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O Informador

Escuteiros na noite

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Muitos irão voltar a reagir contra o que vou partilhar, no entanto tenho de regressar ao tema dos escuteiros que andam por ai de noite, sem coletes refletores.

Falei em tempos nos grupos de crianças que circulam de noite sem um adulto por perto e de não compreender os pais e encarregados de educação que colocam os menores nestes grupos que passam fins-de-semana a fazerem muitas vezes provas físicas no mato, com chuva e frio, quando depois são tão preocupados que os têm de deixar praticamente na porta da sala de aula para que não andem uns metros a pé e corram riscos a atravessarem a estrada. Agora falo de jovens mais velhos que não têm a ideia básica da importância de serem visíveis perante os condutores que por eles passam. 

Há dias, numa estrada com pouca iluminação, e sem qualquer aviso, deparo-me com um grupo de jovens a pé, sem qualquer sinal ou colete refletor no elemento da frente. Existia um colete sim, mas numa das pessoas que ia mais no centro do grupo e que levava ainda um casaco por cima, tapando parte do colete, o que acaba por não lhe valer de muito. Primeiro esse elemento, ao ser o único com refletor, deveria ir na frente, sendo que todos deveriam levar coletes. Ao não levarem coletes podiam pelo menos levar uma lanterna na mão, mas nem isso existia naquele grupo. Se a estrada pouca luminosidade tinha, se iam no escuro e sem identificadores, como queriam ser vistos? Dei pelos jovens quando as luzes do carro se aproximaram do primeiro rapaz que ia na frente e percebi que em fila lá circulavam, mas antes disso nada me fez ter um maior cuidado porque não existia forma de antever o que iria surgir, para mais num caminho onde não existe passeio, circulando o grupo por cima do traço que divide a estrada da vala. 

Ser escuteiro... Não compreendo!

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A questão de ver miúdos escuteiros por ai ao frio e a percorrerem quilómetros de estrada ao escuro, com lanternas na cabeça e sem estarem acompanhados por adultos é daqueles temas que nunca vou compreender e com o qual me debato sobre quem me vier dizer que os seus filhos andam nos escuteiros e que os pais ficam descansados quando as suas crias ficam noites fora de casa ou dias onde não sabem o seu paradeiro e o que andam a fazer. Desculpem-me a sinceridade, mas estas provas de aptidão para mim não colam e não as consigo aceitar!

Há dias voltei a cruzar-me com quatro miúdos, com idades entre os dez e os treze, não mais que isso, quando já era noite cerrada. Os quatro de coletes florescentes colocados, três deles com lanterna na cabeça e cada qual com o seu «cajado» de guerra. Pelo menos quatro quilómetros aqueles pré adolescentes iam fazer para chegarem a nova pista junto de uma pessoa mais velha e que no lugar de estar sentada em espera que grupo a grupo fosse chegando deveria sim andar a acompanhar no sentido de ser responsável pelos elementos mais novos que colocam a andar por ai, vagueando com um sentido que só os mentores percebem e que nunca vou entender. Conheço jovens que se iniciaram nos escuteiros em criança e que hoje são lideres de grupo e adoram, defendendo estas atividades, as noites frias passadas fora de casa, em tendas partilhadas e onde por vezes cada qual tem de se desenrascar com a sua própria alimentação e comodidades ao longo de estadias de horas em que assentam arraiais após caminhadas de longa distância para voltarem a acordar e ter um novo caminho pela frente. Os miúdos gostam, ok, mas será que não deviam existir cuidados redobrados com estes jovens grupos que circulam em estradas sem iluminação e onde os acidentes acontecem, para mais quando a circulação não é feita em fila pela berma da estrada, mas sim ao lado uns dos outros. Sei que as regras ditam todas as leis de proteção na estrada, mas essas mesmas regras não são cumpridas quando se é mais novo e se pensa em brincar e aproveitar o momento de caminhada para colocar a conversa com os amigos em dia. 

