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O Informador

Quando o tempo não chega

Existem dias em que tudo parece poder acontecer e em que consigo ir a todo o lado e colocar em prática todas as minhas ideias para aquelas vinte e quatro horas. Mas também existem dias em que o tempo não chega e várias coisas têm de ficar para trás, contra a minha vontade!

Quando o trabalho aperta e a vida pessoal também exige mais de mim tenho sempre que deixar alguma coisa para trás e isso irrita-me. Não conseguir estar com as pessoas que quero e ter que dizer que não posso ir por isto ou por aquilo deixa-me triste. Tenho os meus amigos e é com eles que eu me sinto bem e quando não posso aceder a um convite, por falta de tempo, fico revoltado.

Passo oito horas a trabalhar, outras oito horas a dormir e logo aí mais de metade do dia está feito, depois as viagens diárias, as refeições e os cuidados pessoais ocupam outra grande percentagem do dia. Umas compras de última hora, textos para escrever, assuntos para resolver e o que fica de tempo livre? Pouco ou nenhum!

Como gostaria de ter dias em que pudesse esticar as horas livres para poder estar disponível para as pessoas que adoro. Poder estar sentado à conversa de manos com a Patrícia... Ter as conversas calmas com a Cátia... Enlouquecer com os assuntos do Pedro... Partilhar leituras e histórias com a Cláudia... Visitar a Ana... (...)

O tempo nem sempre chega para tudo e quando escasseia começa a pesar na mente de qualquer um. A mim pesa-me bastante o facto de não estar sempre disponível para eles, mas o mundo é assim e o Euromilhões não há meio de me sair para ser um tipo livre dos afazeres do dia-a-dia.

Este foi um texto escrito num dia de cansaço e em que só a cama me serviu de consolo e de preparação para o dia seguinte. O tempo não chega nem para dormir descansado e poder acordar só quando o corpo bem entender!