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O Informador

Incêndios anunciados

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O calor veio para ficar e os incêndios logo foram anunciados mesmo antes de surgirem. Se lançaram o anúncio logo as chamas começaram a avançar por vastas áreas do país. Uns dizem que por acidentes naturais outros por fogo posto, mas o certo é que os anos passam e os incêndios continuam a destruir extensas áreas de mata, queimando tudo o que surge pela frente, sejam campos abandonados, espaços agrícolas, habitações, fábricas e veículos, levando também vidas pela frente.

Estamos em 2022 e o fogo voltou a causar numa só semana bastantes estragos com pessoas a ficarem desalojadas e sem os seus empregos, outros viram as suas propriedades destruídas e animais mortos, tudo isto para não falar também do desgaste dos bombeiros que de Norte a Sul se juntam no combate às chamas entre feridos e mortos. 

Portugal errou com os incêndios de Pedrogão Grande em 2017, os mais relevantes dos últimos anos, e em cinco anos não se conseguiu remediar a situação. As matas continuam a não ser limpas, terrenos junto a casas continuam a permanecer sem limpeza e os acessos pela área florestal são poucos e sem condições. Depois só na hora em que as coisas acontecem todos se conseguem culpar mutuamente uns com razão outros contribuindo para não a terem. 

Ontem a Marta! Hoje o Pedro Nuno!

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Há uns dias o Governo tinha as armas sociais apontadas para com a falta de médicos nas urgências hospitalares com a Ministra da Saúde na berlinda por não existir capacidade nos vários serviços de urgências do país pela falta de profissionais disponíveis nos mais diversos horários, existindo espaços que tiveram de encerrar por várias horas o serviço de urgência em determinadas áreas. Agora, e quase sem se prever, eis que o Ministro das Infra-Estruturas, Pedro Nuno Santos, surge por vontade própria como o protagonista da semana devido ao futuro aeroporto de Lisboa que ainda continua a ser estudado se será em Alcochete no Montijo ou nos dois locais. 

Portugal acordou com depoimentos absurdos perante a discussão sobre a localização do futuro aeroporto de Lisboa, que não será em Lisboa pois então, e o caso ao longo do dia tomou tais proporções que uns e outros queriam ver o Ministro Pedro Nuno demitir-se ou ser dispensado por António Costa. O senhor Ministro resolveu partilhar de forma pública que a decisão estava tomada e que Portugal teria dois novos aeroportos prestes a verem as suas obras arrancarem, Costa em Espanha com a sua passagem pela Nato foi apanhado de surpresa e remeteu esclarecimentos para mais tarde, já em terras lusas, Marcelo em Belém até se engasgou ao saber da notícia desta grande obra pública que parece estar a ser preparada à sua rebolia e o dito por Pedro Nuno acabou por ser desmentido, tudo não passando de uma falha de comunicação entre os vários intervenientes no caso. Costa já reagiu e manteve o Ministro da Infra-Estruturas no lugar, mesmo após ter revogado o ou os novos aeroportos e Marcelo deu o seu chá mostrando um claro desagrado com a decisão do Primeiro Ministro em manter os seus aliados no poder. 

De outros ventos, vindos da oposição, uns dizem que a história do aeroporto parece uma novela mexicana, outros defendem que o Ministro devia deixar o seu lugar para surgir outro rosto e fazer mais do mesmo, existem ainda outros tantos que quando falam só mostram ressentimento por não conseguirem um lugar ao sol mas provando que quando podem não conseguem fazer melhor. Isto mais parece um grande espetáculo onde todos querem mandar, mostrar trabalho e onde poucos se entendem. Que estrela brilhará mais alto nesta história tão mal contada que Ministros e Presidente conseguiram contar nas últimas horas?

No Verão não fiques doente

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É oficial! Os médicos estão de férias, ao que se juntam as baixas e reformas de outros tantos, ajudando assim a causar parte de todo o caos hospitalar a que temos assistido pelo país nas últimas semanas. Com isto podemos desde já sugerir ao ministério da Saúde uma campanha interventiva com o slogan... «No Verão não fiques doente!»

