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O Informador

Måneskin | Zitti E Buoni

Eurovision 2021

2021 não foi um ano em que tenha acompanhado os preparativos para o Eurovision, ao contrário de outros anos, no entanto consegui perceber que na reta final vários eram os países com intérpretes que se podiam destacar por existirem boas candidaturas, ao contrário do que já aconteceu num passado recente. Com Portugal a conquistar o décimo segundo lugar com os The Black Mamba a interpretarem o tema Love Is On My Side, num dos melhores resultados do nosso país no evento, foi a Itália com Måneskinn e com a música Ziite  E Buoni que alcançou o primeiro lugar na grande noite do Eurovision, após um ano sem a realização do evento acontecer. 

Maria João Abreu

1964-2021

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Morreu a atriz Maria João Abreu, aos 57 anos de idade, após sofrer um aneurisma cerebral que a fez lutar pela vida ao longo de dias no Hospital Garcia da Orta, em Almada. 

Após se sentir indisposta ao longo das gravações da telenovela A Serra, da SIC, a atriz foi levada e internada de urgência com o diagnóstico com bastantes reservas sobre o seu futuro. Os dias passaram, as máquinas seguraram a vida de Maria João Abreu, a rainha, como Filipe la Féria a apelida por ter protagonizado no teatro A Rainha do Ferro Velho, até que o fim de vida aconteceu. 

Com uma vida dedicada ao teatro com dezenas de espetáculos de sucesso ao longo da carreira, com o cinema e a televisão a darem-lhe o grande destaque dos últimos anos, Maria João Abreu é das figuras de maior consenso entre a sua classe, deixando o vazio onde as palavras com quem se cruzou no seu caminho não podem ser mais explicitas. A amizade, o amor, a boa disposição, o profissionalismo... A unanimidade de todos para com a atriz parece ser visível na hora da sua partida para outra vida, para junto de outros grandes talentos que nos deixaram nos últimos anos.

Somando sucessos no teatro e ganhando grande notoriedade em televisão com séries como, por exemplo, Médico de Família (SIC), Bons Vizinhos (TVI), e Aqui Não Há Quem Viva (SIC) e novelas como Feitiço de Amor (TVI), Morangos com Açúcar (TVI), Os Nossos Dias (RTP), Golpe de Sorte (SIC), Mar Salgado (SIC) e atualmente em A Serra (SIC), a atriz também marcou presença em grandes filmes portugueses, como é o caso de Call Girl, de António-Pedro Vasconcelos, Florbela de Vicente Alves do Ó, A Mãe é que Sabe, de Nuno Rocha, e Submissão, de Leonardo António.

Glória, a primeira série portuguesa na Netflix

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As gravações ainda estão a decorrer na região do Ribatejo e em Lisboa, mas a Netflix já fez saber, através das redes sociais, que daqui a uns meses chegará à plataforma a primeira série original portuguesa. Glória, de seu nome, será assim a primeira produção nacional a chegar à Netflix. Vem tarde mas finalmente chegamos lá!

Esta produção da SPi e com coprodução da RTP consiste num thriller que decorre nos anos 60, durante a Guerra Fria, cuja história se desenrola maioritariamente na aldeia de Glória do Ribatejo, onde fica situado um centro de transmissões norte-americano destinado a emitir propaganda do país para a Europa de Leste. Com um engeneiro português a ser recrutado pela KGB, a polícia secreta de Moscovo, para assumir os comandos da espionagem em Portugal, a aldeia ribatejana transforma-se num palco para a passagem de informação entre os vários pontos estratégicos da Europa em plena Guerra Fria. 

Com realização de Tiago Guedes e argumento de Pedro Lopes, Glória conta com os atores Miguel Nunes, Victoria Guerra, Afonso Pimentel, Gonçalo Waddington, Carolina Amaral e Adriano Luz nos papéis centrais, a quem se juntam Carloto Cotta, Inês Castel-Branco, Leonor Silveira, Maria João Pinho, Sandra Faleiro, Marcelo Urgeghe, Joana Ribeiro e Rafael Morais.

 

Passa Por Mim no Rossio, uma Memória na RTP1

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03 de Maio de 2020, tarde de Domingo, tempos de quarentena, momento de zapping pela televisão e eis que numa paragem pela RTP1 percebo que estão a passar o espetáculo de 1991, Passa Por Mim no Rossio, uma retrospetiva da revista à portuguesa recheada de memórias entre 1851 até ao 25 de Abril de 1974 e que encheu a sala do Teatro Nacional D. Maria II numa temporada de grande sucesso e com direito a tournée nacional. Sei que esta produção teatral marcou a história dos palcos nacionais, mas a questão que aqui coloco é só uma... Uma gravação de 1991 a passar em plena tarde de Domingo na RTP1 quando existe um canal apelidado por RTP Memória?

