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O Informador

Contadores de histórias do Porto

bluedragon porto

 

Os tempos de quarentena forçada começam a pesar e também a abrandar, embora os cuidados com as proximidades tenham de continuar a fazer parte do nosso dia-a-dia por precaução com a nossa saúde e a dos outros aos poucos vamos retomando a nova normalidade. No entanto começamos com as saídas à rua para além das deslocações para o trabalho e supermercado, sendo necessário agora ocupar o tempo em sossego e com planos onde poderemos desfrutar da comunidade e onde os riscos ficam também de lado.

Para quem vive no campo caminhadas e treinos são mais fáceis, mas para os citadinos e mesmo para quem quer conhecer um pouco dos grandes centros urbanos, existem muitos pontos fortes para se visitar e companhias perfeitas para descobrir as cidades. No grande Porto encontrei em pesquisa a Bluedragon, onde as excursões pela cidade são feitas com guias locais, ou como lhes chamam “Contadores de Histórias”, e de diversas formas, podendo até ser dito que fica à vontade do cliente. Muitos podem optar por andar de bicicleta ou até mesmo conduzirem um carro que é um completo guia sobre rodas mas depois existe o Porto Walking Tour onde podem ser escolhidos três percursos distintos que acabam por se completar. O Tour de Degustação de Comida e Vinho, onde os sabores do Norte e a história ganham destaque, o modelo Mordidas e Pontos Turísticos onde comer e pontos fortes do Porto são visitados e finalmente o Melhor do Porto Walking Tour onde o centro histórico da cidade é visitado e recontado.

Fiquei com a ideia de que quando tudo melhorar e também porque somente visitei a capital do Norte duas vezes e muito de passagem, estas tours Porto serão certamente uma boa opção para conhecer o essencial e não andar à procura a solo dos melhores locais que por vezes ficam por visitar ou conhecer um pouco melhor por existirem sempre falhas com horários e descrições sobre o passado e presente de cada local turístico e monumental.

Literatura | Personagens sem nome

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Gosto de ler sim, mas o que toca a decorar nomes de personagens e de locais pelas várias histórias que vou lendo não é o meu forte. Esta é uma verdade, são poucos os livros perante os quais neste momento olho para a capa e me lembro do nome das personagens centrais e mesmo das vilas ou cidades onde a maior parte da ação se desenrola. 

Isto acontece após a leitura do livro mas também mesmo enquanto estou envolvido com a história. Geralmente estou a ler, assumo quem é quem, mas não decoro os nomes, a não ser que o livro tenha mesmo o nome da personagem, como é o caso de O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder. Não sou mesmo bom a decorar os vários nomes que me vão sendo fornecidos pela literatura, pensando mais na sua aparência, quando a mesma é bem descrita pelo autor. Existem mesmo casos em que acabo por colocar alcunhas ou identificar determinadas personagens por x ou y, saltando mesmo de forma inconsciente a leitura dos seus nomes quando os mesmos surgem. 

Distância bloqueadora

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Gosto do Alentejo, não escondo que talvez me adaptasse a uma vida mais calma e longe da correria do dia-a-dia pela região, zona de Évora talvez, no entanto existem pontos que acabam por mostrar que as distâncias e desigualdades acabam por pesar e justificar o afastamento ao longo dos anos da população mais jovem das zonas rurais.

Vamos imaginar uma semana de calor no Alentejo, numa aldeia que conta com uns vinte minutos de distância da grande cidade vizinha. As pequenas vilas existem e os consequentes supermercados também estão fixados nessas vilas que vejo mais como aldeias. Os ditos pequenos supermercados para a população local parecem servir, no entanto para quem vai de fora passar uns dias não chegam. Vamos criar dois episódios que aconteceram comigo e que no quotidiano mais urbano ou mesmo na aldeia na região de Lisboa se conseguem resolver nuns rápidos minutos.

