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O Informador

A procura do Silêncio

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Na correria do dia-a-dia queremos chegar a tempo e horas a qualquer lugar onde as combinações, o emprego e a família esperam pelo momento marcado numa azáfama onde acabamos por querer estar em todo o lado, perceber o que se passa e onde devemos estar para que nada nos escape. Arrebanhar o tempo, correr de um lado para o outro, esgotar as energias e chegar ao final de um dia acordado e somente pensar que é tempo de dormir para voltar a reagir para mais umas horas de vida agitada onde o descanso e o silêncio pouco existem. 

E a paragem silenciosa para se refletir, procurando o silêncio que tanto ajuda a limpar a alma, que nos transporta para outros patamares quando a solo enfrentamos uma solidão que não tem de ser vista como inimiga, mas sim como um trunfo precioso de renascimento. Onde fica essa pausa no meio de tanto para fazer?

Poder encontrar o momento diário para encontrar o espaço de sossego, silêncio e calma, procurando um conselheiro invisível mas que habita no interior de cada um. Afinal de contas quem pode ter um melhor amigo a quem amar e valorizar se primeiramente não se souber amar a si próprio?

Usando o poder do silêncio, onde tudo fica concentrado na verdadeira essência pessoal, dos medos às conquistas onde os sonhos e os troféus ganham destaque numa luta interior para com os receios das falhas. Silenciar a vida por uns momentos, recolhendo tudo o que acontece num pacote individual que não tem de ser partilhado sem que saibamos quem somos e para onde queremos seguir. 

Aprender a trancar o som e entrar numa bolha essencial de vazio que espera por ser preenchida pelas partilhas intimas do que há internamente para reordenar, afastando os pesos que habitam pelas redondezas para deixar lugar vago para o que possa surgir futuramente. 

O silêncio surge quando é necessário, seja no interior do lar, no trabalho ou mesmo até numa rua movimenta, bastando cada um procurar o seu canto, encontrar um espaço porque a companhia já lá está, existindo a necessidade de um bom encontro e de partilha interna para que tudo passe ao lado. Conhecer as limitações, saber até que ponto se pode chegar e o que se pretende alcançar, perceber o que não passam de ilusões infundadas e o que é de facto uma realidade. Usufruir da companhia do poder da mente, colocando perguntas essenciais ao longo do dia sobre o que deve e não deve ser feito, procurando respostas exatas e sem «ses», pretendendo acima de tudo encontrar a verdade transpostada pela consciência de cada ato. 

Encontrar o silêncio, procurar refletir, sem comunicações e distrações que nos façam querer de imediato logo estar a controlar o passo seguinte do dia porque existe tanto para fazer ainda. Parar para descansar e encontrar um conhecimento pessoal que só pode ser controlado por quem habita muito bem com o seu intimo para se poder entregar aos outros. 

A procura pessoal do silêncio não é uma obrigação, é um bem necessário!

 

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