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O Informador

O Dioguinho e a CMTV

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O Dioguinho e a CMTV são dois monumentos da informação portuguesa. Com eles podemos saber tudo. Todos os detalhes sobre qualquer facada ou atropelamento que tenha acontecido em qualquer parte do país. Todos os detalhes sobre a opinião de Joana Latino sobre a roupa que Rita Pereira vestiu no Portugal Fashion. Tudo sobre as críticas que as redes sociais estão a fazer a Carolina Patrocínio pela forma como está a divulgar o nascimento da terceira filha. Bem dizia o Ricardo Araújo Pereira que agora temos interesse em saber a opinião das redes sociais mas antigamente ninguém queria saber a opinião dos snack-bares.

 

A notícia perfeita: quando a CMTV é notícia no Dioguinho

Quando os dois se juntam, é perfeito! É quase como jogar no NetBet Casino ou noutra plataforma de casino online e ganhar um jackpot nas “slot machines” virtuais. Tudo o que temos na CMTV é maximizado de forma magistral pela “pena” do Dioguinho.

Foi o que aconteceu há poucos dias, no final de Março, quando o divórcio do comediante e apresentador João Paulo Rodrigues deu azo a peixeirada na CMTV. Um programa de fofocas da televisão resolveu apontar baterias ao apresentador da SIC e à sua vida privada e o Dioguinho não podia deixar passar isso em claro – ele está sempre atento ao que vai passando na televisão do Correio da Manhã.

Doida Não e Não! | Manuela Gonzaga

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Autor: Manuela Gonzaga

Editora: Bertrand Editora

Edição: 5ª Edição - Fevereiro de 2018

Lançamento: Fevereiro de 2009

Páginas: 408

ISBN: 978-972-25-3557-1

Classificação: 5 em 5

 

Sinopse: A mulher que enfrentou Egas Moniz, Júlio de Matos e os sábios da época. Filha e herdeira do fundador do Diário de Notícias. Mulher do administrador do mesmo jornal, o escritor Alfredo da Cunha. Presa num manicómio por um «crime de amor». Os factos relevantes têm início em Novembro de 1918: era uma vez uma senhora muito rica que fugiu de casa, trocando o marido, escritor e poeta, por um amante. Tinha quarenta e oito anos, pertencia à melhor sociedade portuguesa. O homem por quem esta senhora se apaixonou, tinha praticamente metade da sua idade e fora seu motorista particular. Era herdeira do Diário de Notícias e a sua história chocou a sociedade da época.

 

Opinião: Maria Adelaide Coelho da Cunha apresenta-se socialmente como filha do fundador do jornal Diário de Notícias, sendo a presumível herdeira do império criado em torno da publicação. Casada com Alfredo da Cunha, jornalista e escritor que se torna no administrador do jornal de família de Maria Adelaide, o casamento perfeito é vivido perante toda uma sociedade no início do século XX. 

Com classe, poder e sabedoria, Maria Adelaide e Alfredo da Cunha são o centro de inúmeros eventos sociais e culturais onde gostam de recebem no Palácio de São Vicente os amigos mais próximos e os conhecidos influentes que convém ter por perto nas lides sociais e políticas do país. Com grandes saraus de demonstração pública onde as letras e o teatro tomam lugar em representações bem formatadas para receberem e mostrarem grandeza perante os outros, o casal mostra ser coeso, apaixonado e um exemplo a seguir perante o modo de vida da época. 

Embora dada aos outros e mesmo perante a criadagem, Maria Adelaide sempre seguiu a linha que lhe estava pré-destinada, até ao dia em que se acabou por apaixonar pelo seu antigo motorista, Manuel Claro, uns bons anos mais novo. Deixando marido e filho para trás, esta senhora da alta sociedade não temeu a falta de liberdade da época, seguindo o caminho que o coração lhe indicou, perdendo a vida requintada e de luxos que sempre teve para aprender a ser uma cidadã comum que resolveu enfrentar uma mudança total a favor da sua vontade. 

Desaparecendo da vista de todos e deixando tudo para trás, levando consigo o pouco que conseguiu, sem luxos e dinheiro, Maria Adelaide seguiu os passos de Manuel Claro, cuidando e entrando num mundo que não era o seu. Do Palácio de São Vicente para primeiramente as ruelas de Lisboa, seguindo-se as passagens pelas aldeias do Norte, este exemplo de mulher sem medos para a época enfrentou a mudança, resistindo aos avanços de quem a quis contrariar, mas o castigo chegou. 

Pouco depois do seu desaparecimento familiar e social, Maria Adelaide é encontrada por Alfredo da Cunha, que através de buscas profissionais conseguiu encontrar a mãe do seu filho que para si não se encontrava no seu perfeito juízo. Com manobras de poder possíveis na altura, esta mulher foi internada no Conde Ferreira, no Porto, um manicómio onde entrou como louca. Louca por ter desistido de tudo e amar verdadeiramente um homem comum, sem ambições e com pouco para lhe dar em troca, a não ser um amor real que ultrapassou ao longo do tempo barreiras. O tempo passa, Maria Adelaide consegue nunca cair no pressuposto de enlouquecer e a vida vai seguindo com esta senhora presa numa casa de doidos e a sua paixão numa cadeia como autor de um rapto e violações que não aconteceram.

A partir daqui começa uma luta de palavras onde as acusações são feitas diretamente através de publicações em jornais nacionais e locais com Alfredo da Cunha a fazer recurso do seu Diário de Notícias para mostrar a todos que a sua mulher está louca, através de artigos, crónicas e mesmo livros, como é o caso de Simplesmente Louca. Já Maria Adelaide usa outros serviços informativos nacionais como A Capital para mostrar que de louca pouco tem, sendo vitima de uma cabala montada para denegrir a sua imagem. Doida Não! foi o primeiro livro lançado da autoria desta suposta louca que não passa de uma guerreira exemplo para muitas outras e o filme começou com confrontos pela imprensa do antigo casal, onde também advogados, médicos pagos, onde se inserem Júlio de Matos e Egas Moniz, para alterarem os resultados dos processos e análises desta mulher e familiares começaram a mostrar o seu parecer publicamente através de crónicas e livros publicados dando conta das várias versões da história.