Assim sendo e para não causar qualquer transtorno, o dever de qualquer cidadão é a partir de agora não adoecer nos meses quentes do ano, especialmente de Junho a Setembro. Para manter alguns cuidados e evitar assim algumas situações menos boas, é aconselhável não comer bacalhau à brás nos piqueniques que se fazem por terras lusas, devido aos ovos reaquecidos horas após a sua confeção, ter também cuidado com o marisco consumido, uma reforçada atenção às caravelas portuguesas que podem atacar em qualquer praia nacional e acima de tudo para as grávidas, não deixem de estar atentas aos horários indicados das maternidades para não marcarem férias onde poderão não ter equipas prontas para vos receber numa urgência inadiável na hora de serem mães. Isto a par, claro está, de tantos outros cuidados para não nos magoarmos ou adoecermos por esta altura do ano a bem do caos hospital que se vive. 

É necessário ajudar todos os profissionais de saúde nesta altura, não causando transtorno e seguindo o que os horários laborais de cada hospital permitem, só podendo adoecer dentro dos períodos disponíveis nas urgências de cada centro da região. A regra agora é, só numa situação limite se pode adoecer, evitando recorrer aos serviços hospitalares por uma gastroenterite ou uma perna partida. Isto se não quiserem ficar horas em espera que alguma equipa completa possa entrar ao serviço, caso não queiram percorrer quilómetros em ambulâncias para esperarem numa outra ala hospital para serem atendidos.

Falta papel no tribunal

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Jantava eu enquanto via as notícias do dia na televisão e eis quando percebo que existe falta de papel nos tribunais portugueses. O separador já o havia anunciado uns minutos antes mas quando a notícia é transmitida achei que se tratava de uma espécie de brincadeira do dia das mentiras, mas afinal é mesmo verdade.

Os funcionários dos tribunais da comarca de Aveiro deram a cara para revelarem que o material de papelaria de que precisam para trabalhar anda escasso com as encomendas a chegarem fora de horas, dias e semanas e com quantidades reduzidas. Resmas de papel e capas são cada vez mais uma miragem para aqueles funcionários que pretendem imprimir processos mas cujo material necessário não existe. Dizem até por aquelas paragens que alguns funcionários mais preocupados com os seus postos de trabalho até levam resmas de papel de casa para que o trabalho não pare. 

Com estes factos deixo desde já aqui uma sugestão às grandes empresas de papelaria nacional para que façam um acordo com regalias para ambos os lados com os serviços de compras do Governo para que garantam o abastecimento das resmas a tempo e horas, é que se continuarmos assim e com a lentidão que certos processos já levam a serem despachados no nosso país havemos de chegar a 2030 e ainda andamos com certos casos bem famosos em andamento, tudo porque falta papel para que se possa imprimir a documentação necessária. 

Máscara permanece sem obrigação

Máscaras

Ontem fui ao centro comercial para fazer a última ida ao supermercado em tempo de férias e ao ser o primeiro dia oficial sem o uso obrigatório da máscara consegui perceber que afinal, por estas primeiras horas, a maioria das pessoas continua a recorrer ao uso do acessório de proteção para com a Covid19 e mesmo para ajudar a prevenir o acesso mais rápido a gripes e outras mazelas que possam passar facilmente através da respiração. 

Confesso que fiquei com esta perceção um pouco agradado ao entender que afinal a vontade própria também reina e ainda existe muito boa pessoa a querer manter a máscara para se proteger a si e aos outros.

Máscaras sem obrigações

Máscara

A reunião do Conselho de Ministros definiu que a partir de Sábado, 23 de Abril, a utilização de máscaras deixa de ser obrigatória, existindo assim um novo alívio nas medidas para o combate ao Covid19 no nosso país. Se isto é um bom sinal? Sim é, mas ao mesmo tempo deixa-me um pouco receoso perante o possível novo aumento de casos por constato em locais públicos.

Foi Marta Temido, a querida Ministra da Saúde que tem aguentado o barco ao longo de toda a pandemia, que anunciou esta retirada de obrigação, ficando agora na decisão de cada um o uso ou não das máscaras em certos locais. Com isto e porque o alívio não é ainda geral, fica o uso excepcional de máscara ainda a ser obrigatório nos transportes públicos e também nas visitas e consultas a lares e unidades de saúde como forma de precaução.

 

 

Garantia Covid19 ultrapassada

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Estou em Março de 2022, precisamente dois anos após Portugal começar a perceber que os primeiros infetados no país com Covid19 começavam a surgir em quantidade suficiente para que fosse necessário fazer algo para não deixar alastrar o vírus que em três meses se espalhou pelo Mundo. Isto aconteceu em 2020, estou agora em 2022 e percebo que tudo tem um prazo e facilmente fica ultrapassado.