Algo parece não bater certo nas decisões que o diretor do canal, José Fragoso de seu nome, parece andar a fazer para ocupar os tempos livres da RTP em tempos de pandemia e sem novos programas para lançar neste momento. Será que não existe cinema nacional, formatos que passaram despercebidos em outros horários e mesmo entrevistas e reportagens mais recentes para poderem ser transmitidas? Passar um espetáculo histórico de 1991 num canal principal quando existe uma haste com Memória onde estas recordações fazem sentido passar também para chamar público para o que parece ser um dos irmãos bastardos do canal público de televisão não faz de todo sentido. 

Sabemos que agora é tempo de #EstudoEmCasa pela RTP Memória ao longo da semana de manhã e até meio da tarde, mas todos os outros horários estão livres e estas gravações com história e algum bolor podem bem fazer parte da programação selecionada para horas livres, em detrimento de passarem formatos internacionais comprados somente porque são antigos. Nacional é bom e recomenda-se, mas tudo no seu devido lugar e espaço!

Cunhas e pedidos nacionais

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Vivemos claramente num país onde a cunha é um ponto forte dentro de variadíssimas áreas e as coisas são feitas de forma tão descarada em certos casos que nem é possível disfarçar. Hoje apetece-me falar de um caso tornado público pela própria protagonista e que em poucas semanas se transformou de um desabafo a um pedido de cunha com resultado.

Lembram-se da fadista Raquel Tavares que foi para a televisão dar uma entrevista emocionante e que na altura foi aplaudida por dizer que estava cansada da profissão que tinha e que queria mudar? Dando até a dica que podia ficar a trabalhar nos bastidores ou a fazer qualquer outra coisa para não estar em destaque nos palcos pelo cansaço de cantar e pelo mundo envolvente da fama. Pois é, quem uns dias depois logo fez participação especial como atriz numa série de outro canal televisivo para logo ser chamada pela direção onde a partilha aconteceu para também integrar a ficção do canal? Como se não bastasse agora virou repórter de um programa semanal. 

Vamos lá ver então o que aconteceu... Senti na altura que tudo era um desabafo mas um claro pedido de ajuda para uma pequena cunha dentro de outro campo, sem que deixasse a fama pelo estatuto, embora tenha sido revelado o contrário. A entrevista foi bem vista mas poucos suspeitaram que aquele disfarçado pedido desse frutos. Não é que agora o choradinho funcionou mesmo e o cansaço demonstrado pelo que fazia abriu-lhe outras portas graças a uma choradeira comovente e grandes cunhas que lhe deram a mão pela amizade?

Festival somente para recordar...

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Somente para mais tarde recordar que em 2020 também existiu Festival da Canção! 

Elisa foi a vencedora do Festival da Canção 2020, com o tema Medo de Sentir, de Marta Carvalho, caminhando assim para representar Portugal no Eurovision, a realizar-se no Ahoy Arena em Roterdão. 

Não acompanhei e nem vi as Semi-Finais e a Final na totalidade do Festival da Canção deste ano, mas pelo que consegui perceber, entre as propostas na competição esta era mesmo a melhor solução, merecendo assim o primeiro lugar.

Aposta forte no BB2020

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Nuno Santos chegou à direção da TVI em Janeiro e aos poucos começou a mostrar algum trabalho a nível de programação e novos projetos, mas muito lentamente. O que tem feito de forma rápida é o número de contratações para criar o futuro do canal que foi líder durante anos para o deixar de ser com a saída de Cristina Ferreira para a SIC no final de 2018 e com o crescimento do canal da Impresa até à liderança. 

O novo diretor do canal de Queluz optou por ajustar futuras estreias e contratações para depois sim apostar forte com outros nomes que surgem de fora do canal e alguns até um pouco imprevisíveis mas que aos poucos começa a ser percetível a vontade de renovar, rejuvenescer e apostar no futuro de forma jovem, refrescante e onde o talento existe para desfolhar. 

