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O Informador

Precisava!

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No passado fim-de-semana consegui ficar os dois dias de pausa, o que já não acontecia há algum tempo e como vinha a sentir, que bem me soube estar de pausa nos dias em que a maioria das pessoas também estão, podendo seguir viagem para terras alentejanas, ficando afastado do dia-a-dia e da rotina por dois dias, que sabem sempre a pouco mas que acabaram por ser melhor que o nada dos últimos meses. 

Seguimos viagem logo ao final da tarde de Sexta-feira, para não se perder tempo, o jantar foi feito pelo caminho, já que a vontade das famosas bifanas de Vendas Novas acontecia, e lá se seguiu. Longe do mundo, no sossego de terras quentes e calmas, lá consegui acalmar durante os dois dias e duas noites a ansiedade e o stress que tenho vindo a acumular nos últimos tempos. Precisava de me distanciar, continuo a perceber que algo tem de mudar no meu futuro profissional para me ajudar a alterar o rumo pessoal também e são esses caminhos pensados que me têm deixado a matutar, por vezes deixando que aquele toque de mau humor surja por perceber que não estou mal mas que também já estive melhor que atualmente. 

Passei para dizer....

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... que hoje não existe grande coisa para contar por estar de pausa este fim-de-semana e ter aproveitado para viajar para terras alentejanas. Ontem visitei Estremoz e Vila Viçosa, fartei-me de andar e no momento da noite em que escrevia esta minha partilha para ser publicada este Domingo sentia-me tão cansado fisicamente de palmilhar centenas de quilómetros de carro e dezenas a pé que entrei em modo poupança nas palavras a favor do pequeno raciocínio possível a horas tardias por sentir que o cansaço corporal se refletia também a nível mental. 

Iniciativas literárias no Alentejo

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Rumar ao Alentejo em pleno Verão tem sempre algo de bom para além do descanso conseguido por terras quentes mas bem tranquilas e onde a paz de espírito parece existir. Este ano no Município de Alvito os velhos frigoríficos que já nada serviam para a sua função habitual conseguiram ganhar nova vida e aliaram-se ao mundo das letras para colocarem habitantes e turistas a lerem um pouco mais pelas ruas das aldeias e vilas. 

Perante o lema «livros fresquinhos de levar ler e devolver», vários frigoríficos foram reformulados e distribuídos por praças e até pelo complexo de piscinas para se tornarem em pequenas bibliotecas gratuitas e disponíveis a todos. De jornais diários, revistas semanais e livros, a leitura está a um passo de todos, sem existir necessidade de requisição. Com estes frigoríficos só é necessário abrir a porta, perceber o que existe, levar, ler e devolver assim que a leitura estiver despachada. Podem ler nos bancos de jardim, levar até à esplanada do café da esquina ou até para casa, desde que devolvam no fim. Ao devolverem livros acredito que a ideia seja também deixarem livros que tenham por casa e os queiram doar e foi perante esse lema que levei a minha ideia em diante.

Calma alentejana

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Sempre que regresso ao Alentejo a sensação de descanso com tranquilidade acontece. Por vezes com pausas mais prolongadas e repousadas do que outras, no entanto o certo é que por terras alentejanas, seja mais para cima ou mais para baixo, para a esquerda ou direita, a calmaria existe, a tranquilidade surge e o descanso acontece de verdade.

Por aqui não existem horários, a confusão do trânsito ficou longe, os dias corridos não fazem parte da rotina e o tempo é coisa rara para se aproveitar em bom estado. No Alentejo tudo acontece mas de forma distante, de maneiras diferentes, sobrevivendo o silêncio que nos grandes centros urbanos se torna caótico. Em terras rurais e distantes a natureza tem o seu espaço na comunidade, os pássaros organizam as suas famílias pelas aldeias, os caminhos cheiram a natureza e todo o ar é respirável. 

Dormi mais que a conta

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Ontem, 05 de Outubro de 2020, foi o dia! Não, não foi o dia de Cristina, mas sim o dia em que O Informador dormiu mais horas que o normal e até quase às 13h00, o que não acontecia já lá vão uns anitos. 

Foram quase doze horas de belo adormecido sem quase interrupções. Certo que acordei bem cedo com o sol a fazer-se sentir lá fora, voltando rapidamente a fechar os olhos assim que percebi que nem os galos cantavam ainda e que em pleno feriado a sociedade alentejana estava ainda fechada em casa. 

Ficar de férias numa das primeiras semanas frias deste Outono, que chegou logo no início de Outubro, aproveitar para descansar em pleno sossego alentejano e ainda conseguir tirar horas seguidas de sono, que tem estado em atraso, é somente uma maravilha. 

Junho alentejano

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Junho ao que parece será o último mês de lay-off e aproveitei para fugir até ao Alentejo e aproveitar o sossego onde os silêncios e o campo só ajudam a um descanso preparatório para reiniciar atividade. 

Por aqui os casos de Covid19 praticamente não existiram, a população anda tranquila seguindo as regras e ao mesmo tempo a possibilidade de andar na rua de forma mais descontraída existe. A oportunidade de se poder sentar à porta de casa ao fresco, ir dar um passeio após o jantar pelas ruas da aldeia, conhecer um pouco das redondezas que ainda não foram visitadas e sem aqueles medos que alguém venha contra nós, sem máscara e ainda com os seus jeitos arrogantes de detentor do universo.

No Alentejo encontro paz e sossego que se transformam em descanso, embora sinta que por aqui quando me canso é a valer, parecendo que o corpo fica pesado de forma mais rápida e a necessidade de dormir é maior, deixando afazeres de tempos livres um pouco para trás por ficar muito mais tempo sem fazer nada mas bem, sem sentir aquela necessidade de estar sempre ocupado a querer fazer tudo e mais alguma coisa.