Primeiro incidente... O gás, de bilha, faltou a meio da confeção do jantar. Teríamos de imediato de resolver o problema para finalizar o que já estava a ser feito. Peguei na bilha e tentei ir a um café da aldeia que vende da mesma marca. Cheguei e logo fui informado que não tinham uma única unidade cheia para poder comprar, deixando a vazia em troca. O local mais próximo seria a uns dez minutos de distância mas como era supermercado já tinha encerrado porque no Alentejo profundo os supermercados mais conhecidos fecham praticamente no horário do comércio tradicional. Ou seja, nesse mesmo dia o gás não existia em lado algum. Tivemos de repensar nos pratos e tentar a sorte no dia seguinte, fazer os ditos quilómetros, entrar num estabelecimento onde os empregados estavam na hora do pequeno-almoço e pedir, tendo ainda de esperar, que me vendessem gás. Em casa tinha trocado o gás num ápice porque até as bombas de combustível o vendem, mas pelo Alentejo até colocar gasóleo tem de ser bem pensado porque os horários são somente diurnos, sem possibilidade de pagamento automático, e as bombas encontram-se a boas distâncias umas das outras.

Natal é concorrência!

As cidades deste país estão inundadas de grandes árvores de Natal num concurso sem prémio para se perceber qual a maior de 2016. Na verdade em Portugal tudo tem valor consoante as medidas e luminosidade, entrando-se sempre em corridas e disputas porque, como diz o ditado, «a minha galinha é melhor que a tua». São os presépios, onde a minha vila, Alenquer, tem um dos mais antigos e conhecidos do país, são as majestosas árvores natalícias, os divertimentos, agora os mercados de Natal, os comboios de passeio pelas ruas. De há uns anos para cá o que é certo é que em época de Natal as vilas e cidades começaram a ganhar um novo ânimo, convidando miúdos e graúdos a saírem à rua antes, durante e após os dias festivos para comemorarem ao ar livre e de forma bastante comercial uma celebração cada vez mais consumista. 

Em que cidade está a maior árvore de Natal este ano? E o presépio majestoso de 2016 onde pode ser localizado? Já agora, o bolo rei é rei e senhor em que pastelaria nacional? E os filhoses arrebatadores por onde andam?

O Natal já entra nas disputas territoriais e a procissão iniciada às uns anos ainda vai a meio! Para o ano teremos talvez o Marcelo a fazer de Pai Natal a visitar as pequenas aldeias deste país e a ser bastante requisitado, a Cristina a pousar de lingerie na sua revista como Mãe Natal e em digressão nacional e comercial, a Rita a servir tapiocas natalícias de mercado em mercado, o Malato a cozinhar com as mães deste país os doces tradicionais de cada região numa verdadeira disputa, o Ronaldo a marcar um golo em tons de vermelho e branco e o Sócrates a meter os presentes no saco para os levar para casa e distribuir pelos amigos. 

Motivos para adorar Lisboa

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Lisboa, a capital portuguesa, tem encanto e a revista Forbes elegeu com a ajuda dos critérios dos turistas mais de uma dezena de razões para visitar a nossa cidade. Todos sabemos que Lisboa está na moda, ou melhor, Portugal está na moda, e há que aproveitar todo este momento para criar novas condições que acompanhem o fascínio de quem nos visita. A História aliada à gastronomia, cultura, segurança, simpatia, arte e preços baixos dão o mote para que Lisboa seja adorada e aconselhada por quem passa. 

Com isto Ann Abel, jornalista e editora da revista norte-americana, afirma que além de segura e barata, a nossa capital encanta através das ruas pitorescas do centro histórico, da arquitetura dos edifícios lisboetas, dos palácios, da cultura, da melancolia e dos restaurantes do Chiado e do Príncipe Real que não passam despercebidos a quem por lá passa.

Eis os locais eleitos pela revista que não se deve deixar de visitar quando se viaja até à cidade alfacinha...

O recentemente inaugurado restaurante Bairro do Avillez e o Belcanto, ambos do tão bem conhecido e galardoado chef José Avillez que dispensa apresentações. Logo de seguida surge o bar do terraço do hotel Tivoli que provoca nos visitantes uma sensação única sobre a cidade de Lisboa. Ao mesmo tempo e porque a Cervejaria Ramiro tem obra feita, eis nova sugestão. O Chiado e o seu comércio tradicional continuam a mostrar que tudo pode persistir no tempo, basta baralhar, reciclar e servir de novo. É caso disso O Purista - Barbière, a barbearia dos tempos modernos e a loja A Vida Portuguesa com produtos tradicionais antigos à disposição do cliente. Quem anda por Lisboa não pode deixar de passar pelo Mercado da Ribeira, recentemente modernizado para acolher o negócio tradicional e atrair outro tipo de clientela.

Da cidade para o campo...

