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O Informador

O primeiro dia!

O antigo emprego já lá vai, o desemprego já foi e hoje iniciei uma nova etapa profissional. Não estava nervoso mas sim um pouco ansioso com o que me esperava, no entanto o primeiro dia correu tão bem que acho que superei as minhas próprias expetativas.

Primeiramente senti-me em casa logo ao primeiro dia, sei que nenhum emprego é um mar de rosas e que ninguém é perfeito, mas que talvez na anterior empresa não tivesse sido tão bom a receber os novos colegas como me receberam a mim agora. Sempre tentei mostrar os cantos à casa e fazer com que todos se sentissem bem, mas agora que sou eu o novato da equipa senti-me como se já os conhece à mais tempo, não existindo qualquer tipo de constrangimentos de fazer conversa e de ligação com os novos companheiros de jornada que estão prontos a receber, apoiar e tirar qualquer dúvida.

No que toca ao trabalho e nesta fase inicial talvez tenha pensado que tudo seria mais complicado de ser feito, mas o tempo faz maravilhas e com o primeiro dia percebi que mais uma vez será o hábito a fazer o profissional que está disposto a aprender tudo o que existir para adquirir a partir de agora. Passo a passo tudo foi explicado, comecei a tentar fazer sozinho e já consegui chegar a bom porto nos primeiros processos em mãos, os mais fáceis por sinal, agora será dar continuidade e não perder o comboio, tendo ainda de pegar nas carruagens que foram deixadas para trás por alguém. Tudo se fará com ajudas até estar minimamente dentro do esquema da situação para depois sim conseguir enfrentar o peso a solo. 

Estou contente com o emprego que arranjei, sentido que acabei por saber escolher dentro do tempo em que procurei. Talvez se procurasse um pouco mais encontrasse ainda melhor, mas na entrevista logo pensei que seria ali que queria trabalhar e consegui atingir o objetivo e lá estou eu, prestes a assinar contrato de um ano e empenhado para conseguir não desiludir ninguém e principalmente a mim.

O que senti falta em comparação com o antigo trabalho, mas que é compensado por várias outras coisas, é o silêncio. Não estou habituado a trabalhar em silêncio durante todo o dia, tendo anteriormente sempre alguém a falar. Agora pode passar uma mosca que é ouvida a desfilar pelos corredores. Nisso é o que talvez irei notar uma maior diferença, mas o facto de ter ganho outros objetivos, condições, organização e um tipo de pensamento diferente pela forma de se fazerem as coisas acaba por compensar qualquer barulho inexistente.

 

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