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O Informador

À Conversa com… Diogo Garcia

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Diogo Garcia já fez cinema e televisão mas é no teatro onde pode ser visto com maior frequência, fruto do amor pela arte e das oportunidades que têm surgido na sua carreira. Com espetáculos para miúdos e graúdos no processo de crescimento enquanto ator, este jovem ainda tem muito para percorrer no mundo da representação onde cada momento serve para ajudar a ganhar conhecimento e criar laços que ficam para a vida.

Convido-vos a conhecer um pouco do seu percurso e dos projetos que mais marcaram o Aladino dos palcos nacionais!

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Gostaria que o Diogo se apresentasse ao público em geral que ainda não teve contacto com o seu trabalho.

Ora bem... Então o Diogo é um rapaz cheio de sonhos, um ator com uma maluqueira saudável em palco e na vida, por vezes em excesso, que preza a verdade em cena e fora dela.

 

Atualmente tem sido uma presença assídua dos palcos nacionais, mas até atingir o início de um sonho, que caminhos foram percorridos?

(Assídua acho exagerado) Foram audições em cima de audições, muitos "não", trabalhos fora da área, muito estudo, muitas alegrias e pouco choro, mesmo em situações de maior aperto. A persistência é o fator essencial e a sorte dá trabalho. Não tive medo de "bater à porta" e dizer "Olá, sou ator e estou disponível para trabalhar". Com o tempo aprendi a ter "lata".

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Vários são os espetáculos já feitos pelos últimos anos. Existe uma produção teatral que se tenha destacado e ficado na memória por motivos especiais?

Sim, o "Aladino e a Lâmpada Mágica". Por todos os motivos e mais algum. Foi o meu primeiro protagonista, logo a exigência e a preparação foi outra, e por partilhar o palco com seres humanos extraordinários. Passámos muito tempo juntos e criámos laços muito fortes que ainda hoje permanecem. Foi um ano de carreira, com algumas interrupções pelo meio, muito feliz, com acontecimentos inexplicáveis que me fizeram crescer. Fui muito feliz! Aceitaria prontamente a reposição.

 

Trabalhar para o público infantil com Aladino e a Lâmpada Mágica consegue ser um projeto com uma necessidade maior de concentração que ter pela frente o público adulto?

Não. É igual! A entrega é a mesma, só muda o auditório. No caso das peças infantis em que participei isso é relativo, porque havia sessões familiares. Claro que as reações são outras... Recebes outro tipo de "presentes". As crianças não têm filtro, são muito genuínas e sinceras, ou gostam, ou não gostam… São os nossos diretores de palmo de meio. Neste caso foram muito calorosas nos abraços e nos sorrisos, e esse é o nosso maior prémio. Sabemos o quão importante é alimentar nas crianças a criatividade, a afetividade, a magia, etc. Estamos a ajudá-las no seu desenvolvimento, logo há uma componente pedagógica muito importante, e que aplaudo. É uma linguagem diferente, que requer outro tipo de abordagem, apenas isso.

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Além dos palcos também já existe cinema e televisão pelo percurso profissional. Existem mesmos três amores ou o palco é sempre o palco?

A minha carreira tem-se pautado mais pelos palcos, e isso já diz alguma coisa, mas não deixo de parte outros géneros de representação. É preciso que surjam os desafios e que sejam assim mesmo, desafiantes. Preconceitos à parte, no final de contas, ator é ator independentemente de onde ele esteja. O importante é fazer… O importante é trabalhar.

 

No teatro já protagonizou alguns trabalhos e pelas outras plataformas a ambição será continuar a conquistar para um dia ser figura maior?

A ambição será a de sempre, pautada por tudo aquilo que vier fruto do meu esforço e do meu trabalho. Se ao longo da minha carreira surgirem papeis de destaque que me levem a ter outro tipo de reconhecimento/visibilidade serão dádivas da vida que eu agradeço, mas não tenho essa pretensão. Se isso acontecesse estava tudo errado, e valeria mais começar do zero.

 

O Diogo além da representação terá certamente outras ambições profissionais que poderá partilhar connosco.

Gosto muito do trabalho de bastidores, tanto em palco como em televisão/cinema. E há uma grande paixão pelo mundo da televisão/realização.

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Existem rituais pessoais de um ator que raramente são partilhados com o público. Tem algumas superstições antes de entrar em palco que nos possa contar?

Zero. Não tenho superstições. Só noites mal dormidas! Durante os processos e com o aproximar da estreia passo noites em claro.

 

Revele-nos uma situação imprevista que tenha acontecido em algum trabalho e que tenha dado a volta para que não deitasse tudo a perder em plena sessão.

No "Aladino e Lâmpada Mágica" quando fomos à Madeira. No ensaio geral a horas da estreia lesionei-me e fui operado de urgência a um dedo da mão. Foi o pânico! A continuação daquela digressão dependia de mim e da minha decisão. Foi uma madrugada longa. Passou-me tudo pela cabeça! Corri o risco e não deixei que uma equipa saísse prejudicada. Os espetáculos aconteceram, com um Aladino limitado, mas acho que a peça não saiu prejudicada, fruto do amor de todos.

 

Projetos futuros e onde o poderemos continuar a acompanhar?!

Em Novembro e Dezembro, volto aos palcos com "A Bela e o Monstro" no Casino Estoril. E muito em breve poderão ver-me num episódio da quarta temporada do "Inspetor Max".

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