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O Informador

Dinastia | T3 | Arrumar a história sem avançar

Netflix

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A terceira temporada da série Dinastia chegou, vi com calma, e sinceramente a ideia com que fiquei foi que esta nova fornada serviu para estabilizar uma história que começou bem, foi totalmente estrangulada na segunda fase e agora tentaram remendar a situação, o problema é tudo quererem fazer e conseguirem baralhar demais. 

Se numa primeira temporada foi dado a conhecer ao público o seio de duas milionárias famílias, os Carringtons e os Colbys, onde as relações se unem com ganância, corrupção, poder, dramas, conflitos e muita aparência e esta série muita novelesca conquistou, na segunda fase tudo pareceu forçado, desde a continuação da história às próprias personagens em si. Na segunda temporada além de terem de substituir atores e personagens pelas saídas repentinas de algumas estrelas, existiu quem tivesse visto a sua presença na série reduzida, aparecendo em episódios esporádicos e acabando por estragar o que estaria aparentemente previsto. Na terceira temporada, embora duas personagens tenham alterado pela terceira vez de atrizes, as coisas parecem ter corrido melhor em termos de desenvolvimento, no entanto o problema é a forma como encaixam de forma forçada as novas histórias que aparecem de um momento para o outro para depois permanecerem, mas muito descabidamente. 

Com uma terceira atriz como Crystal por incompatibilidades entre as anteriores e a produção e também com a substituição da personagem Alexis Carrington, a mãe da protagonista Fallon, que com vários acidentes vão desculpando-se com plásticas para substituírem as atrizes, nesta terceira temporada de Dinastia a história parece continuar o que foi deixado anteriormente, sem fazerem alarido às substituições como havia acontecido antes, o que mesmo assim não me agradou por perceber que não conseguem manter um elenco de temporada para temporada, para mais sempre com as mesmas personagens em jogo neste tabuleiro de substituições.

Dinastia | 1ª Temporada

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A Netflix apostou em 2017 numa série familiar em modo novela onde tudo e mais alguma coisa parece prestes a acontecer para dar cabo de uma família milionária com muitos segredos à mistura. Adaptada de um formato com o mesmo nome da década de 80, Dynasty, tem nas suas personagens, bem desempenhadas e defendidas pelos atores, o verdadeiro foco onde os dramas, a corrupção, ganância e conflitos são gerados em torno exclusivamente de duas coisas, do poder e das aparências. 

Os Carrington só querem manter a sua imagem limpa e continuar a ostentar a sua supremacia sobre os demais. Tudo começa com o casamento de Blake, o pai, com Crystal, uns bons anos mais nova e que luta por ganhar o seu próprio espaço no seio da empresa e na própria família. Para que isso aconteça existe o confronto com Fallon, a filha, que colocada para trás na suposta promoção a que tinha direito na empresa, começa a guerra com a nova Sr. Carrington. 

Numa junção de etnias, conflitos geracionais, sexualidade e estratos sociais, Dinastia aborda com grande eficácia a diversidade cultural, colocando em cena o amor nutrido entre um motorista negro e a sua patroa, uma relação homossexual, a emigração para com a busca da nacionalidade... Estes são pontos fortes da série, bem defendidos e tratados de forma banalizada, sem fazer de qualquer dos temas um problema, debatendo, mostrando e agradando pela forma como tudo é levado, sem chocar e mostrando uma simplicidade, sempre com as complicações que uma família recheada de problemas fornece, mas onde o que para muitos ainda não é normal, nesta produção tudo flui, o que é de louvar.