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O Informador

Morte em Viena

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Autor: Daniel Silva

Lançamento: 2006

Editora: Bertrand Editora

Páginas: 328

Classificação: 2 em 5

 

Sinopse: Restaurador de arte e espião ocasional, Gabriel Allon é enviado a Viena para descobrir a verdade por detrás do atentado bombista que vitimou um velho amigo. Ao fazê-lo, descobre algo que vira todo o seu mundo do avesso: um rosto, um rosto que parece assustadoramente familiar, um rosto que o gela até aos ossos e que o faz querer saber mais. 

Porém, cada descoberta que faz apenas suscita mais perguntas; cada camada que desvenda apenas mostra mais camadas por debaixo. Finalmente, começa a surgir uma imagem, e que é mais terrível do que ele alguma vez poderia pensar: um Mal que lança os seus tentáculos há mais de sessenta anos sobre milhares de pessoas e sobre os seus próprios pesadelos. Em breve, Allon descobre que terá de procurar não apenas um monstro, mas muitos. E os monstros estão espalhados por todo o lado…

 

Opinião: Após leitura de outras obras de Daniel Silva, há dois anos tentei ler Morte em Viena e por algum motivo deixei esta leitura e só voltei a pegar no livro quando achei que estava no momento certo. Erro meu!

Morte em Viena não me conseguiu cativar em nada e do início ao fim, sim porque resisti e não deixei a leitura de lado desta vez, não consegui encontrar o fio condutor desta obra que se encaixa no ciclo de três romances que convocam o tema do Holocausto de onde fazem parte O Assassino Inglês e O Confessor.

A boa escrita do autor é bem visível nesta obra, no entanto algo neste livro fugiu da leitura que fui fazendo e consegui aguentar as mais de trezentas páginas sem encontrar na verdade o significado desta história por onde me perdi em nomes, locais e épocas. Nada me fez sentido, mas por vezes existem livros com alturas para nos fazerem companhia e este por duas vezes não me conseguiu encontrar ou vice-versa.

Gabriel Allon é o protagonista desta história de investigação que une factos reais com ficcionais, tentando guiar o leitor por locais como Viena, Roma, Buenos Aires e Munique numa situação de investigação em busca da verdade do presente e também para remendar erros do passado. A personagem está bem construída e desenvolvida, mas perde pelo envolvimento e encadeamento com tantas outras que não conseguem ser descritas, acabando por tudo ficar numa tombola onde a junção não consegue ser perfeita.

Um livro que não gostei de ler e sobre o qual não consigo apontar boas razões para ser lido! Por aqui Daniel Silva desiludiu com uma história que podia ser contada de forma bem mais apetecível, mas onde o seu desejo de baralhar acabou por revelar que por vezes vale mais simplificar do que encadear ao ponto de complicar a mente do leitor que só quer desfrutar de uma boa leitura sem qualquer ato desencorajador por perto.