A primeira grande aposta será no BB2020 e é nesse ponto que a primeira contratação, e também a que causou maior impacto foi mesmo a de Cláudio Ramos, que deixou os seus vários programas no universo SIC e mesmo a vizinhança de Cristina para abraçar a apresentação do regresso do Big Brother aos ecrãs nacionais. O Cláudio mudou, foi anunciado e começou a trabalhar. Os dias passaram e nada mais parecia acontecer dentro do que seria a aposta no reality show, começando o público a pensar que toda a restante equipa seria um pouco mais do mesmo do que foi feito anteriormente. Eis quando novos nomes foram anunciados e quase de rajada. Ana Isabel Arroja e Rui Simões, ambos rostos e vozes da Rádio Comercial, passarão também a entrar na casa dos portugueses com um papel a anunciar nos vários blocos diários do B2020. A surpresa surge logo de seguida com a contratação de Mafalda Castro, que esteve na equipa da última edição do programa da RTP, The Voice, onde acabou por ser a revelação ao lado de Catarina Furtado e Vasco Palmeirim. A influencer e responsável pelas manhãs da Mega Hits também está na equipa do novo Big Brother, sendo, segundo a direção do canal, uma aposta que chegou ao canal para ficar. Agora e sem se esperar, Ana Garcia Martins, a conhecida blogger A Pipoca Mais Doce, surge como comentadora residente do reality show e a grande promessa Maria Botelho Moniz, que nos últimos anos tem mantido um papel ofuscado na SIC, troca de canal e deixa a reportagem do programa de João Baião e o comentário no Passadeira Vermelha para ser uma das apresentadoras dos blocos do BB2020.

Há um mês estes nomes eram inesperados de ser chamados pela direção da TVI, agora começam a fazer sentido através dos pontos fortes que a equipa de Nuno Santos tem revelado sobre o futuro do canal. O lema é «a mudança começa agora» e até os rostos centrais do canal parecem estar em renovação para baralhar, dar de novo, intercalando com a apelidada novidade de quem promete e não teve até aqui a oportunidade de se destacar. Estes nomes, e mais uns quantos que devem estar para surgir, são o futuro da televisão e é nessa visão que parece estar o destaque do canal que caiu e agora tem a ambição de continuar a levantar o que correu mal em mais de um ano para voltar a ser o que era. 

Cláudio troca Cristina pelo BB2020

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Pouco mais de um ano após se assumir como o vizinho mais fiel de Cristina Ferreira na SIC e com 18 anos com vários projetos no canal agora dirigido por Daniel Oliveira, Cláudio Ramos não hesitou quando o novo diretor da TVI, Nuno Santos, lhe apelou com a apresentação da nova edição comemorativa do Big Brother e o apresentador deixou mesmo a sua melhor fase no canal do grupo Impresa para abraçar, como já revelou à imprensa, «um sonho»!

Com estreia marcada para o final de Março, o novo BB2020 andava envolto em suspense quanto ao seu apresentador. Teresa Guilherme, Manuel Luís Goucha, Júlia Pinheiro, Vasco Palmeirim, Isabel Silva, Fátima Lopes, Nuno Eiró e mesmo Cláudio Ramos foram nomes comentadores e divulgados como possíveis hipóteses para apresentarem a edição renovada do reality show mais famoso do mundo. O suspense terminou, os castings estão em reta final, o local da nova moradia será na Ericeira e a preparação da produção está a decorrer a todo o gás. 

Foi através da sua conta pessoal do Instagram que Cláudio Ramos deixou a sua mensagem de agradecimento a todos os profissionais da SIC, dando ao mesmo tempo a notícia de que estava de saída para apresentar a nova edição de um programa que sempre o fascinou. «Da SIC guardo tudo de bom até na forma como me ajudou a gerir esta despedida. Deixo uma palavra de agradecimento à família do Dr. Francisco Pinto Balsemão, ao próprio Francisco Pedro, atual diretor da empresa, e à Mónica, com que trabalhei mais diretamente, que sempre foram comigo da maior atenção e um obrigado especial ao Daniel Oliveira que enquanto diretor, na altura da maior revolução televisiva dos últimos tempos contou comigo e fez de mim parte na história da televisão», partilhou. Falando também do projeto que o espera por «voar na direção do sonho e de aceitar um desafio absolutamente maravilhoso, esperado e ambicionado por mim há muito», rematando que «da mesma maneira que contei com todos ao longo destes anos vou continuar a contar porque continuo em vossas casas. Literalmente e mais que nunca... Sempre. Não me falhem. Por favor! Obrigado!». 

Cláudio Ramos sair da SIC neste seu momento profissional, onde estava inserido num programa com liderança absoluta e com as audiências a dar a primazia quase total ao canal, após vários anos de derrota, não era de todo assim tão esperado. Poderia acontecer, mas não via assim tão certo esta saída, embora já em Janeiro e com umas férias de duas semanas em que até a imprensa parece ter ficado algo surpreendida, percebeu-se que algo se poderia estar a passar pelos bastidores. Agora surgiu a certeza!