Com a Guerra na Ucrânia, eis que o Covid19 parece ter deixado de existir, sendo quase um assunto silencioso neste momento, dando prioridade aos temas da Guerra. O tempo foi passando, os altos e baixos das crises com altos valores de infeção aconteceram mas assim que a Rússia iniciou o seu ataque que o tema que nos foi atormentando ao longo dos dois últimos anos deixou de ser conversa central para passar a ser praticamente um marginalizado.

Autovoucher, de 5€ para 20€

Auto voucher

O AutoVoucher surgiu como medida de apoio ao aumento dos combustíveis onde todos os meses o consumidor que coloque o seu NIF nas faturas de combustível nos postos aderentes à campanha veria o valor de 5€ ser reposto na sua conta bancária associada aos dados que constam nas finanças. Agora, com o aumento histórico dos combustíveis por vários fatores e com a Guerra na Europa a dar uma grande ajuda, acaba de ser implementado um novo apoio que se inicia já neste mês de Março em que dos 5€ atribuídos passamos a receber 20€ de forma mensal. Tudo porque nos próximos dias estão previstos aumentos de 8 cêntimos por litro na gasolina e de 14 cêntimos no gasóleo, valores que tentarão ser colmatados por esta medida anunciada pelo Governo para ser colocada, pelo menos, até ao mês de Junho. 

Quem avançou com o anúncio desta medida foi o Ministro das Finanças, João Leão, que ditou também que esta decisão terá custos na ordem dos 140 milhões de euros: 40 milhões no AutoVoucher, 87 milhões na taxa de carbono e 15 milhões no ISP para as contas do país. 

Eleições podem suspender isolamento

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Existe no ar a ideia, lançada pelo Presidente Marcelo após a primeira reunião de 2022 com a Infarmed, de que no próximo 30 de Janeiro, dia de Eleições Legislativas, poderá existir uma suspensão do isolamento para que todos possam exercer o seu dever de voto.

E agora questiono... Quem terá tido esta disparatada ideia que parece saída de uma mente alucinada com algum produto tóxico à mistura? Vamos então lá perceber, milhares de portugueses estão em isolamento por terem testado positivo ao Covid19 ou por pertencerem ao núcleo próximo de um positivo, tendo de se manter fechado em casa e sem contatos durante dias. Agora, porque existem eleições, já ponderam arriscar outros tantos milhares de novos casos pela libertação, por umas horas, para que todos possam ir votar, existindo cruzamentos e possíveis contactos. 

 

 

É necessário «conter os contactos»

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António Costa apresentou ao país as novas medidas para combater o crescimento de novos contágios por Covid19 em toda a Europa e quando Portugal começa a entrar em valores de contágio acima do esperado. Estas novas regras irão entrar em vigor no próximo dia 01 de Dezembro, dia em que entramos de novo em Situação de Calamidade, mas para já os números começam a passar os 3 mil casos diariamente.  

Para já existe a recomendação para sempre que seja possível o regresso ao teletrabalho aconteça, sendo também pedida uma testagem mais massiva pelos próximos tempos numa ideia de precaução. Em discotecas, bares, visitas a lares e grandes eventos sem lugares marcados será necessário o teste negativo obrigatório. Já o certificado digital passa a ser obrigatório em restaurantes, estabelicimentos turisticos e alojamento local, ginásios e eventos com lugares marcados. Além destas recomendações também a utilização da máscara volta a ser obrigatória em todos os espaços fechados, deixando de ser uma opção em certos locais. Nas fronteiras o teste negativo é obrigatório para todos os voos que cheguem ao país, estando as companhias aéreas obrigadas a pedir o teste. 

Para mais tarde, de 02 a 09 de Janeiro, já se ficou a saber que o teletrabalho será uma obrigatoriedade, visto ser a semana após os festejos de Natal e Ano Novo, existindo só nessa altura a apelidada por "contenção de contactos". Também o recomeço das aulas será adiado para dia 10 de Janeiro e as discotecas serão encerradas temporariamente por estes dias de início de ano. Se estas medidas para Janeiro são suficiente para conter o vírus? Claramente que esta é daqueles erradas medidas que surgem já depois do mal estar feito.