginas diárias do que estou a conseguir, mas o atraso na leitura não se deve à história que é das melhores. Neste momento vou na página 139 e confesso que não estou em nada cansado desta obra de Donna Tartt.

Cansado só mesmo pelo peso do livro que conta com 896 páginas que andam comigo de um lado para o outro neste período de férias passado entre casa, esplanadas, jardins, piscina e praia!

Atual leitura... O Pintassilgo

O Pintassilgo é daqueles livros que tenho há vários meses em espera para conseguir pegar-lhe num período de férias e levar a sua leitura até ao fim em poucos dias. Este é o desejo e neste período de férias em Outubro trouxe na mala esta volumosa obra de Donna Tartt para a tentar despachar de uma assentada pelos próximos dias e não andar com este livro atrás por semanas e semanas em período laboral. Será que conseguirei devorar o Vencedor do Prémio Pulitzer numa semana e ao mesmo tempo que outras leituras vão surgindo aqui e ali? Prometo que vou tentar! 

O que ler agora... Julho

Há umas semanas lancei o desafio para me ajudarem a escolher que livro ler a seguir. Agora e porque a primeira experiência com a vossa ajuda correu bem, volto a socorrer-me das vossas escolhas para eleger a minha próxima leitura!

Neste momento tenho dezoito livros em espera, todos na lista que se segue e da qual só terão de seleccionar um. O mais votado será anunciado no dia em que terminar de ler Sapatos Italianos, de Henning Mankell, sendo assim o meu próximo companheiro literário! 

Vá, escolham bem e sejam amigos!

O que vou ler agora é...

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Há dias coloquei a votação por estas bandas um pedido de ajuda para escolherem o livro que irei ler pelos próximos tempos! Como chegou a hora de começar a desfolhar então a minha nova leitura, é chegado também o momento de revelar o top três das obras mais votadas pelos leitores do blog e consequentemente a vossa escolha.

Leitura para as férias

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Embora ainda esteja a ler O Bicho da Seda de Robert Galbraith, ou melhor, de J. K. Rowling, já começo a pensar qual ou quais os livros que levarei comigo para a semana de férias alentejanas que já está a bater à porta!

Confesso que quando comprei O Pintassilgo pensei que iria passar uns meses em trabalho pela zona algarvia, algo que acabou por não acontecer por motivos internos da empresa que decidiu ainda não arriscar no alargamento para sul. Como não fui e não devo ir pelos próximos meses para longe de casa em trabalho tenho andado a guardar esta obra de Donna Tartt para umas férias mais alargadas, o que não será o caso desta vez. Como tal talvez deixe este livro para trás por mais umas semanas!

Agora a dúvida está entre todos os outros com autores como Haruki Murakami, Daniel Silva e Domingos Amaral bem conhecidos e que dão vontade de voltar a pegar nas suas escritas a combaterem com as novidades pessoais de Pedro Chagas Freitas, Lisa Genova e Henning Mankell. Entre isto existe A misteriosa Mulher da Ópera, um romance escrito a sete mãos nacionais e que também poderá ser uma das opções literárias da próxima semana. 

Não ficou na foto mas existe ainda a hipótese de ler A Chave de Salomão de José Rodrigues dos Santos, A Mansão Thurston de Danielle Stell, Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Márquez, E Depois do Amor de Ray Kluun e A Minha Vida com George de Judith Summers. 

Vontade de ler O Pintassilgo

Já andava com uma certa curiosidade sobre o livro de Donna Tartt, que tem feito as delícias de muito e tão comentado pelas redes sociais e imprensa especializada. Agora, depois de ler a entrevista da autora pela revista Visão, a vontade sobre O Pintassilgo aumentou, só existindo um senão entre a curiosidade e a realidade!

O enorme número de páginas que a obra tem, 896, e a falta de tempo para a leitura não estão a ajudar a dar o sim a este tão bem criticado trabalho lançado no nosso país pela Editorial Presença.

A perda e o sentido da vida são os principais temas deste romance que narra o início da fase adulta de Theo, 13 anos, desde a perda da mãe num atentado terrorista num grande museu, até à entrada na vida de jovem adulto perdido em negócios, drogas e amores.

Conseguirei atirar-me à leitura de O Pintassilgo pelas próximas semanas? Gostava, mas tenho algum receio por não querer estar semanas a fio a ler uma só obra, embora sinta que conseguiria sair inspirado e apaixonado por este romance que levou mais de uma década a ser escrito e que tem feito as delícias de muitos numa história que vai de Las Vegas a Amesterdão, mas onde Nova Iorque é o grande centro.