Teresa Guilherme afastada do reality show, Goucha e Fátima dedicados aos seus atuais e novos programas diários, os atuais rostos do canal a começarem a ganhar projetos para determinados horários e Cláudio deixa Cristina sem vizinho e agora é o novo traidor, como muitos já o apelidam, por deixar a apresentadora sem parceiro nas manhãs, tal como muito do público o fizera quando Cristina deixou a TVI e o Manuel sozinho no Você na Tv!

 

Segue-se Nuno Santos como diretor

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O destino de Felipa Garnel aos comandos da TVI estava marcado e há umas semanas bem afirmei que o barco seguia sem rumo. Agora e para começar Janeiro, a Media Capital, revelou que Nuno Santos será o novo diretor da TVI, substituindo assim Garnel na liderança do canal. 

Estreou-se como jornalista e pivot na SIC nos anos 90, tendo ajudado a fundar o canal, foi o primeiro diretor da SIC Notícias, saltou até à RTP onde foi diretor de programas e conteúdos e também de informação, saiu do país e andou por Angola de onde voltou para ser o fundador e primeiro diretor do Canal 11, o projeto da Federação Portuguesa de Futebol que arrancou com as suas emissões em Agosto de 2019. Agora foi convidado a integrar os quadros da TVI e assumir a direção do canal que perdeu a liderança no início de 2019 para a SIC quando o canal de Queluz ainda era direcionado por Bruno Santos que foi substituído por Felipa Garnel quando tudo já corria mal. 

Garnel assumiu a direção da TVI em Julho com esperanças e promessas e até agora o que mostrou foi bem pouco, tendo o canal caído ainda mais, vivendo cada vez mais de repetições e programações trocadas todos os meses, programas baratos para encher horários e sem qualquer ambição. O Nuno Santos pelo menos tem um passado como diretor que nem correu assim tão mal, mas também não foi um grande sucesso, acreditando porém que conseguirá fazer melhor se limpar bem a casa, apostar na imagem do canal, saiba fazer promover e não tenha medo de limar para melhorar. Se mantiver tudo entre amigos então permanecerá na cepa torta e a TVI seguirá na luta pelo segundo lugar, bem longe do primeiro. 

Preço Certo é Rei

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2012 assinalou a estreia do programa Preço Certo na programação da RTP. Com Carlos Cruz e depois Nicolau Breyner na apresentação da primeira fase, foi com Jorge Gabriel e depois com Fernando Mendes que o formato ganhou uma maior reputação na antena do canal público. Hoje, em 2019, a aposta do final de tarde continua a reinar e parece que assim irá continuar por não existir concorrência que se imponha por muito tempo.

Certo que ao longo dos doze meses, existem semanas, quando a concorrência estreia novos formatos mais fortes, que a liderança de Fernando Mendes fica ameaçada mas pela história já se sabe que será por pouco tempo. É que o Preço Certo pode perder uns dias, estando sempre perto do primeiro lugar mas rapidamente volta a agarrar o seu estatuto de líder e por isso a vontade de SIC e TVI em levarem para a sua programação o programa e apresentador para ficarem com uma estrela que rende bons valores e parece ser praticamente intocável.

Como é possível um programa quase com dezoito anos no ar, com um estúdio que vai levando ligeiros retoques com o tempo e com jogos básicos continuar a ser líder com estatuto e perante o qual a concorrência se preocupa por estar num horário importante. O formato é simples, bem conduzido por Fernando Mendes, que tem toda a empatia com o público e acima de tudo consegue ser uma das âncoras base da programação do canal. Concorrência elabora formatos para fazerem baixar os bons valores do Preço Certo, conseguem por uns tempos, mas o público continua fiel e regressa aos finais de tarde da RTP.

O que tem este formato assim de tão bom para não cansar ao longo de todos estes anos? Tem animação, tem um público que muito ajuda a fazer cada edição, tem povo e conhecimento por existir sempre curiosidade para ver quem está a tentar ganhar os prémios. Fernando Mendes tornou-se um verdadeiro apresentador que faz bom entretenimento com o seu toque de ator com bom improviso, a direção do canal sabe promover o que de melhor tem e não existe volta a dar. O Preço Certo tem tudo para continuar a ser o sucesso de sempre, quer venham os reality shows transformados em experiências sociais, os concursos, as novelas ou a informação na concorrência. O Preço Certo será sempre o Preço Certo de Fernando Mendes que vence a maior parte do ano as audiências no seu horário sem deixar que a concorrência triunfe com altos valores. Dizem que o espetador gosta de ver sempre o mesmo e que o formato é mais do que repetitivo, no entanto a verdade é que é um sucesso de audiências que causa alguns problemas a quem está do outro lado e tenta elaborar demais para não conseguir beliscar o que é certo, sempre igual e nada original.