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O Informador

Desaparecido mas vivo!

Eu sei que tenho andado desaparecido do blog, mas tenho estado presente pelas redes sociais como habitualmente. Para os mais atentos, este ano de 2023 tem sido uma autêntica roda viva por estes lados, entre desfechos e novos ciclos e sempre que me deixo ir abaixo algo fica para trás e é necessário depois voltar a recuperar o ânimo e a alegria para recolocar tudo no seu devido lugar e seguir em frente com a calma desejada e tão ambicionada. 

Comecei o ano mal, logo acreditei que me levantei para acabar por levar nova retirada de tapete onde acreditei ter o futuro. Agora as coisas começam a ajeitar-se ao perceber que nem sempre me posso entregar e esperar que do outro lado façam o mesmo porque nem todos somos e estamos com a mesma capacidade e disponibilidade para não magoar o próximo. 

 

Contínuo por aqui...

Ando meio que desaparecido por estes lados, eu sei e percebo que as vossas visitas se ressentem um pouco também por não existir diariamente algo novo para vos contar, mas acreditem que estou num momento, que já vem de alguns meses para cá, de mudança e transformação, e talvez sinta necessidade de parar, ordenar as minhas ideias, organizar a minha vida de outra forma, mas estar bem comigo e poder também entregar-me aos outros e ao que gosto. Sempre estou por aqui, mais ou menos ausente, e as redes sociais, principalmente o Instagram, continuam a ser a minha principal casa online neste momento. Quero criar, quero renascer e estar bem acima de tudo, e para isso é necessário existir espaço, algum reconhecimento e aprendizagem. 

Medo de sair magoado

Hoje em dia vivo com o medo de me deixar magoar de novo, vivo a pensar que já dei mais passos do que devia e que as consequências podem ser complicadas para quem não se queria apaixonar tão rapidamente e acabou por ser apanhado pela surpresa dos afectos sem que procurasse o romance.

Sim, estou apaixonado, sim, vivo de medos e receios que as coisas não funcionem e que me volte a magoar por pensar demasiado talvez ou por não querer aos trinta e seis anos de idade andar a brincar aos casais como se tivesse a descobrir o amor. Sei o que quero, acredito que aprendi com os próprios erros do passado, estou a viver as coisas como se tudo fosse novidade e quero tanto, mas tanto, que o futuro esteja a ser construído com alicerces para seguirmos em frente de mãos dadas.

 

Noite de Domingo em casa

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Domingo sempre foi aquele dia para ficar em casa após o jantar. Posso sair todos os dias da semana, mas o Domingo é geralmente aquele dia, que mesmo que trabalhe durante o dia, quando chego a casa é para não sair mais, gostando de vestir o pijama e ficar a descansar como se fosse o dia de reflexão para fazer a pausa e preparar por umas horas a semana que logo está prestes a começar.

Este é aquele hábito que sempre me tem acompanhado ao longo dos anos, que mesmo com boas temperaturas, mudanças de rotina ou férias, gosto de manter como se se tratasse de um ritual. As noites de Domingo são para ficar em casa, mesmo que esteja a «não fazer nada» ou apenas a existir até o sono surgir. 

Belos ventos de mudança

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Há uns dias tinha folga propositadamente marcada porque queria muito marcar presença no lançamento do novo livro da Patrícia Madeira, Até Quando?, e organizei-me para estar livre neste dia por não querer mesmo faltar, após não o ter conseguido fazer com o lançamento de Prisioneira do Tempo no ano passado. De manhã fiz a minha vida normal em dia de pausa no trabalho e após o almoço segui com calma até Almada, passei a Ponte 25 de Abril, e quando já estava quase a chegar ao Fórum Almada percebi que tinha o blusão descosido por baixo de um dos braços. Oh, tinha que fazer uma compra extra uma vez que não tinha no carro como substituir a vestimenta. Entrei no parque de estacionamento, subi aos pisos das lojas, segui na procura pelas marcas onde possivelmente iria encontrar algo que me agradasse e fui rápido na decisão. Visitei três espaços e em menos de quinze minutos estava de casaco novo vestido, pensando agora que era o momento ideal para ir comer alguma coisa antes da hora do evento chegar. Assim fiz, procurei a restauração, decidi qual o menu que me apetecia desgostar naquele momento, comi enquanto via um pouco da série Smiley e já despachado voltei ao carro, fui buscar o livro que iria ser lançado, sentei-me um pouco nos sofás dos corredores do centro e em menos de nada, entre leitura e telemóvel era chegado o momento da apresentação de Até Quando?, da querida Patrícia Madeira. Segui corredor fora, uma pessoa passou por mim duas vezes e pensei "só mania" mas segui... Cheguei à Fnac com alguma vergonha característica neste tipo de eventos, logo encontrei pessoas conhecidas e conheci finalmente a autora com quem falo há uns bons meses devido às suas obras que me têm feito boa companhia. A apresentação começou e só tenho a dizer que aquele final de tarde e início de noite levou-me para outros estados, percebi que afinal é possível nunca dizer não, que as primeiras impressões podem enganar e tornarem-se belas surpresas. Sim, a apresentação terminou, fiquei um pouco e regressei a casa com o telemóvel com algumas notificações inesperadas e que foram o ponto de partida para algo de bom que tem vindo a acontecer. 

