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O Informador

Pra Cima de Puta | Cristina Ferreira

Contraponto

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Título: Pra Cima de Puta

Autor: Cristina Ferreira

Editora: Contraponto

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Novembro de 2020

Páginas: 152

ISBN: 978-989-666-276-9

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Na Internet e nas redes sociais, a maldade grassa, o fel destila. Assusta-me perceber que há gente que se alimenta disso, que julga e agride os outros com facilidade e sem pudor.

Este livro é sobre a violência e sobre a necessidade urgente de mudar. Com ele, pretendo confrontar-nos com a impunidade das agressões que, nas redes sociais, se dirigem não interessa a quem ou com que consequências.

Muitos considerarão que este título e o que aqui mostro constituem mais uma provocação. É verdade, este livro é uma provocação, uma chamada de atenção. Mas é também um testemunho que acredito que posso deixar. É uma parte da História e da história das pessoas que, impunemente, optam por agredir. Esta maledicência, esta imensa maldade, num mundo que precisa tanto do oposto, surge porquê? O que leva o ser humano a escrever este tipo de comentários? Um dia, daqui a muito tempo, alguém pegará neste livro e conseguirá entender como eram as redes sociais nesta década do século XXI. Talvez encontre algumas pistas.

O que aqui mostro pretende ser uma abertura de caminho para uma análise sociológica que é preciso fazer. Não é para terem pena de mim ou da minha família. É para percebermos que mulheres e homens atacam ferozmente. Na maioria das vezes, sem conhecimento de causa, por inveja pura e simples ou por qualquer outro sentimento que os especialistas saberão identificar melhor do que eu.

Quero que este debate se faça. Sou uma profissional da área da comunicação e chego a muita gente. Quero usar essa influência para tentar criar reflexão e discussão em torno de algo que não me afeta só a mim, de algo que me parece que faz de nós, enquanto sociedade, gente menor do que poderíamos ser.

 

Opinião: Cristina Ferreira tem sido nos últimos anos um dos rostos com maior influência em Portugal, tendo consigo o muito trabalho e dedicação que lhe têm dado força e gerando sucesso em tudo o que idealiza e realiza a solo e com a sua cada vez maior equipa profissional. Dentro de um esquema que vive muito da sua imagem pela imprensa, redes sociais e claro, da televisão, Cristina cresceu junto do público e hoje é a figura que mais vende através da sua imagem e da própria marca. Estarão os sucessos pessoais ligados com tanta critica gratuita que lhe é feita por pura inveja e incapacidade de perceção de que as mulheres merecem tanto os lugares cimeiros como os homens? Estarão os famosos sujeitos a tantos julgamentos gratuitos perante a mesquinhez de uma sociedade que não sabe perceber que as conquistas só acontecem com batalhas travadas, mesmo quando se deixa muito para trás na procura de objetivos que são realizações pessoais? Qual a razão de não se aceitar o sucesso do vizinho quando este idealizou, lutou e triunfou?

Pra Cima de Puta é o exemplo provado de que os ataques gratuitos pelas redes sociais são uma constatação de que muito falha perante as conquistas de uns e outros. Neste caso Cristina mostra o que tem sido dito sobre si por incapacitados que se escondem atrás de ecrãs e teclados para dizerem tudo o que lhes passa pela mente acerca do percurso de uma mulher que é mãe, profissional de sucesso e ambiciosa. Quem não gostaria de atingir metade do que fosse do seu sucesso? Todos, por isso mesmo é que pessoas que se encontram de mal com as suas vidas escrevem de forma bastante negativa os comentários ordinários que são transcritos neste livro que só mostra um ponto bem pequeno do que tem sido publicado pelas redes sociais sobre Cristina Ferreira. Poderia este livro ser também uma reflexão sobre as mentiras e criações que têm sido feitas pela imprensa nos últimos anos, mas desta vez a apresentadora resolveu basear-se nas picardias e asneiras que têm sido proferidas por anónimos e pessoas com nome através das redes sociais. Cristina mostra, opina sobre o que foi escrito, mostra o seu lado de tudo o que lhe têm endereçado de forma desagradável e revela já não dar crédito a pessoas que pretendem descarregar as suas más energias e frustrações de forma pública nos outros, criando um ciclo de comentários negativos em torno de uma figura que alcançou o topo pelo seu trabalho.

Este livro é o grito que famosos e anónimos necessitam para se começar a debater o bullying que é feito através de ecrãs e teclados, sem muitas vezes existir um rosto, somente palavras baratas e tantas vezes mal escritas, de seres que não se dignam a socializar de forma online de forma positiva. Podem ter uma boa ou má opinião, mas será mesmo preciso deitar abaixo com expressões do tipo, "velha de merda so neste pais uma peixeirona vingativa a ganhar o que ganha portugal no seu melhor" ou "esta gaja não vale merda", tal como "esta cristina na cama deve ser um cronho, digovos uma coisa, avaliar pela pessoa que se vê na tv, na cama deve ser um trambolho... muita fava pouco vinho, vai te cronho, deves penssar k és a ultima bolacha do pacote, velha caduca..." e ainda "horrível... fecha as pernas", transcritos com erros, tal e qual como foram publicados por pessoas desagradáveis e de mal com as suas próprias vidas. 

Vale tudo através das redes sociais para tentar rebaixar e provocar o próximo? Quando existirá uma lei capaz de castigar quem parece ter muito à-vontade para falar dos outros através do teclado e sem dar a cara num frente-a-frente? Não, não podemos generalizar e muito menos rebaixar de forma gratuita, seja quem for. As redes sociais servem para muito mas será um vale tudo para hipócritas que não conseguem assistir ao sucesso dos outros sem atacarem com maus hábitos?

Em Pra Cima de Puta Cristina revela, comenta e convidou Válter Hugo Mãe para prefaciar o livro, contando com os contributos da jurista Dulce Rocha, da filósofa Joana Rita Sousa, do médico psiquiatra Júlio Machado Vaz, do médico pedopsiquiatra Pedro Strecht e da socióloga Maria José da Silveira Núncio, que dentro das suas especialidades mostraram o problema que este fenómeno do bullying online já tem no presente e que tenderá a piorar com a passagem do tempo e pela falta de leis que determinem o término da liberdade de expressão de cada um quando esta atinge os limites da integridade do outro. 

Pra Cima de Puta pode ter um título polémico e chamativo como Cristina nos habituou para logo se destacar, mas não é esta a mulher que tem um toque de sucesso em tudo o que faz por existir uma boa campanha de marketing à sua volta? O nome logo provoca, dá que falar e o tema deve colocar a sociedade a repensar o futuro para o qual caminhamos com estes ataques gratuitos a surgirem sem qualquer tipo de punição. Hoje é Cristina Ferreira, amanhã pode ser qualquer um de nós, já que os presságios de maldade não acontecem somente para com os rostos mais conhecidos da nossa praça. 

 

 

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Pra Cima de Puta

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