Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Informador

O caso do Bebé de Ourém

Felizmente o pequeno Martim, o bebé de dois anos de Ourém que entregue à avó desapareceu enquanto ficou sozinho por uns minutos nas redondezas da habitação, foi encontrado a dois quilómetros de casa após vinte e cinco horas após o seu desaparecimento. Mas várias questões são colocadas sobre este tema!

Primeiro, se foram feitas buscas por populares e autoridades pelas redondezas do local onde a criança desapareceu, como é que só depois de um dia o mesmo é encontrado próximo da casa da avó, com a chucha e o peluche com que desapareceu? Uma criança de dois anos vai deixando cair as coisas, para mais tendo passado supostamente uma noite pela rua! Tudo aponta para um rapto que depois pelo alarido deixou alguém com receio, acabando por deixar o pequeno num local onde poderia ser encontrado dentro de pouco tempo.

No entanto a questão que levanto verdadeiramente é sobre a responsabilidade daquela avó! Como é que uma senhora conseguiu deixar um bebé de dois anos a brincar sozinho durante um período de tempo para que o mesmo tivesse desaparecido do local onde tinha sido deixado? Uma criança não se deixa assim sozinha, seja em casa, na rua ou no carro. A avó afirma que o deixou a brincar junto à casa enquanto foi picar uma cebola! Mas será que não fez todo o refogado até voltar a vigiar o menor? Onde anda a responsabilidade dos adultos para com as crianças que num instante podem desaparecer, ingerir alguma coisa, cair, etc...

Assim é que as coisas acontecem!

Pleno Centro Comercial Colombo com pessoas a circular de um lado para o outro, tal como é normal, passo pelo corredor onde se concentram grande parte das lojas de vestuário infantil, aquele que também tem um parque de diversão ao longo do espaço. O que oiço quando vou a passar e me fez parar para perceber onde os adultos iriam depois? Pois, aquilo que muitos pais fazem sem medir o risco que tal atitude envolve!

Uma criança aí com cinco anos sobe para um dos divertimentos e o pai, muito ocupado sabe-se lá com o quê, diz-lhe «Não saia daqui», acrescentando ainda «Fica só aqui que a gente já vem» e foram, deixando o menor por ali a brincar e a correr as atracções mais próximas. Eles, os pais, enfiaram-se dentro de uma loja cuja montra nem dava para ver o local onde o miúdo se encontrava, ficando aquela criança entregue a si própria, podendo ir para onde quisesse e desaparecer com alguém porque quem olha para os milhares de pessoas que entram pelos centros comerciais diariamente não adivinha quem está por detrás de um rosto.

O bebé da Madeira

Num dia do mês de Janeiro os noticiários televisivos da hora de almoço abriram com a notícia de que um bebé tinha desaparecido no concelho da Calheta. Na altura e passados vários dias de notícias com teorias sobre o desaparecimento do menino, como a da criança ter andado a pé durante quilómetros, ter sido raptado e afins, fui dizendo aqui por casa que a reacção dos pais perante tal desaparecimento não era normal, existindo ali algo a esconder.

Agora sabe-se que as suspeitas que também foram colocadas pela judiciária na altura acabam por ser confirmadas e os pais do pequeno Daniel já estão a ser ouvidos e interrogados. Após a mãe de Daniel ter deixado a casa onde vivia para ir habitar com outro homem, o pai quebrou o silêncio e informou as autoridades que as suspeitas que tinham sobre os progenitores acabam por se confirmar, mas somente com a mulher.

O menino ia ser vendido, primeiramente por mais de 100 mil euros e depois por metade do valor, o que iria facilitar a vida dos vendedores de uma criança inocente. Aquela família sem condições de habitação já não tinha os filhos consigo pelas últimas semanas devido às desconfianças existentes, agora confirma-se que as situações do passado não aconteceram por mãos alheias e que foi no interior do seio familiar que se deu o desaparecimento que acabou pelo reaparecimento do pequeno pela mata.

Como um pai ou mãe consegue colocar em prática a venda de um filho que foi gerado por si? Não existirá amor numa relação destas? Tantas e tantas vezes se afirma que amar é quem cria e toma conta e isso é mesmo a pura das verdades! Aquela mãe, quem é ela para conseguir deixar desaparecer um filho da sua vida para poder ter alguns milhares de euros consigo e poder fazer uma melhor vida? É certo que nas condições em que vivem não conseguiriam dar um futuro muito risonho às duas crianças da casa, mas será mesmo necessário atingir tal situação?

Um quase crime que tem de ser bem esclarecido porque existem mais pessoas envolvidas no caso que mostra que existem seres que não nasceram para serem pais!