Imprevisto que machuca

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Existem momentos em que é necessário parar e refletir, organizar aos poucos e dentro do que é possível as ideias e perceber que o fundamental afinal passa por barrar completamente o passado, procurando viver para o presente e sem também não pensar muito no futuro que sempre é uma incógnita.

Isto é muito bonito de ser dito só que colocar em prática não é bem assim para uma pessoa que gosta de pensar antes de acontecer para não ser apanhado de surpresa e é mesmo esse ponto que acaba por me magoar, quando o inesperado bate à porta sem que estivesse equacionado e acaba por dar a volta a vidas que estão, dentro do suposto, a seguirem as suas linhas que parecem estabelecidas. 

 

Acreditar é possível

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O mês de Fevereiro tem sido vivido de mudanças e hoje, bem mais tranquilo que há uns dias atrás, percebo que por vezes é mesmo necessário cortar com o passado para se conseguir seguir em frente e voltar a sorrir.

Na vida cada um de nós vai passando por várias fases e neste momento percebo que nem todos os pontos negativos que se atravessam no nosso caminho nos conseguem deitar abaixo, sendo por vezes essa mágoa que nos ajuda a sair mais fortes, a saber valorizar pequenos pormenores a que não damos valor e acabando por rejuvenescer fortalecidos. 

Custa bastante ver o certo trocado pelo incerto, a certeza pela dúvida, mas quando as gavetas começam a ficar arrumadas e a dor consegue iniciar o processo para se desvanecer, o amadurecimento aliado com a aprendizagem acabam por vencer, mostrando que é sempre possível retirar pontos positivos do que nos magoa.

Neste momento em que vos escrevo começo a olhar mais para mim, percebendo que as circunstâncias da vida se reúnem para alterar o que por vezes acreditamos não ser possível. É necessário acreditar e ficar com o espírito livre e leve ajuda a que novos ventos surjam para nos encaminhar por novos caminhos, abrindo horizontes e alterando o que me parecia estar a tornar-se num estado depresivo. 

 

Vazio

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Existem momentos em que a solidão surge e perante a qual é necessário tentar dar a volta para que não nos deixamos abater.

Ainda há dias, quando em dia de folga, que geralmente era um dos dias que conseguia fazer algo bem acompanhado, me apercebi que estava sozinho e sem saber como me ocupar, acabei por me deixar ir abaixo, caindo no vazio. Tentei enfrentar esse sentimento, seguir o meu caminho, mas não foi fácil. Chorei, recuei, voltei a tentar, não consegui, acabei por me deixar abater quando não queria.

Eu sei que ainda é cedo para me querer olhar ao espelho e ver uma pessoa forte em fase de mudança, eu sei isso tudo e agradeço a força que me vão dando, mas o sentimento de vazio é tão grande quando a ideia de seguir em frente existe sem saber ao certo o rumo a ser tomado porque o que parecia estabelecido terminou e é necessário agora conseguir com esforço dar a volta, procurar um novo rumo solitário e colocar em perspetiva novos horizontes para não deixar que a mágoa interior prevaleça e sobreviva num corpo e mente que pretendem reagir e que ainda não sabem como o podem fazer. 

 

Menino sem Mundo

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Um menino super educado mas no seu próprio mundo!

Sim, este sou eu, segundo as palavras de uma amiga com quem trabalhei e que se referiu em conversa comigo e ela tem razão. Sempre fui um menino, jovem e adulto bem educado mas muito dentro do meu próprio mundo, aquele que poucos deixei que entrassem e que sempre tentei resguardar, em demasiado, para mim, como se todos os que se pudessem aproximar tivessem consigo a chama do veneno para o estragar. Isolado de muitos, como se tivesse um muro ao meu redor, sempre vivi com que numa bolha muito própria que por vezes acabou por se transformar numa mágoa pessoal por não deixar que a vida e o tempo fizessem o seu trabalho de casa de forma correta. Sempre fui o menino super educado mas no seu próprio mundo que a poucos dei a conhecer e que muitos afastei, mesmo que mostrassem estar do meu lado, por ser talvez algo frio ou não tão disponível para o próximo como hoje percebo que deveria sempre ter sido. O menino que não é do mundo aqui está agora, a perceber as suas falhas e a tentar com algum custo dar a volta a mais de três décadas onde achou que vivia tão bem de forma paralela para com os outros que se auto colocava na margem. Ainda existe espaço para deixar entrar quem me quer bem no meu mundinho isolado? Quero acreditar que sim!

Adeus «para sempre»

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13 anos depois o «para sempre» deixou de fazer sentido sem que me tivesse apercebido que estava tão concentrado em mim e em fazer as coisas de forma correta que desleixei o que acreditei ser seguro e para a vida.

Errei, hoje percebo que a segurança do que achava ser certo era pura imaginação fantasiosa da minha parte e que tudo o que pensei estar a fazer de forma correta afinal não estava a ser assim. Segui sim uma linha com um ponto final pela frente, tudo por deixar de estar e também por desleixar o que acreditei estar a ser o correto.

Fui demasiado egocêntrico nos últimos tempos, deixei de prestar atenção e agora estou como não desejei, sentindo-me o único culpado de uma situação para que fui alertado de outros pontos que podia acontecer mais cedo ou mais tarde pela minha incapacidade de reação. Por estes dias o «para sempre» deixou de me fazer sentido porque chegou o Adeus como que uma imposição que me está a ser complicada digerir por ser inesperada e me ter deixado vazio, sem fundamento e com a incapacidade de dar a volta por me sentir um fracasso.