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O Informador

Novidades do Desempregado

Não, ainda não sou considerado um desempregado! Aparentemente estava quase tudo despachado com os documentos necessários para poder, ao fim de mais de um mês colocar os papéis e começar a pensar em seguir em frente. Tudo parecia estar a correr bem, quando falta afinal um comprovativo de aviso de receção!

Primeiramente, penso que tenho todos os documentos e lá vou eu, de forma rápida porque estou farto e cansado desta situação direito ao Centro de Emprego do Concelho onde habito. Dirige-me a um grupo de funcionárias no local que deveriam estar em pausa, pelo aspeto da situação, e coloquei a questão sobre onde poderia dirigir-me para dar entrada para o desemprego, isto porque logo percebi que não estava no sítio certo. De forma rápida e para me despacharem logo me entregaram um cartão com telefone e email da central da região onde me teria de dirigir para poder tratar da situação numa fase inicial. Tentei colocar uma questão sobre uma cópia e não um original que tinha comigo mas rapidamente me disseram que essa questão teria de ser colocada no local onde iria e não por ali. Ou seja, existe Centro de Emprego local mas para questões iniciais, pelo menos, somos reencaminhados para mais de trinta quilómetros de distância porque será mais fácil. Fácil para quem está sentado em amena cavaqueira porque não achei graça alguma ter de pegar no carro e lá ir. 

Não perdi tempo e meti-me a caminho para me despachar o quanto antes. Ao longo da viagem e com o contacto que me deram anteriormente fui tentando ligar para o Centro de Emprego para onde me estava a dirigir, já que podemos fazer marcação para que seja mais rápido. Mais de meia hora de viagem, com várias tentativas de contacto e ninguém me atendeu. Desisti, estacionei o carro e perguntei onde ficava o espaço. Lá fui excelentemente bem indicado que consegui à primeira encontrar o suposto final disto tudo. Entrei, tirei uma senha para «inserção no desemprego», logo veio o segurança perguntar qual o motivo de ali estar e fiquei a saber que a senha a ser retirada teria de ser a de «outros» entre mais de dez opções. Ok. Lá me fiquei e fui imediatamente chamado, pois pensei eu, porque fui chamado sim mas para uma tiragem, como no hospital e fiquei escalado para esperar uma hora, nem foi muito na verdade. 

Esperei a dita hora e lá fui chamado por uma simpática funcionária que me explicou tudo e mais alguma coisa. Tudo estava a correr bem, quando percebemos que falta um Aviso de Receção, aqueles papelitos vermelhos e brancos dos correios, que ainda não me chegou em como a empresa recebeu o meu despedimento por não me pagar o salário. Tudo tão perfeito e a minha cara já estava a alterar de expressão quando percebi que afinal tenho de esperar que o dito papel chegue a casa para voltar a fazer trinta quilómetros, perder mais de meia hora de caminho para cada lado e tentar ter sorte, porque o que andamos a fazer é só mesmo tentar resolver a situação que está bem difícil de ficar para trás das costas. 

Ou seja, recebi o meu último ordenado no início de Março, correspondente ao mês de Fevereiro, e até agora nada mais e sem previsões de ficar com esta treta todo resolvida para que vocês, pessoas queridas e a necessitarem de novos funcionários, me possam contactar para futuras entrevistas porque me querem muito ter pelas vossas empresas. Já me podem chamar, não poderei é ir logo logo trabalhar, mas podemos adiantar caminho. 

Oh vida de quase desempregado chata! É que isto é aquilo a que muitos chamam de chove e não molha!