Aparecem os lisboetas na sua casa da aldeia e acreditam piamente que toda a rua com lugares marcados está ao seu dispor. Um carro consegue ocupar dois lugares mas dois ocupam cinco. Até aqui simplesmente fui ficando irritado quando chego a casa e percebo que não existe onde estacionar porque as pessoas não conseguem perceber que por estarem numa aldeia não têm de deixar os veículos a ocupar o parque que dá para cinco carros. 

Será que um dia destes conseguirei irritar-me a ponto de chamar as autoridades para uma multa que há tanto desejo ver ser aplicada a esta família com a mania de cosmopolitas que visitam os campónios e que podem fazer o que querem?! Confesso que saberá muito bem se tal vier a acontecer!

É Lisboa pois então!

2014 foi o ano do Porto ter sido a cidade escolhida como Melhor Destino Europeu numa votação mundial. Agora e porque Portugal continua na berra do turismo, há que votar na nossa capital para que o prémio continue por estas bandas.

Lisboa é uma das cidades nomeadas para Melhor Destino Europeu 2015, numa eleição que decorre no site www.ebd2015.com até 10 de Fevereiro. Lisboa volta assim a disputar o lugar que já foi seu em 2010 com cidades como Madrid, Barcelona, Amesterdão, Berlim, Praga, Roma, Londres, Paris, Viena e Istambul.

Que ganhe a melhor, a nossa pois então!

Um exemplo a seguir!

Pelo Alentejo, existe tempo e se por um lado as coisas podem não estar assim tão bem elaboradas, por outro existem pormenores que fazem a diferença e que mostram haver um maior cuidado com o futuro de crianças e adolescentes da zona.

Na biblioteca municipal de uma pequena vila onde todos se conhecem a preocupação para com os mais novos existe! Os horários e turmas de cada jovem estão ao dispor das funcionárias e estas conseguem controlar as faltas dos mais novos que fogem da escola para estarem pela internet e na brincadeira pelo centro da vila. Existe uma preocupação e um cuidado maior, sendo que assim que conseguem perceber que algum dos menores está a faltar às aulas logo o mesmo fica impedido de frequentar os computadores do espaço público, sendo a escola contactada para confirmar tais faltas e os pais do aluno posteriormente avisados sobre o que se anda a passar.

Muitas vezes pais e familiares mais próximos não percebem o que os mais novos andam a fazer até serem avisados devido à abundância de faltas dos seus educandos e aqui, em pela zona rural onde a calma e o tempo fazem a diferença, existe espaço para um maior acompanhamento da vila e das instituições públicas para com os jovens que andam pelas ruas quando deveriam estar sentados pelas cadeiras escolares com os livros pela frente.

Uma ideia de cuidados educacionais a ser seguida por outros centros rurais e urbanos do país e que consegue fazer toda a diferença no futuro escolar dos mais novos!

Drogas do Chiado

Ir passear pela zona do Chiado e Rossio é sempre sinal de que também te irão oferecer de alguma forma droga. Ora são os senhores que só de olhares ao longe percebes logo a razão pela qual estão naquele local, ora são pessoas que nem imaginas que andam a vender tais tretas à vista de todos e quase que mostram que têm autorização das autoridades para o fazerem publicamente.

Como é possível ser abordado de todas as vezes em que passeio por aquela zona por mais que uma pessoa a vender droga? O pior é ver que quem tem o dever de agir nada faz para tirar tais vendedores dos locais! Eles podem não ter o produto com eles e aquilo que mostram a quem passa ser plasticina ou algo do género, no entanto a situação cria medo de passar pelo local, dá mau aspecto, para mais numa zona tão movimentada por quem trabalha e por milhares de turistas que visitam a baixa de Lisboa todos os dias.

Acho inadmissível as autoridades não fazerem nada para retirarem aqueles vendedores com mau aspecto dos locais onde já são habituais! Antes só falavam entre dentes perguntando quando passávamos se queríamos comprar, agora nem perguntam, andam com pequenas embalagens na mão, criando situações embaraçosas a quem tem de passar ao seu lado.

Os vendedores de droga ou os enganadores do Chiado andam à vista de todos e ninguém se incomoda com tal facto! Com as autoridades a abafarem este tipo de situações ilegais, que causam algum receio nas pessoas, como se poderá circular numa cidade tão boa com pedras nojentas a aparecerem ao virar da esquina em forma de gangue?!