A diferença de preços

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Alguém me poderá dizer, «Ah e tal, no Alentejo não se passa nada!» ao que poderei concordar para logo depois tentar mostrar que na zona alentejana, o deserto como muitos afirmam, a vida é levada de forma tranquila, numa paz de espírito, sem o stress do dia-a-dia citadino e acima de tudo com condições em vários serviços acima do normal pelo país e a preços bem mais reduzidos. Podem não ter tudo ao virar da esquina, mas o que existe é bom e recomenda-se!

Um dos exemplos bem notórios, além dos centros de saúde em todas as vilas, farmácias e vários serviços públicos espalhados e onde todos tentam ajudar a resolver problemas e recebem bem quem chega de fora, existem situações onde as diferenças dos preços praticados entre a zona litoral e interior é irreal. 

Falemos, já que estamos ainda no Verão, das piscinas municipais. Primeiro quero dizer que praticamente de dez a vinte quilómetros existem instalações recentes e com todas as condições, desde espaços amplos, com relva, sombras, bons balneários e afins, para toda a população e o mais notório disto tudo é o preço das entradas. Então não é que frequentar as piscinas municipais em várias vilas alentejanas custa somente 1,50€ por dia? Não queria acreditar no primeiro dia em que ao balcão me cobraram este valor, mas é verdade.

Alentejo é sossego

 

O tempo passa, a idade avança e o auto conhecimento toma lugar. A par disto também vamos percebendo que da agitação do dia-a-dia começamos a dar valor ao descanso e paz das terras rurais. O que vos posso dizer é que vivendo em Alenquer, a um passo de Lisboa, as minhas idas ao Alentejo só me têm mostrado que quanto mais vou para o sossego mais apetece ficar. Adoro toda a zona de Évora, gostaria um dia de me mudar para a região e se em tempos a confusão das redondezas da capital me podia fazer falta, hoje percebo cada vez mais que podemos ser tão felizes longe de toda a correria do dia-a-dia e onde a pacatez nos transmite paz e felicidade!

Amadorismo

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Os anos de vida que me permitem ser um espetador de vários espetáculos levam-me a ser algo critico com o que vou assistido e quando entro numa sala onde me vai ser apresentado um projeto e logo de início percebo que os horários não são cumpridos, tudo fica apresentado porque está mais que claro que o rigor com o cumprimento do que foi anunciado não é para levar a sério, mas o pior vem sempre depois.

O espetáculo finalmente começa e logo se percebe que em palco vão desfilar grupos amadores de música que não fizeram um e só um ensaio no palco onde estão a atuar para o público. Luzes não estão preparadas, o som nem sempre é o melhor, microfones ligados e desligados, com melhor ou pior qualidade. Os mestres de palco a fazerem sinais para a equipa sobre o estado do que se está a ouvir, as indefinições de posições perante o público, a desorganização sobre quem entra e quem sai.

O que ainda mais destaquei e que podia quebrar um pouco os tempos mortos do evento foi a apresentação entre os vários grupos. Colocarem duas crianças a lerem rápidos apontamentos enquanto o palco era alterado para quem vinha de seguida. Claro que não resultava porque o que era lido num rápido minuto não compensava o tempo de movimentações, necessitando estes espetáculos de alguém que saiba entreter para que a assistência não se concentre nas falhas e tentativas de organizações de última hora que estão a acontecer no momento em que tudo já devia estar estabelecido e composto.

Distância bloqueadora

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Gosto do Alentejo, não escondo que talvez me adaptasse a uma vida mais calma e longe da correria do dia-a-dia pela região, zona de Évora talvez, no entanto existem pontos que acabam por mostrar que as distâncias e desigualdades acabam por pesar e justificar o afastamento ao longo dos anos da população mais jovem das zonas rurais.

Vamos imaginar uma semana de calor no Alentejo, numa aldeia que conta com uns vinte minutos de distância da grande cidade vizinha. As pequenas vilas existem e os consequentes supermercados também estão fixados nessas vilas que vejo mais como aldeias. Os ditos pequenos supermercados para a população local parecem servir, no entanto para quem vai de fora passar uns dias não chegam. Vamos criar dois episódios que aconteceram comigo e que no quotidiano mais urbano ou mesmo na aldeia na região de Lisboa se conseguem resolver nuns rápidos minutos.

Primeiro incidente... O gás, de bilha, faltou a meio da confeção do jantar. Teríamos de imediato de resolver o problema para finalizar o que já estava a ser feito. Peguei na bilha e tentei ir a um café da aldeia que vende da mesma marca. Cheguei e logo fui informado que não tinham uma única unidade cheia para poder comprar, deixando a vazia em troca. O local mais próximo seria a uns dez minutos de distância mas como era supermercado já tinha encerrado porque no Alentejo profundo os supermercados mais conhecidos fecham praticamente no horário do comércio tradicional. Ou seja, nesse mesmo dia o gás não existia em lado algum. Tivemos de repensar nos pratos e tentar a sorte no dia seguinte, fazer os ditos quilómetros, entrar num estabelecimento onde os empregados estavam na hora do pequeno-almoço e pedir, tendo ainda de esperar, que me vendessem gás. Em casa tinha trocado o gás num ápice porque até as bombas de combustível o vendem, mas pelo Alentejo até colocar gasóleo tem de ser bem pensado porque os horários são somente diurnos, sem possibilidade de pagamento automático, e as bombas encontram-se a boas distâncias umas das outras.