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O Informador

Ainda sou do Tempo | Cassete de vídeo

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Trinta é o número de anos que usufruem da minha pessoa! E agora posso sempre dizer que «ainda sou do tempo» das cassetes de vídeo que tantas horas me entreteram pelas tardes de fim-de-semana e nas férias escolares. 

Algumas eram compradas, poucas e em datas especiais porque nunca fui criança de ter tudo o que pedia para «não estar mal habituado» e assim é que deve ser. Mas a maioria eram alugadas por um prazo de uma semana, se a memória não me falha, no clube de vídeo da vila mais próxima da aldeia. Lembro-me como se tivesse agora a entrar naquela loja, geralmente aos Sábados à noite, com a cassete da semana anterior para entregar e escolher o filme, em semanas com períodos prolongados em casa eram os filmes, que me acompanharia pelos dias seguintes. Por vezes via o mesmo filme duas e três vezes na mesma semana para o aproveitar bem e quando eram as películas Disney então era uma maravilha. 

Existia magia em assistir a um novo filme todas as semanas e aquele momento de ir com a cassete entrega-la no balcão e saber que logo de seguida poderia escolher outra criava, enquanto criança, uma sensação mágica porque dentro da rotina sabia sempre que acontecia e eu gostava de andar em torno da estante a ver as capas, a ler os títulos e as apresentações dos filmes. As novidades que iam surgindo geralmente desapareciam rapidamente da estante e era quase um milagre, não o de Fátima, apanha-los logo pelas primeiras semanas, mas quando conseguia perceber que existiam películas que ainda não tinha visto ficava feliz, talvez arregalasse os olhos e os óculos tremessem até de alegria. 

Ainda sou do Tempo | Jogos Sem Fronteiras

Quem não se recorda de assistir aos Jogos Sem Fronteiras? Nas semanas quentes de Verão existia um dia que se tornava especial e que adorava por poder assistir ao programa que colocava cidades nacionais a concorrerem por Portugal contra outros países europeus em jogos físicos e de concentração. Mal o genérico começava a passar parecia que tudo parava e as horas seguintes eram passadas no sofá, quieto, a comentar os jogos que os elementos da nossa equipa iam enfrentando. Lembro-me que os portugueses não venciam lá muito os famosos jogos que ficarão para sempre para a história da televisão.

Apresentado ano após ano por Eládio Clímaco, a quem se foram juntando outros rostos ao longo das várias edições, como é o caso de Anabela Mota Ribeiro e Luís de Matos, os Jogos Sem Fronteiras foram durante anos um dos meus programas preferidos.

Na altura não percebia a razão daquele entretenimento que me mantinha atento só durar uns meses, hoje percebo que tudo funcionava por temporadas anuais. Outros tempos em que se apostava em temporadas de programas de sucesso com espaçamento e em certas alturas do ano e não quando dá jeito até gastar o formato pelo cansaço.