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O Informador

Confinamento com saída diária

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Os dias de confinamento aqui por casa têm sido passados dentro da mesma base. Todo o dia em casa, numa pasmaceira entre televisão, leitura e escrita, enquanto vou petiscando aqui e acolá. Porém o ponto alto do dia é mesmo a saída após o almoço para o andamento diário onde tenho feito cerca de dez mil passos, o que corresponde mais coisa menos coisa a oito quilómetros.

Todos os dias, quando o tempo permite, e durante duas horas, saio para a rua e percorro os caminhos desertos entre a natureza, afastado de tudo e todos, para me esticar e exercitar, já que nestes tempos do «fica em casa» continua a ser necessário manter o passeio higiénico e o exercício para que o corpo não se habitue a ficar sentado no sofá.

Exercitar corpo e mente

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A quarentena voluntária, por encerro temporário do local de trabalho, obrigou-me, e ainda bem porque só assim me sinto um pouco mais protegido, a ficar em casa. Fechado em família e a reaprender a ocupar os muitos tempos livres com o possível dentro de quatro paredes, aproveitei esta pausa forçada para regressar aos treinos diários que desde o primeiro dia mantenho rigorosamente e sem falhas. 

Comecei e ainda estou na fase dos andamentos. Todos os dias, geralmente entre as 09 e as 10 da manhã, já de pequeno-almoço tomado, saio de casa rigorosamente equipado, de telemóvel no bolso, auriculares nos ouvidos, óculos de sol na cara e disposição para enfrentar uma hora completa de andamento. Sigo a viagem sem paragens, para locais onde sei que não irei encontrar ninguém e mesmo que me cruze com alguma da pouca vizinhança que faça o seu passeio higiénico naquele horário é somente um «bom dia» e seguimos viagem por não existir tempo, espaço e proximidade para mais nos tempos que correm. Uma hora é o tempo que destinei desde o primeiro dia para os meus andamentos, onde vou juntando um pouco de corrida porque nada tem de ser forçado, sendo sim necessário ter calma também com o corpo que há alguns meses estava mais parado em termos de andamentos, exercícios e afins. 

Agora que comecei com este sistema regular para o bem estar físico, e uma vez que a intenção já vinha detrás mas a força de vontade faltava, espero que quando toda esta situação social voltar a normalizar, que consiga manter esta nova rotina, não no mesmo horário porque sei que nem sempre conseguirei ter tal possibilidade, mas pelo menos a intenção é deixar uma hora por dia para colocar o corpo a exercitar-se. Se agora não custa depois também não custará deixar uma hora do dia, de manhã ou tarde, para seguir viagem a pé porque estes andamentos não fazem simplesmente bem ao físico, sendo também um bom exercício para a mente. Costuma-se dizer que mente sã em corpo são e a realidade é essa mesmo!

 

Regresso aos treinos!

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O tempo ainda se mostra instável mas quando o sol brilha lá aparece um sinal de que a Primavera quer aparecer de vez para ficar. Com os dias mais longos chegou também a vontade de voltar aos treinos que abandonei no início de Outubro quando o frio e a constipação se uniram à preguiça. 

Confesso que neste primeiro dia custou um pouco porque seis meses de pausa fizeram mossa num corpo que voltou a andar muito mais parado e sem o andamento de corrida. Nem aos três quilómetros e meio consegui chegar e no meio disto andei ainda uns bons metros porque não aguentei a pedalada mais apressada do início ao fim. 

Para um regresso não está mau mas pensei que conseguiria fazer melhor! No final da corrida, deixei-me descansar um pouco e depois exercitei braços e pernas para me habituar também a não correr, esticar os músculos e já está!

De regresso aos treinos

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O frio ainda se faz sentir só que a claridade ao final da tarde já começou a esticar e a vontade de voltar a colocar os ténis em funcionamento após o trabalho começa a borbulhar. Daqui a uns dias voltarei às corridas pelo final do dia para que volte a entrar no ritmo do ano passado que deixei quando a chuva começou a aparecer praticamente ao mesmo tempo que uma constipação mais forte logo no início do Outono de 2015 fez-se sentir!

Equipamento no saco e vontade de voltar à rotina! Agora só falta mesmo colocar as pernas ao caminho para que a corrida e o treino comecem a marcar presença daqui a uns dias!

