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O Informador

Primeira visita à Feira do Livro de Lisboa

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Domingo, 27 de Maio de 2018, visitei pela primeira vez a edição deste ano da Feira do Livro de Lisboa. A intenção não era comprar porque o pensamento sobre adquirir livros está virado para a Hora H que este ano realiza-se de Segunda a Quinta-feira entre as 21h00 e as 22h00, uma hora mais cedo que o habitual nos anos anteriores.

A visita foi feita na tarde de Domingo, o tempo estava agradável e convidativo para que se visitasse o Parque Eduardo VII e se andasse de stand em stand a bisbilhotar as ofertas de cada editora. Percorri o certame, fiz umas paragens mais longas que outras, fui espreitando os livros do dia e as promoções. Não comprei nada, como já havia referido, tudo com a intenção de voltar para fazer as compras a preços mais convidativos dentro dos gostos do que pretendo ler pelos próximos meses. 

O recinto parece-me dentro do que tem sido feito, embora não tenha percebido algumas organizações editoriais. Vi grupos de editoras com as suas chancelas separadas e sem proximidade sequer em todo o espaço. Depois também não percebi o facto de os livros do dia andarem com tão pouco desconto, quando por outros anos esse destaque acabava por ser apelativo pelo valor em que se encontravam. Desta vez poucos são os grupos com verdadeiros descontos diários que valem a pena e a distinção entre os grandes com poder de marketing e os mais pequenos e sem pertencerem aos grupos líderes de mercado é cada vez mais notória.

O que se nota também de ano para ano a decrescer são as bancas dos alfarrabistas que são uma minoria, comparando com a força que já tiveram em outros tempos. O negócio destes senhores que amam literatura a sério está cada vez mais fraco ao longo do ano e, tal como as pequenas livrarias que vão sobrevivendo no mercado sem pertencerem aos grandes grupos que vão marcando cada vez mais o seu território, a tendência será desaparecerem com os tempos. Se ao longo de doze meses não se conseguem aguentar, quando chegam os eventos literários onde se podem mostrar, acabam por já não aparecerem porque os custos e o que têm para oferecer já não tem capacidade de atração junto dos compradores de literatura em segunda mão.

A Feira está bem organizada, com vários e diversos espaços para sessões de autógrafos, conversas com o público, lançamentos, workshops, showcookings com um local próprio e geral desta vez, e diversos pontos onde poder saborear alguma coisa nos intervalos dos vários eventos e ao longo da visita pelo recinto. 

Até ao final da 88ª Feira do Livro de Lisboa pretendo regressar para a Hora H e ai sim fazer algumas compras dentro das obras dos autores que já conheço e cujos preços estejam convidativos no horário de maiores descontos.