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O Informador

Motivos para adorar Lisboa

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Lisboa, a capital portuguesa, tem encanto e a revista Forbes elegeu com a ajuda dos critérios dos turistas mais de uma dezena de razões para visitar a nossa cidade. Todos sabemos que Lisboa está na moda, ou melhor, Portugal está na moda, e há que aproveitar todo este momento para criar novas condições que acompanhem o fascínio de quem nos visita. A História aliada à gastronomia, cultura, segurança, simpatia, arte e preços baixos dão o mote para que Lisboa seja adorada e aconselhada por quem passa. 

Com isto Ann Abel, jornalista e editora da revista norte-americana, afirma que além de segura e barata, a nossa capital encanta através das ruas pitorescas do centro histórico, da arquitetura dos edifícios lisboetas, dos palácios, da cultura, da melancolia e dos restaurantes do Chiado e do Príncipe Real que não passam despercebidos a quem por lá passa.

Eis os locais eleitos pela revista que não se deve deixar de visitar quando se viaja até à cidade alfacinha...

O recentemente inaugurado restaurante Bairro do Avillez e o Belcanto, ambos do tão bem conhecido e galardoado chef José Avillez que dispensa apresentações. Logo de seguida surge o bar do terraço do hotel Tivoli que provoca nos visitantes uma sensação única sobre a cidade de Lisboa. Ao mesmo tempo e porque a Cervejaria Ramiro tem obra feita, eis nova sugestão. O Chiado e o seu comércio tradicional continuam a mostrar que tudo pode persistir no tempo, basta baralhar, reciclar e servir de novo. É caso disso O Purista - Barbière, a barbearia dos tempos modernos e a loja A Vida Portuguesa com produtos tradicionais antigos à disposição do cliente. Quem anda por Lisboa não pode deixar de passar pelo Mercado da Ribeira, recentemente modernizado para acolher o negócio tradicional e atrair outro tipo de clientela.

Made in Portugal

João Santana, o diretor da revista GQ Portugal afirma no editorial da edição de Setembro da publicação que Lisboa está na moda e que o turismo tem vindo a crescer na nossa capital e consequentemente pelo país, o que tem sido visto por muitos e bem comentado pelos últimos tempos. Além disso o sr. Santana também fala de um aspecto importante e que está a ganhar proporções descontroladas, os novos produtos nacionais, de design artesanal, a que se juntam artigos impróprios! Com o crescimento e aparecimento de lojas desta especialidade em cada ponto da cidade, acaba-se por começar a comercializar gato por lebre através dos típicos souvenirs que são levados para terras internacionais para a família e amigos que por lá ficaram. O que sugere o diretor da GQ? A criação de um selo de qualidade para eleger as verdadeiras peças nacionais, valorizando os bons produtos nesta indústria que tem dado cada vez mais cartas pela nossa capital e não só!

Isto é absolutamente verdade! Há uns anos, quando apareceu, por exemplo, a loja de Catarina Portas, A Vida Portuguesa, poucos eram os locais especializados na tradição, onde os antigos artigos estavam de novo à disposição de todos, com velhas ou remodeladas roupagens. Agora e talvez em pouco mais de cinco anos, as zonas centrais de Lisboa estão repletas de muitas vidas portuguesas, com produtos originais, de criadores nacionais, unindo o recente com o antigo, tudo em busca da conquista dos milhares de turistas nacionais e internacionais que passam pelas ruas da capital diariamente. É certo que existem muitos bons locais com a dita qualidade e cuidados com as escolhas do que comercializam, mas ao mesmo tempo também se começa a perceber que outros produtos de qualidade duvidosa e já muitas vezes produzidos longe das linhas portuguesas começam a infiltrar-se com o made in Portugal, não existindo o controlo por parte das entidades responsáveis para o que é servido como sendo nacional.

Os negócios de produtos portugueses apareceram em grande quantidade de um momento para o outro mas a inexistência de cuidado e a busca das vendas rápidas poderão acabar com muitos pontos já de referência. O que é demais acaba por não sobreviver e se não existir um controlo daqui a uns tempos as agora lojas onde o design, rigor e características produzidas por autores lusos acabarão por seguirem outros caminhos, perdendo a verdadeira essência para as quais foram criadas!

O Made in Portugal tem que ser levado com muita atenção pelo país porque a continuar assim as outrora infindáveis lojas chinesas podem dar lugar às lojas dos portuguesas com bandeiras, símbolos e histórias nacionais que nada têm haver com a verdadeira essência para a qual foram criadas... Levar Portugal pelo Mundo de forma original!

Produtos tradicionais é que é!

SaboneteAs lojas de produtos tradicionais e antigos que não têm espaço nas grandes superfícies são um dos novos negócios e neste pequeno mercado com tendência de crescimento, encontram-se coisas que nem se imagina que existem.

Um Sabonete de Alcatrão apareceu-me pela frente um dia destes, assim sem mais nem menos, e sem a minha pessoa saber que tal existia. Nas grandes superfícies são as grandes marcas que lideram e que vendem o que o consumidor final mais procura e que tem a marca X ou Y, mas depois se formos a procurar existem variadíssimos produtos com categoria, com marca de qualidade e com um passado que fez história.

Nesta embalagem que não podia ter deixado de fotografar porque olhando se percebe logo que é antiga, como se pudesse estar a adquirir um sabonete feito em 1980, consegue-se ter a noção que existem as pequenas produções que não tiveram um boom de vendas, mas que se foram mantendo no mercado, vendendo ao longo dos anos para o seu pequeno público que procura produtos específicos e de qualidade. O sabonete de alcatrão é algo que as grandes marcas não têm no seu catálogo, mas este existe através da Ach. Brito que se mantém discreta neste nixo de mercado e que tem o seu público conquistado.

Nas lojas de produtos tradicionais, como é o caso de A Vida Portuguesa, de Catarina Portas, encontram-se variadíssimos artigos deste estilo e feitos em Portugal... Antigos, raros de se verem à venda, de qualidade e que o consumidor final também procura, fugindo-se assim da invasão das grandes marcas que invadem de forma persuasiva o mercado.