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O Informador

"Bom dia!" não custa

Bom dia

Será um custo muito grande ao cidadão comum em pronunciar, mesmo que por vezes não seja sentido, um simples "bom dia", "boa tarde" ou "boa noite"? Acho tão feio as pessoas chegarem, ouvirem um ato de boa educação do outro lado e não retribuirem por se acharem acima dos demais somente porque existem.

Pessoas, todos somos mortais, um dia isto termina com a queda de todos os peões e enquanto por cá andarmos não custa nada seguir simplesmente os bons hábitos educacionais, deixando de lado o vosso lado durão que tentam transmitir, talvez por serem uns mal amados de primeira sem capacidade para darem a volta e perceberem que do outro lado estão pessoas comuns. 

Vida em estado automático

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Entrei num estado tão automático que já me esqueço que tenho de continuar a conviver, mesmo à distância com os outros.

Geralmente não sou uma pessoa que esteja sempre em conversação com os outros, vivendo muito no meu mundo. No início deste triste estado de quarentena ainda fui alimentando e puxando por mim para estar ativo e atento a tudo o que se passava e também para me manter num estado civilizado dentro do possível. Só que o tempo vai passando, as semanas passaram a meses e começo a ficar sem paciência para tudo e todos.

Os dias são agora mais do mesmo, o 《bom dia》 e 《boa tarde》 parecem esquecidos por parecer que as conversas são contínuas de um dia para o outro sem pausas porque ao final de contas hoje estive a falar com alguém mas amanhã irei continuar muito provavelmente a mesma conversa, esquecendo-me de perguntar se em mais um dia estão bem, se passaram bem mais uma noite previsivelmente igual a todas as últimas.

O quero dizer com isto é que sinto que ando meio desnorteado com os tempos e horas, parecendo que a sucessão de dias não passa de mais do mesmo sem existir aquela emoção de fazer diferente e começar cada novo ciclo de vinte e quatro horas com a ideia de que será um dia melhor que o anterior. Não, agora é tudo mais do mesmo enquanto esperamos que a situação comece a melhorar para voltarmos aos poucos, bem pouquinhos, a entrar nos eixos para que o 《bom dia》 comece a ter de novo o seu verdadeiro sentido de bem com o mundo.

O «bom dia» não é para todos!

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A verdade da sociedade é esta... A sociabilidade quando é transmitida entre gerações não funciona num todo e muito menos consegue ser transversal. Existem empregos em que consegues perceber que a educação para o cumprimento diário não está mesmo presente numa sociedade cada vez mais individualista onde se pretende do outro o que não se dá.

Neste momento estou a trabalhar diretamente com o público, no contacto direto com o cliente final, e é tão visível perceberes que existem pessoas que ficam mesmo incomodadas por simplesmente e por um mero comportamento de educação social transmitires simples expressões como «bom dia», «boa tarde» ou «boa noite». A maioria dos clientes aceita e mostra a mesma postura para contribuir o cumprimento, no entanto existe pessoas, e não são assim tão poucas, que ouvem e não respondem ou que ouvem e fazem mesmo expressões faciais do como quem diz «não me chateies mas é».

Será que custa assim tanto entrarem num espaço e conseguirem seguir uma linha social correta? Não custa nada serem acessíveis e simpáticos. Podem estar num dia mau, todos temos o direito a tal, mas se tentarmos pelo menos ser sociáveis é sinal de que estamos num caminho para tentar dar a volta a essas mesmas horas que não estão a correr assim tão bem.

Gratidão

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Agradecer, celebrar o bem que deve ser partilhado com todos! É sobre o poder da gratidão que me baseio hoje por perceber que simples expressões como «Bom dia!», «Olá!» e «Obrigado!», que podem parecer meros apontamentos diários, mas que são difíceis de verbalizar para muitas pessoas que ainda, mesmo numa fase adulta, não conseguiram perceber que para estarem bem consigo também é necessário olhar para e pelos outros. 

