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O Informador

Aposta forte no BB2020

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Nuno Santos chegou à direção da TVI em Janeiro e aos poucos começou a mostrar algum trabalho a nível de programação e novos projetos, mas muito lentamente. O que tem feito de forma rápida é o número de contratações para criar o futuro do canal que foi líder durante anos para o deixar de ser com a saída de Cristina Ferreira para a SIC no final de 2018 e com o crescimento do canal da Impresa até à liderança. 

O novo diretor do canal de Queluz optou por ajustar futuras estreias e contratações para depois sim apostar forte com outros nomes que surgem de fora do canal e alguns até um pouco imprevisíveis mas que aos poucos começa a ser percetível a vontade de renovar, rejuvenescer e apostar no futuro de forma jovem, refrescante e onde o talento existe para desfolhar. 

A primeira grande aposta será no BB2020 e é nesse ponto que a primeira contratação, e também a que causou maior impacto foi mesmo a de Cláudio Ramos, que deixou os seus vários programas no universo SIC e mesmo a vizinhança de Cristina para abraçar a apresentação do regresso do Big Brother aos ecrãs nacionais. O Cláudio mudou, foi anunciado e começou a trabalhar. Os dias passaram e nada mais parecia acontecer dentro do que seria a aposta no reality show, começando o público a pensar que toda a restante equipa seria um pouco mais do mesmo do que foi feito anteriormente. Eis quando novos nomes foram anunciados e quase de rajada. Ana Isabel Arroja e Rui Simões, ambos rostos e vozes da Rádio Comercial, passarão também a entrar na casa dos portugueses com um papel a anunciar nos vários blocos diários do B2020. A surpresa surge logo de seguida com a contratação de Mafalda Castro, que esteve na equipa da última edição do programa da RTP, The Voice, onde acabou por ser a revelação ao lado de Catarina Furtado e Vasco Palmeirim. A influencer e responsável pelas manhãs da Mega Hits também está na equipa do novo Big Brother, sendo, segundo a direção do canal, uma aposta que chegou ao canal para ficar. Agora e sem se esperar, Ana Garcia Martins, a conhecida blogger A Pipoca Mais Doce, surge como comentadora residente do reality show e a grande promessa Maria Botelho Moniz, que nos últimos anos tem mantido um papel ofuscado na SIC, troca de canal e deixa a reportagem do programa de João Baião e o comentário no Passadeira Vermelha para ser uma das apresentadoras dos blocos do BB2020.

Há um mês estes nomes eram inesperados de ser chamados pela direção da TVI, agora começam a fazer sentido através dos pontos fortes que a equipa de Nuno Santos tem revelado sobre o futuro do canal. O lema é «a mudança começa agora» e até os rostos centrais do canal parecem estar em renovação para baralhar, dar de novo, intercalando com a apelidada novidade de quem promete e não teve até aqui a oportunidade de se destacar. Estes nomes, e mais uns quantos que devem estar para surgir, são o futuro da televisão e é nessa visão que parece estar o destaque do canal que caiu e agora tem a ambição de continuar a levantar o que correu mal em mais de um ano para voltar a ser o que era. 

Ganha | Adolescer é Fácil, #só que não

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Catarina Furtado, inspirada pela fase transformadora dos jovens que estão presentes na sua vida, criou o livro Adolescer é Fácil, #só que não, numa forma de ajudar os adolescentes a viverem uma das fases mais transformadoras ao longo do seu percurso. A apresentadora da RTP e ativista dos Direitos Humanos lançou assim esta obra partilhando de modo intimista as suas experiências pessoais e familiares, onde também demonstra o trabalho feito enquanto Embaixadora das Nações Unidas e na Associação Corações com Coroa. 

Com prefácio de Ricardo Araújo Pereira e ilustrações de Rodrigo Mota, este livro debate ao longo de cinco capítulos vários temas sobre a adolescência, entre eles, o crescimento, a família, o luto, a perda, amizade, amor, sexo, conquista e os mais diversos assuntos que podem e são abordados entre os jovens nos dias que correm. 

Como forma de vos poder presentear, tenho um exemplar de Adolescer é Fácil, #só que não, para vos oferecer, através de uma parceria com a Porto Editora. Este passatempo irá estar disponível até às 19h00 de dia 19 de Maio, Domingo, e nesse dia será revelado o nome do vencedor nesta mesma publicação, sendo o sorteio feito através do sistema automático random.org. O premiado será contactado via email também para ter conhecimento de que irá receber na morada indicada, no ato da participação, o seu prémio. Para a participação ser válida tens de seguir os passos que se seguem...

«Ela que use roupa decente»

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Andava a vaguear pelas redes sociais quando me fixei numa partilha da Joana Azevedo, uma das principais animadoras das tardes da Rádio Comercial, onde se podia ler o que se segue. «A Catarina Furtado disse, a certa altura no nosso podcast, que também tinha sido assediada em contexto profissional. Comentário de ouro lá no FB, de uma mulher: “ela que use roupa decente”. Bem-vindos a Portugal.».