A cobra da colega

Sem qualquer explicação e perante o meu olhar, a colega de trabalho viu uma cobra e começou aos berros esganiçados que o animal só não deve ter morrido no local por vergonha de ter sido vista sem roupa! Os gritos foram tantos que ao acompanharem a corrida que foi feita naquele momento consegui ficar sem noção do que ela dizia com tanta atrapalhação sobre o que tinha visto, o tamanho, as ricas cores, com direito a riscas pretas e amarelas!

Uma cobra apareceu, não lhe caiu pelas redondezas mas o efeito foi demasiadamente estridente que pareceu que alguém tinha sido encontrado morto ou que se tinha aleijado naquele exato momento. Sim, só porque estava ali ao pé dela não me consegui assustar, mas tive de alertar todos os restantes que se assustaram em como estava tudo bem depois de tanta euforia.

O Informador e a gaivota

«Tens duas hipóteses de olhar a gaivota à janela. Ou a vês elevar-se no ar, asas abertas, repetindo a imagem de milhões de abraços, ou a vês descer à água e a despedaçar um peixe. Sonhador das horas vagas, que não pediste conselho. Alterna e terás a realidade.»

Lídia Jorge

Um pensamento que se aplica tantas e tantas vezes à vida de todos nós. Ora estamos bem, com tudo a sorrir à nossa volta, ora caímos a pique como se o inferno tivesse aterrado nas nossas vidas.

Eu tenho tido vários momentos em que quando parece que estou no topo do mundo como a gaivota que voa bem alto, tudo começa a desmoronar-se e despedaço-me para voltar a recuperar o meu bem-estar de seguida.

Sou um sonhador nas horas vagas e um realista e pessimista na maioria do tempo, enquanto vou alterando entre os vários estados vou vivendo a minha vida como todos os seres que andam por aí. Sou uma unidade no meio de milhões, não voou como a gaivota, mas subo e desço como ela nos altos e baixos da vida.

Boa noite! Sou o McDonald's!

Uma ida ao McDonald's não é só sinal de que se vai comer algo feito à pressão, também é sinal de que vamos observar alguma coisa que nos chama a atenção por algum motivo.

Desta vez apetece-me falar da bonita frase que os empregados por quem somos atendidos nos obrigam a ouvir... «Boa noite! Sou a Joana!». Será que eu quero mesmo saber o nome dos empregados do restaurante que me estão a servir no espaço de pouco mais de um minuto? Aquilo são as ordens que têm e que são iguais para todos os espaços da marca, mas não é ridículo aquelas pessoas terem que nos dizer o seu nome sem nós o querermos saber?

Um dia que me apanhem um pouco em estado de gozação ainda lhes digo em jeito de resposta... «E eu sou O Informador!»

Gosto de conduzir

Quando me meto a conduzir assim durante mais tempo que o costume é que percebo que gosto mesmo de o fazer. Existem muitas pessoas que não gostam nada de andar ao volante de um carro, mas eu adoro.

É uma das coisas que me acaba por distrair dos desafios do dia-a-dia. A condução, seja feita de forma lenta ou apressada, faz-me bem porque ocupa-me um pouco a mente, vejo sempre o que se vai passando por onde passo e vou ali ocupado.

Gosto de estar ao volante do automóvel a conduzir até mais não. Não noto tanto este meu gosto quando faço as curtas viagens de casa para o trabalho e aqui pela zona, mas quando me afasto mais dos meus locais habituais sinto que é algo que não me chateia nada fazer.

Se a minha profissão exigisse andar a conduzir durante várias horas talvez já não tivesse motivos para dizer isto, mas como não é, não me importava de andar com o volante nas mãos ao longo de um dia de trabalho.

Conduzir é como um relaxamento, não sei bem explicar. Mas, de certo, quem gosta de conduzir sente o mesmo.