Desde sempre fui educado com base na celebração do agradecimento de tudo o que possuímos através da conquista, mas que nada surge somente com o fruto do trabalho e ambição de uma só pessoa. É perante os outros e com os semelhantes que conseguimos palmilhar o caminho, agradecendo, dando palavras de apoio, incentivando a seguir em frente e celebrando a vida. Por vezes não é necessário criar relações, sendo sim primordial ser afável e mostrar que sempre reconhecemos o próximo como um de nós, cumprimentando, tendo uma palavra a dizer, nem que ao longo de uma vida não se passe de um simples «Olá!» diário, mas sabendo que de todas as vezes com que nos cruzamos com alguém a celebramos tal como pretendemos que o faça. 

Um simples sinal de gratidão consegue, além de manter uma melhor relação, deixar quem o recebeu com um ponto positivo na sua vida naquele dia. Não custa nada e podemos estar de mal com o Mundo, mas será que custa alguma coisa ou ficam com menos uns euros se agradecerem por algo que por vezes é traduzido por gestos tão simples como um olhar de reconhecimento diário ou por um comportamento que nos facilita o nosso passo seguinte?

«Obrigado!» perante quem nos dá passagem numa fila de supermercado só porque queremos pagar um artigo e quem está à nossa frente tem um carro de compras cheio. «Bom dia!» a quem nos deixa a porta do elevador aberta para entrarmos. «Obrigado!» a quem nos encaminha até um lugar numa sala de espetáculos. «Muito Obrigado!» por me avisarem que tenho um furo no carro. «Boa tarde!» a quem nos serve o café após o almoço. «Até amanhã!» ao vizinho que chega ao prédio ao mesmo tempo que nós e que possivelmente já não iremos ver no mesmo dia. 

Grande Treta

Começou há mais de um mês o programa que prometia alterar as tardes da SIC e tornar as mesmas competitivas e capazes de enfrentar a liderança que Fátima Lopes mantém na TVI com o A Tarde é Sua. Agora percebe-se que João Baião nada conseguiu provar com a sua grande contratação, nem ao serão com o Sabadabadão, nem com o Portugal em Festa e mesmo com a terceira aposta, o Grande Tarde, a liderança desejada continua lá longe.

Ao lado de Luciana Abreu e Andreia Rodrigues, Baião chutou para canto Conceição Lino que apresentou o Boa Tarde nos últimos anos, sempre a perder para o canal concorrente. Conceição saltou da informação para comandar o talk-show das tardes, nunca tendo conseguido provar o sabor da liderança. Como um canal privado precisa de mostrar bons valores, no início do ano Júlia Pinheiro e companhia tiraram da cartola a contratação do então apresentador de Praça da Alegria, da RTP, para ficar encarregue do horário após a novela da hora de almoço, tendo começado logo o novo programa a ser preparado para aparecer na liderança e conseguir atirar Fátima Lopes para o segundo lugar.

Mais de um mês depois da estreia a tripla de apresentadores já mostrou que não existe lugar para todos no Grande Tarde, os números de telefone dos passatempos enfadonhos são os grandes amigos de Andreia e Luciana, o programa fica constantemente em segundo lugar, nunca tendo liderado e tendo o Há Tarde, de Herman José e Vanessa Oliveira a fazer-lhe frente. Ou seja, a aposta no Grande Tarde nestas suas primeiras semanas não revelou nada de novo, não conseguindo subir os valores que a Conceição fazia. Para quê a mudança se os valores continuam iguais e agora até a RTP se consegue aproximar das tardes da SIC?

Embora o programa não pareça conseguir liderar pelos próximos tempos, o que tudo indica é que em poucos meses esta tripla será desfeita para entrar um novo rosto no programa, uma tal de Rita, a atual bombeira de serviço do canal. Será que João e Rita conseguirão fazer mossa na concorrência? Não me parece, mas sempre são melhores que as duas assistentes que a direcção do canal arranjou para o Baião!

Uma forte aposta numa Grande Tarde que de grande só tem mesmo os altos ordenados dos seus apresentadores e alguns atributos das duas meninas!