É sobre esta partilha que me apetece falar! O comentário que uma mulher faz sobre o modo de estar de outra reflete a realidade aos olhos de muitas mentes pequenas e retrogadas. Em pleno século XXI pergunto-me como é que as pessoas ainda conseguem afirmar que as mulheres é que têm de se recatar através do seu modo de vestir e de estar na vida para que não provoquem comportamentos menos próprios no sexo masculino? Será possível existirem mulheres que ainda culpam outras que se gostam de arranjar e de serem assim as responsáveis por sofrerem de assédio sexual? Este tipo de pensamento já devia estar tão nos anos 70 que hoje parece algo pré-histórico. O que se entende é que para muitas falsas puritanas uma mulher bonita, com o corpo definido e que chame a atenção de qualquer pessoa tem de se disfarçar de ogre para que os homens não olhem sequer. Parece-me que as pensadoras de outros tempos continuam a achar que a culpa nesta problemática está sempre do lado feminino e não nos senhores babados que não respeitam quem está do outro lado. 

Ou seja, as mulheres têm de se voltar a meter em casa, de pano na mão e esfregona na outra, com as janelas fechadas e as saídas minimas à rua onde os trajes têm de conter uma saia a limpar o chão, camisolas de gola alta, lenço a esconder o cabelo, nada de maquilhagem na cara e perfumes bem longe. Certas mulheres perante outras mulheres que se destacam tendem em afirmar que o assédio e os comentários menos bons por parte dos homens para com esses alvos só acontecem exclusivamente por culpa dessas senhoras que pelos vistos não vestem roupas decentes e ainda se pintam para provocarem a ala masculina da sociedade. 

Criar ilusões no Eurovisão? Não concordo!

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Muitos foram os famosos e anónimos, como eu, que comentaram a decisão de Portugal colocar na apresentação do Festival Eurovisão da Canção 2018, a decorrer no nosso país pela vitória do ano passado de Salvador Sobral, um quarteto somente composto por mulheres. Foi o caso de Rita Ferro Rodrigues que concorda com a escolha das quatro apresentadoras, não entendendo é o facto de não existir um rosto negro entre as escolhas da RTP. 

Se na minha opinião ver Catarina Furtado, Daniela Ruah, Filomena Cautela e Sílvia Alberto juntas na condução deste evento é um erro pela desnecessidade de existir dispersão na apresentação, sendo depois um erro não ter entre estes nomes um dos rostos masculinos do canal, já para a apresentadora do ainda existente, mas já com dia final marcado, Juntos à Tarde, da SIC, a questão é somente outra.

Líder do movimento e da plataforma Capazes, Rita Ferro Rodrigues comentou o facto da escolha ter recaído somente em «mulheres brancas». Foi pela sua conta no Twitter que a apresentadora relembrou que em «2017 foram só homens a apresentar a final da Eurovisão, 2018 só mulheres. Nada a apontar», mostrando apoio ao ver quatro mulheres na condução do evento, tal como tanto defende, não dando assim hipótese à igualdade de género que Portugal não quer mostrar à Europa. O que Rita não percebe e acha como «grave é o facto de ambos os painéis serem compostos apenas por pessoas brancas. Por tudo o que isto significa ao nível das oportunidades e da representatividade. Falamos sobre isso?». 

Podemos falar sobre isto sim! Como é que queriam que a RTP apostasse para um evento especial em algo que não faz ao longo do ano? Quantos apresentadores de cor negra é que a estação pública tem nos seus principais programas para agora, de um momento para o outro, poderem ser aposta num evento que toda a Europa vai transmitir? Pelo que percebo neste comentário da apresentadora, a vontade era que a direção do canal e Portugal, por consequência, mostrasse aos outros que um dos principais rostos televisivos do canal público tem outro tom de pele, o que não acontece. Existem jornalistas que representam outras nações, mas não são os principais pilares que dão a cara diariamente pelo canal que se diz ser «de todos nós» e se assim é não há que depois tentar mascarar numa situação especial algo que não acontece perante os olhos dos telespetadores que passam os seus olhos pela programação do canal. 

Festival das Mulheres

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A RTP revelou agora, após muitas especulações, quem serão os rostos escolhidos para apresentarem o Festival Eurovisão 2018 que este ano acontecerá em Portugal após a vitória de Salvador Sobral. Surpreendendo em parte pela escolha, a direção do canal revela assim que além de serem quatro os rostos anfitriões do espetáculo, ainda conseguiram entregar a emissão somente a mulheres. Se concordo? Não!

