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O Informador

Encontros indesejados

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Existem dias em que nem todos estamos para aturar certos cromos que nos aparecem pela frente. Estava num desses dias quando me apareceu pela frente uma antiga colega de trabalho daquelas que tanto fala para não dizer nada, que acaba por cansar só de saber que quando me vê ao longe já vem a pensar no tanto que tem para contar sobre a sua vida.

Foi uma situação deste género com que me deparei há uns dias. Tinha estacionado o carro para seguir a minha vida e eis que ainda no parque de estacionamento vejo de frente, ainda com alguma distância, a pessoa que desejava não ter encontrado naquele dia. Sei que de forma rápida o cérebro tentou que me escapasse para algum lado, mas o olhar foi fulcral e ao mesmo tempo que a vi também fui apanhado na ratoeira e tive de seguir em frente.

Naquele momento pensei que teria de ser simpático, dar um pouco, mas mesmo pouco, de conversa para não transmitir uma de mal educado e colocar a máscara de simpatia própria para o momento. Assim foi, lá segui o meu caminho, cumprimentamos-nos e fiquei uns bons vinte minutos a conversar, ou melhor, a ouvir um quase monólogo daqueles que têm direito a histórias do dia mas também a memórias do tempo de trabalho e de figuras que só ouvimos falar e nem sabemos quem são ao certo. 

Tentei escapar mas não consegui arranjar aquelas desculpas e o telemóvel também não tocou para me auxiliar a terminar aquele encontro. O que sei é que fiz a minha boa ação do dia, muito certamente, deixei alguém feliz por me poder contar as suas novidades, interessantíssimas, e lá segui, uns minutos depois, o meu caminho. Se fiquei feliz com isto? Não, mas também não me tiraram nenhum bocado!

Gosto de falar com as pessoas, existindo momentos em que até estou disponível para ouvir quem quer que seja, mas outros em que não dá mesmo e naquele dia aquela pessoa era mesmo de evitar, mas não consegui.

Um encontro indesejado que espero voltar a não repetir tão cedo.

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