Raspadinhas

Um sucesso em crescimento é o que tem acontecido com as raspadinhas que são vendidas por todo o país. Este jogo social tem tido cada vez mais adeptos que têm vindo a trocar o totoloto e o euromilhões pelo prazer de poder raspar e vir a ganhar sem ter que esperar por dias fixos.

É um facto e não há que negar, as raspadinhas estão na moda e com as alterações que têm sido feitas através de melhores prémios por um menor preço, a corrida aos quiosques tem acontecido em maior escala e todos os vendedores têm sentido essa subida das suas vendas.

Há dias estava a falar com uma proprietária de papelaria que vende estes famosos jogos e ela contou-me que em três dias, em número de vendas, fez mais de três mil euros, sim, não me enganei, vendeu mais de três mil euros só em raspadinhas. Mentalmente fiz logo o cálculo de quanto deverá ganhar em cada unidade vendida. Se ela ganhar dez cêntimos nas de um euro, vinte nas de dois e por aí fora, em três dias tirou uns trocos e despesas praticamente não aconteceram.

Ou seja, vender raspadinhas é cada vez mais dinheiro fácil que entra sem ter que se fazer muito. As pessoas com a crise instalada no país procuram a sorte e esta está à mão em praticamente todas as esquinas por onde se passa. As raspadinhas estão na moda e eu vou já comprar umas para ver se me sai alguma coisa de jeito.

Quero uns óculos de sol

Como me costumam dizer, troco várias vezes de óculos de sol, mas não acho que isso aconteça assim com tanta frequência. Para os próximos tempos quero ver se me calham uns novos!

O ano passado não comprei, pelo menos é o que acho, mas os últimos que adquiri já estão tão riscados que tive que os colocar de lado e voltar a usar os que já devem ter para aí uns quatro anos. Eu gosto de comprar óculos de sol, confesso, mas também me custa dar tanto dinheiro por uns. Como uso óculos e lentes de contacto tenho receio de comprar óculos de sol baratos e que não me beneficiem a vista, por isso tenho que recorrer sempre a uma loja especializada e com bons modelos ao mesmo gosto.

Quero ver se agora me meto a caminho de uma dessas lojas, primeiro para saber quanto ficarão umas lentes novas nos últimos que comprei e cujo as lentes estão todas riscadas e com algo que parecem bolhas. Depois e consoante o preço que me disserem é que vou pensar se comprarei uns novos ou não!

O que eu sei é que nos próximos meses quentes vou ter que ter ou os mais recentes bons ou alguns novos para usar, isso é certo!

Não se respeitam os cidadãos com dificuldaldes

Cadeira de rodasNum espaço público deste nosso país encontrei este papel de aviso na porta. Até aí tudo bem, mas se lermos a frase e analisarmos o espaço envolvente, dá para perceber que as coisas não se conjugam bem como é pretendido na frase que se segue...

«Para acesso por cadeira de rodas por favor solicite na Secção Central do Tribunal a colocação da rampa ou toque à campainha.»

O que se passa é o seguinte, primeiro, a pessoa para chegar até esta porta tem que subir um passeio, se estiver em cadeira de rodas, já não é totalmente fácil. Depois de chegada à porta tem duas soluções, ou volta para trás e vai à secção central do tribunal que é do outro lado da rua e tem várias escadas para se chegar ao seu interior ou então tem que tocar à campainha deste local. Mas não é que a campainha está à altura de um adulto de uma altura normal? Se alguém em cadeira de rodas não se consegue movimentar com tanta desenvoltura como a maioria dos cidadãos, como faz para chegar à campainha?

Será que não era mais fácil ter sempre a rampa colocada no local que até tem uma porta dupla e dava perfeitamente para ter sempre esta ajuda para quem necessita dela? Os locais da nossa função pública ainda têm muito para ser alterado até se encontrarem em condições de receberem todos os cidadãos que lhes têm direito. É o nosso Portugal!