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O Informador

Saturday Night Fever | Yellow Star Company

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A Yellow Star Company já estreou a nova grande aposta de teatro musical no Salão Preto e Prata do Casino Estoril, Saturday Night Fever. Após o sucesso de Grease em 2018 e nos primeiros meses deste ano, a produtora de Paulo Sousa Costa, também encenador do espetáculo, aposta na fórmula vencedora e desta vez enche o palco com a febre de Sábado à noite. Inspirado no filme lançado em 1977 com o mesmo nome, Saturday Night Fever convida o público a recordar os grandes sucessos musicais de outrora ao som do disco sound da época e que ainda hoje é lembrado e ouvido. 

Com um elenco encabeçado por Ricardo de Sá, Beatriz Barosa e Mafalda Tavares, os três rostos mais conhecidos do público através dos vários projetos televisivos em que têm entrado, o grupo que conta com quinze rostos em palco reconta assim a história protagonizada por Tony Manero, um jovem que vive no bairro de Brooklyn e que pretende deixar o seu singelo emprego de empregado de balcão numa loja de tintas para se tornar no galã e bom dançarino que reconhece ser. Os fins de semana de dança dão a felicidade a este jovem que sofre ao mesmo tempo uma crise amorosa entre o facilitismo e a luta da dificuldade de conquistar de quem se gosta realmente. Será um concurso de dança a alterar o rumo da história de Tony? Ou todos os percalços dos ensaios e da luta pela conquista irão mostrar que existem razões para se ser bom sem ter de deixar para trás quem nos quer bem? Em Saturday Night Fever a luta pelos objetivos bem definidos e a conquista da felicidade que contraria o que os outros idealizam são um marco. Tony não hesita em deixar para trás a segurança para partir numa aventura que o deixa feliz e onde poderá ainda ter o verdadeiro amor do seu lado. 

Numa sessão com duas partes e intervalo pelo meio, a Yellow Star Company convida para mais uma temporada de espetáculos o público a visitar o grande espaço do Casino Estoril para dar a conhecer Saturday Night Fever, um musical que do meu ponto de vista necessita de ajustes após a estreia para conseguir chegar junto de quem assiste. Numa primeira parte mais fria e que parece descontectada em vários momentos entre os momentos musicais e a história que é contada, é somente após o intervalo que as coisas parecem estar coesas e melhor explicadas para quem está a assistir. O elenco divide-se entre figuras que sabem estar para entreter e quem ainda está a dar os primeiros passos e precisa de tempo para agarrar o desafio que lhe foi entregue numa história que pode conquistar com o tempo se lhe derem a volta que é necessária em alguns momentos. Se um Ricardo de Sá tem na Beatriz Barosa a contracena perfeita, existem atores que ainda não conseguem mostrar o poder de palco para agarrar atenções de modo a ser possível dizer que Saturday Night Fever tem um elenco equilibrado.

Um musical para relembrar os grandes sucessos da época de 70, numa história que continua a ser intemporal e que é contada ao longo de duas horas num espetáculo para ser visto pelos próximos meses no Salão Preto e Prata do Casino Estoril. 

 

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