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O Informador

A felicidade é sempre a resposta

Família é quem dá amor com tudo o que isso inclui. A Coca-Cola tem neste momento um anúncio que bem descreve como a felicidade é sempre a resposta para os problemas que os outros apontam para cada seio familiar. 

A mensagem é bem passada com um simples vídeo promocional e que serve de alerta para todos nós que vivemos num mundo cada vez mais diversificado onde a família tradicional já não existe como meio único para criar uma criança feliz. 

Dará um casal heterossexual uma educação tão diferente da possível por dois seres homossexuais ou somente por uma única pessoa capaz de adoptar? A felicidade dos adultos do futuro é sempre a resposta mais importante no momento de pensar numa criança enquanto membro do seio familiar. 

Talvez Um Dia...

ADN_Poster__Dia14_2_2Arrebatador e emocionante são as duas palavras que melhor caracterizam o filme Any Day Now - Talvez Um Dia... Um casal homossexual que se apaixona no momento em que um rapaz com síndroma de Down também entra nas suas vidas e assim surgem relações de amor, entre pessoas que querem fazer a sua vida em comum e terem do seu lado um miúdo que os conquistou pela diferença! Eu fiquei rendido a este drama inspirado em factos reais dos anos 70.

Talvez Um Dia não é um filme com grande produção nem com atores de topo, no entanto, tudo isso é deixado de lado quando a história começa a desenrolar-se e a conquistar os espetadores. Um rapaz a precisar de apoio e que acaba por ser abandonado pela mãe toxicodependente é recolhido por Rudy e desde aí tudo começa a acontecer, com a tentativa de protecção do menor e com as autoridades e o tribunal a puxarem o jovem Marco para instituições onde não existe felicidade.

O amor entre duas pessoas do mesmo sexo por um rapaz com síndroma de Down que se desenvolve intelectualmente com a ajuda e estímulo de ambos.

Este foi um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos por vários motivos e tenho que confessar que se um dia tivesse estudado educação, o ensino especial teria sido a minha opção final e mais uma vez percebi as razões que me levam a pensar assim. O Marco não é um jovem qualquer, é alguém com muito para dar e que tem tanto para aprender com quem o rodeia e está do seu lado. ♥

Sinopse do filme: Rudy Donatello é músico e Paul Fleiger advogado. Os dois estão apaixonados e, apesar dos preconceitos da sociedade em que se inserem, são felizes e vivem como casal.

Certo dia, ao voltar para casa, Rudy encontra Marco, um rapaz de 14 anos com síndroma de Down, que ficou sozinho em casa depois de a sua mãe, toxicodependente, ter sido presa.

Decidido a fazer algo pelo rapaz, Rudy decide visitar a mãe e pedir-lhe que assine os documentos que permitam uma guarda temporária. Tudo corre como esperado e Rudy torna-se o seu guardião legal. Porém, quando a relação homossexual entre Rudy e Paul é levada a tribunal, os dois vêem-se a braços com uma batalha inesperada e injusta, cujos preconceitos parecem ter um peso maior do que o bem-estar daquela criança.

Um drama comovente, realizado por Travis Fine, que se inspira em factos verídicos ocorridos no fim dos anos 1970, nos EUA.

Coadoção homossexual

Finalmente Portugal deu mais um passo em frente a favor da adoção de crianças por parte de casais homossexuais. Com a aprovação da coadoção é a partir de agora possível aos casais do mesmo sexo terem uma criança ao ser encargo e finalmente se percebeu que ser pai não é quem tem as dores e faz um filho. Ser pai é quem educa e passa por todos os conflitos para fazer de um pequeno ser um bom adulto que estará ao seu lado para os bons e maus momentos!

Com a mudança social e agora com a alteração da lei, o nosso país vai poder ter crianças que têm estado em instituições e em famílias que não as aceitam a serem criadas com pessoas que as amam, independentemente de viverem com uma pessoa de outro sexo ou não! Finalmente é mudada a lei que defende o amor e não o preconceito e se começa, devagar, a perceber que os sentimentos existem para serem partilhados com todos e não com quem estava socialmente estabelecido há uns anos. O mundo mudou e agora amam-se pessoas e não os diferentes de nós! Agora o amor de dois seres do mesmo sexo pode ser partilhado a três, com uma criança que não é sua de sangue mas que receberá o amor que existe para dar.

Fase às notícias de maus tratos por parte de progenitores biológicos que são pais porque sim e que não sabem dar valor a esse estado, este é sem dúvida um passo que vai ajudar a termos um país bem melhor daqui a uns tempos. Várias crianças vão poder, a partir de agora, ter um lar onde duas pessoas as amam e não é por se terem dois pais ou duas mães que tudo mudará. O amor que lhes será dado é o mesmo ou ainda maior do que o que é transmitido por um casal tradicional.

O que poderá ser mais complicado com esta mudança de lei será a visão dos outros, os comentários que as crianças adotadas vão ter que ouvir quando começarem a perceber que a sua família não é igual à da maioria dos seus amigos. Mas aí existe a explicação de quem cria e o que os outros dizem só mostra o quanta falta de respeito as pessoas têm para com os outros que só querem deitar abaixo. Quando se criticarem casais homossexuais que criam uma criança com tudo o que lhe têm para dar devia-se pensar se na casa desses bons críticos os mais pequenos sentem carinho e bem-estar... Talvez essas mesmas crianças que vivem com os seus pais de sangue fossem mais felizes fora dessa família que não dá valor ao que tem!

Portugal deu mais um passo a favor das crianças e dos sentimentos dos adultos! Agora só falta mesmo a adoção em pleno por parte dos casais homossexuais!