Percebo a escolha de Catarina Furtado, o principal rosto feminino da RTP, e de Filomena Cautela por estar ligada nos últimos anos ao Festival e aos eventos musicais com transmissão no canal. Agora chamarem Sílvia Alberto e ainda mais surpreendentemente Daniela Ruah? A Daniela surge por ser um rosto internacional, não entendendo tal necessidade, quando o interesse da Eurovisão são os representantes que cada país envia como concorrentes e não os anfitriões do espetáculo. E depois a Sílvia Alberto para quê? É que será só mais uma apresentadora que não irá dar nada de especial à emissão, só mesmo atrapalhar! Quatro apresentadoras que pouco destaque têm na emissão e que se irão ofuscar assim entre si de forma completamente desnecessária!

Outro destaque negativo que dou a esta escolha é o facto de serem quatro rostos os escolhidos e por acaso nenhum ser do sexo masculino. Se fossem dois os apresentadores ainda aceitava a escolha de duas mulheres, dois homens ou um par misto. Agora em quatro escolhas nem uma ser um homem? A direção da RTP quer mostrar defender o feminismo perante a Europa com esta escolha ou não acredita nos seus apresentadores masculinos para assumirem um destes quatro lugares?

Os Dias Realistas

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Mais do que um apelido em comum, os dois casais Dias são vizinhos de vivendas idênticas, quintal com quintal e além disso vivem situações bem semelhantes. Bambi e João mudam-se para a casa ao lado de Margarida e Tó e ao primeiro encontro percebem que existe bastante em comum entre o dia-a-dia de cada casal. Esta é a premissa de Os Dias Realistas, a nova produção da UAU que acabou de estrear no Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa. 

Catarina Furtado, João Reis, Manuela Couto e Paulo Pires dão vida aos Dias, as quatro pessoas que se encontram em casal ou ao longo da noite em secretismo com o vizinho para debaterem as questões com que se deparam no seio conjugal. As preocupações, os dilemas e o pessimismo são uma constante entre estas personagens que caraterizam qualquer pessoa que tem na sua vida várias semelhanças com a do vizinho do lado. Todos vivemos de pensamentos positivos e negativos e é com isso com que por palavras e conversas poderemos perceber que afinal nunca nos encontramos sozinhos no Mundo, já que todos têm os seus aspetos comportamentais que podem ter um lado agradável mas também pessimista. 

Com um humor negro, Os Dias Realistas de Will Eno tem nesta adaptação uma interpretação de excelências, sem falhas e com um excelente desempenho de contracena entre o quarteto de atores que o público tão bem conhece. Num texto nem sempre fácil e com vários momentos mais elaborados e puxados para a comédia complexa falta talvez nesta fase inicial de estreia as chamadas de atenção com frases mais chamativas e que puxem de certa forma pelo público presente na sala.

RTP precisa de Vasco Palmeirim? Não!

Vasco Palmeirim é um sucesso na Rádio Comercial e foi nos últimos tempos um dos jurados do programa Feitos ao Bife, apresentado por Catarina Furtado no serões de Sábado da RTP1. Agora a direcção do canal decidiu avançar com uma segunda temporada do programa e com a falta de Catarina, eis que surge Vasco na sua apresentação.

Não tenho nada contra esta mudança, até porque acho Vasco multifacetado e com um grande à-vontade em frente às câmaras. O que não aceito é ver que pelo canal público existem tantos apresentadores a receberem ordenados para fazerem um programa semanal e outros nem isso conseguem andar a fazer e depois andam a recorrer a reforços de sucesso de outros meios para segurar as pontas em pleno horário nobre.

Será que um dos apresentadores de primeira linha do canal não podia ficar à frente desta segunda edição de Feitos ao Bife, continuando Vasco Palmeirim a ser jurado como até aqui acontecia? Os apresentadores estão a receber, o canal está em reestruturação e mesmo assim contratam mais pessoas para ocuparem as faltas dos apresentadores principais. Em que ficamos então?!

Aplaudo ver Vasco Palmeirim na condução de um programa, mas não aceito esta decisão da direcção da RTP. Lamento!

Noite de Natal sem televisão generalista

O Natal é a época da família, mas mesmo neste serão que para muitos é mágico, a televisão está sempre ligada, mas a oferta entre os canais generalistas vai de mal a pior!

RTP, SIC e TVI não são definitivamente os melhores companheiros na noite da consoada dos portugueses. Pelo primeiro canal assistia-se a uma sessão circense, apresentada por uma Catarina Furtado vestida como se tivesse no Coliseu dos Recreios. Pelos dois canais privados da nossa televisão, o cinema foi o grande destaque, mas sem grande adesão, a meu ver!

Na noite de Natal, ver circo sem graça ou um filme que foi sucesso nas salas mundiais no ano passado, é praticamente a mesma coisa que ter a televisão desligada. Será que os senhores programadores ainda não perceberam ao longo destes anos que têm que apostar em algo divertido, mesmo que seja repetido para esta noite? Porque não uma gala gravada, porque não um especial dos seus programas com um apanhado sobre o Natal?

Tanta coisa que pode ser feita no pequeno ecrã no serão de 24 para 25 de Dezembro e os senhores diretores só se lembram do circo e do cinema! Não admira que os canais de cabo sejam donos e senhores nestes dias tão especiais do calendário!