Gripe vs. Exercício

Há duas semanas que me ando a portal mal! Sim, admito que ando a fugir dos eixos previamente estabelecidos e com a desculpa de andar engripado, com dores musculares e sem vontade alguma para qualquer coisa que seja, acabei por deixar as corridas para trás por duas semanas consecutivas. 

Estou assim neste momento com seis cartões vermelhos por ficar duas semanas, com três dias de corrida cada, sem calçar os ténis e meter as pernas na passadeira. Ainda não será hoje que retomarei o que tem corrido bem até esta gripe aparecer por ter tido alguma tosse, daquela seca e irritante, ao longo da noite, mas lá para o meio da semana quero acreditar que já estarei em condições de voltar a abrir o saco, mudar de roupa ao final da tarde e correr de um lado para o outro afim de atingir novamente os cinco quilómetros diariamente e em meia hora. 

Costumes dominicais

Mãe desta casa afirma que ao Domingo não se corre!

Ora bolas que não sabia que os Domingos são uma espécie de dia santo por estes lados onde se afirma que não se pode fazer isto e aquilo porque não se deve! Explicação lógica não existe, só mesmo porque é assim e pronto, nada mais a perguntar porque não existem justificações possíveis! 

0 em comportamento

Sair depois das dezanove não dá com nada para ir treinar antes do jantar! Na Segunda-feira desisti da corrida, passando a mesma para hoje, Quarta-feira, que voltou a ficar para trás. 

Não me quero justificar a mim próprio por não comparecer ao que auto imponho, no entanto sair após as dezanove e saber que o jantar em casa se pratica religiosamente pelas vinte é apertado de mais... Entre viagem e mudança de roupa já ficamos quase pelas dezanove e trinta, com os cinco quilómetros o tempo vai passando e quando chego a casa já o horário de jantar passou e terei de ouvir alguém resmungar, como uma cassete riscada, que «nada é feito a horas nesta casa» e que por jantarem mais tarde, por minha causa, já não conseguem ter a cozinha despachada para assistir ao começo da novela em paz. 

Companheira de treino

Inesperadamente ontem ganhei uma companheira de treino que começara amanhã pelo final da tarde a correr de um lado para o outro comigo. Não sente motivação para correr sozinha, estávamos a falar de ginásios, caminhadas e grupos que se juntam em determinados dias pela zona para correrem e acabei assim por ganhar uma companhia até então desconhecida para partilharmos os futuros quilómetros de corrida.

Amanhã começaremos a correr os dois e vamos lá ver quem será o elo mais fraco das pernas e da não concentração respiratória, mal que parece afetar os dois. 

Ia morrendo!

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É muito bonito ir correr e querer ficar sempre por cima do resultado alcançado no último treino, o pior é o que vem ao longo do percurso!

Após ter feito na Segunda-feira seis quilómetros em trinta e cinco minutos, achei que hoje conseguiria ultrapassar tal valor! Conseguir consegui, o pior foram as paragens, a língua de fora, a sede e as dores que apareceram subitamente pelo pé. 

No final de contas cheguei a casa cansado, mais morto que vivo, mas valeu a pena e ultrapassei o valor que tinha feito anteriormente.

Corrida urbana

Até agora, porque vivo num meio rural, os meus momentos de corrida têm sido feitos mais pelo campo, em estradas onde poucos carros passam e onde também raramente nos cruzamos com um outro corredor, ciclista ou alguém em andamento. Agora que estou de férias tudo no treino é diferente!

Com a saída do apartamento vou ligando a aplicação do telemóvel para controlar o tempo e distâncias feitos. Assim que entro no passeio logo arranco com o relógio que fica sintonizado com as pernas em movimento. Por aqui, Portimão, corro pelo meio da cidade, passo nas passadeiras, cruzo-me com pessoas que vão a pé para casa depois de um dia de trabalho ou descanso, faço parar o trânsito para passar, cruzo-me com outros corredores bem mais acelerados que eu e percebo que com isto consigo percorrer mais quilómetros e ainda os faço com uma média inferior de tempo.

Como isto é possível não sei mas tenho uma explicação privada para tal! Ao ver pessoas, andar no meio do caos, a motivação e distracção vão acontecendo com uma maior facilidade, não tendo na mente que estou somente a correr. Vou vendo o que se passa em torno dos locais por onde vou passando e assim o tempo vai andando e os quilómetros a ficarem para trás.